terça-feira, novembro 15, 2011

Livro Da Semana

 

Os Aritmetruques Essenciais, de Kjartan Poskitt

Cada vez que se diz ou se ouve falar da palavra “Matemática”, depressa detetamos duas reações no público: ou ódio intenso ou paixão intensa. De facto, este tipo de sabedoria abstrata nunca clip_image002provocou um “meh…”, o que é o mesmo que dizer “não me aquece nem me arrefece”.

Todos nós devemos esta raiva ou este amor à forma como esta disciplina nos foi apresentada nos primeiros anos de escola: tudo irá depender da postura dos pais em relação à Matemática; vai depender do “profe” marado, capaz de comunicar o seu amor pelos números aos alunos; vai depender da importância que a sociedade dá a este tipo de conhecimento; e, por fim, vai depender do muito trabalho e do muito treino por parte do aluno, e sem isso não há génio que nos salve das negativas. A Matemática não é uma disciplina que se aprende nas vésperas para um teste, por isso Portugal tem que valorizar cada vez mais os métodos de estudo e de trabalho dos seus alunos.

Mas uma coisa muitos países possuem em comum: a Matemática é ensinada como sendo uma coisa maçuda, uma espécie de “bicho papão”, acessível às mentes de alguns iluminados. E, no entanto, não estamos mais longe da verdade: os números estão em toda a parte e, acreditem ou não, fazem radicalmente parte das nossas vidas. Tentem passar um dia inteiro sem pensar uma única vez num número, tentem não fazer uma conta, tentem não falar de números em nenhuma das vossas conversas, e depressa descobrirão que, tal como as palavras, os números são uma realidade bem palpável. E não têm que ser necessariamente maçudos.

Precisamente para provar que a Matemática pode ser divertida, a coleção “Cultura Horrível” dedicou algumas das suas edições a esta disciplina, e mostrou que -espanto dos espantos! - é mais fácil e mais acessível do que alguma vez na vida pensámos. Os Aritmetruques essenciais foi concebido para todo o tipo de leitores: os apaixonados e os desinteressados; os motivados e os desmotivados; os que ficaram traumatizados e os outros que ainda guardam saudades desta disciplina; ou seja, foi escrita para os leitores entre os 12 e os 121 anos.

Querem nível 5? Então, leiam e divirtam-se. Quem é que vos disse que aprender é uma seca?

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