terça-feira, novembro 30, 2010

Bibliomúsica – Harry Potter E Os Talismãs da Morte, Parte I

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Pronto, já chegou. E numa só semana, 200.000 portugueses correram às salas em estado de euforia ou porque foram arrastados pelos amigos ou porque o amor das suas vidas é doido por este feiticeiro ou porque já se tornou um hábito “picar o ponto” ou…

As críticas têm-se dividido bastante: uns adoraram este filme de morte, outros odiaram-no de morte; uns afirmam que a parte de que mais gostaram foi a acção dos primeiros 40 minutos e detestaram as 500 horas de “campismo à força” dos três amigos; outros juram a pés juntos que a parte de que mais gostaram foi precisamente o “campismo à força” dos três amigos e detestaram a acção rápida demais para o seu gosto; uns acharam que o filme segue quase fielmente o livro; outros acharam que muitas partes importantíssimas do livro nem sequer chegaram a ser explicadas; uns dizem que o filme é muito claro para quem não leu o livro; outros juram a pés juntos que foram ao cinema com amigos ou membros da família que não leram o livro, e estes não perceberam nada. Qual é a opinião da nossa biblioteca? Nenhuma porque, até agora, ainda não tivemos ocasião de pousarmos os nossos cansados pés numa sala de cinema.

E, por muito estranho que pareça (é a primeira vez que ouço tal coisa!), foram várias as pessoas que se queixaram da banda sonora. Segundo as mesmas, estava alta demais e “expunha-se” demais, abafando, assim, a tensão de várias cenas e fazendo com que o público se distraísse da interpretação dos actores. Confesso que não posso dar a minha opinião, uma vez que, tristemente, ainda não vi o filme. Porém, quem me

conhece já sabe que eu tenho a mania de coleccionar bandas sonoras e a primeira coisa que me capta logo a atenção num filme é a música. Aliás, tenho o estranho hábito de ouvir as bandas sonoras ainda antes de ver os filmes em questão. Amei as composições musicais do filme Star Trek, e para mim foi uma verdadeira decepção descobrir que a trilha musical quase que não se notava no meio das explosões e dos efeitos especiais do filme.

clip_image004 Por isso mesmo, desconfio que vou delirar com esta escolha deliberada do realizador David Yates. Com efeito, diz-se para aí que Yates, à semelhança do Senhor dos Anéis, queria que a música desempenhasse não um “papel de fundo”, mas devia, acima de tudo, ser uma espécie de narrador escondido, que reflectisse os sentimentos das personagens. Daí o facto de a banda sonora estar muito exposta, em vez de servir de “abafa silêncios”.

Tem sido já um hábito os produtores desta série trocarem de compositores como quem troca de camisa: primeiro foi John Williams; depois passou-se para Patrick Doyle; Nicholas Hooper compôs aquela que (na minha humilde opinião) foi a melhor banda sonora de todos os filmes: a trilha musical de Harry Potter e o Príncipe Misterioso; e agora damos as boas vindas a Alexandre Desplat. Apesar de tudo, não importa qual é o vosso compositor preferido: todos são bons e foram escolhidos a dedo.

E Alexandre Desplat, como “verão” nos três exemplos em baixo, não é excepção.

Harry Potter 7 (Alexandre Desplat) – The Oblivation

Harry Potter 7 (Alexandre Desplat) – Farewell To Dobby

Harry Potter 7 (Alexandre Desplat) – Ron Leaves

Imagens retiradas de 1 e 2

segunda-feira, novembro 29, 2010

Livro Da Semana

O Monte Dos Vendavais, de Emily Brontë

clip_image002 De todos os sentimentos humanos, o Amor é, sem dúvida, aquele que mais facilmente se quebra e se destrói, à mais pequena aragem. É tão frágil que precisa de ser regado, adubado, acarinhado e estimulado com muita regularidade, não vá este sofrer de tédio e desaparecer, quase sem darmos por tal. Mas é também aquele que mais sofrimento, frustração e dor provoca. Até parece que todos nós possuímos uma veia masoquista e sentimos prazer em sentir um vendaval tão grande nas nossas vidas. Sim. O Amor tem sido, durante milénios, fonte de muita, muita dor. E se assim o é, por que motivo todos nós desejamos senti-lo? Não deveríamos antes fugir dele?

Uma pessoa apaixonada, segundo Francesco Alberoni, é uma pessoa doente, intoxicada, naturalmente drogada. Quando nos apaixonamos, vivemos num estado de alucinação e não há quem não se divirta com os nossos olhos de “carneiro mal morto” que todos os namorados apresentam assim que pensam, ouvem ou vêm o objecto dos seus desejos. Pode explodir uma bomba ao nosso lado e quase que nem damos por tal. Parecido com isto, só uma mulher grávida, completamente centrada na sua barriga e na nova vida que está a construir. Ora é precisamente por isto mesmo que não podemos estar eternamente apaixonados: passado o fogo e o prazer da novidade, as hormonas assentam e passamos à segunda fase: a fase do Amor genuíno, o Amor que não é cego e que aceita o outro tal e qual como ele é. E é nesta altura que muitos casais e namorados se separam, pois estes confundem muitas vezes paixão com amor.

Porém, há amores malditos, que nunca se apagam e que, longe de trazerem à tona o melhor que existe em nós, destroem-nos física e espiritualmente. Felizmente, estes casos são poucos, senão a Humanidade seria ainda mais infeliz do que é actualmente. Mas lá que eles existem, isso é verdade. E, por muito estranho que pareça, há muitos seres humanos que consideram estas relações doentias bastante fascinantes e apelativas. Secretamente, muitos de nós gostaríamos de as experienciar. Há um certo glamour na auto-destruição em nome de alguém que amamos…

Ora, O Monte dos Vendavais conta a história de um dos amores mais malditos da História da Literatura Mundial, figurando lado a lado com a Madame Bovary, Ana Karenina ou até Tristão e Isolda. Na altura em que este romance foi escrito, estávamos no auge do Romantismo e do “amar até à morte”. Lutava-se pelo casamento de amor e não por conveniência, e a força deste era glorificada por vezes num estado muito patológico. Mais ainda, o Romantismo Gótico dava aos sentimentos humanos um tom ainda mais sombrio e ainda mais mortífero do que já é.

Tudo começa com a chegada do Sr.Lockwood à herdade dos Tordos. Sabemos que ele está lá para usufruir dos bons ares do campo, mas depressa descobre que estes “bons ares” escondem uma longa história de loucura, paixão assolapada e muita auto-destruição à mistura. A história de amor demente de Catherine e Heathcliff é-nos relatada por uma simples governanta (podemos mesmo dizê-lo) mentalmente equilibrada. É ela quem toma conta da propriedade e que tem que “aturar” o terrível mau génio do seu patrão, é ela quem revela o passado do seu amo e senhor a um atarantado Sr. Lockwood, que veio para apanhar bons ares e saiu-lhe na rifa uma mansão negra, onde a loucura espreita em todas as frinchas das portas. E é interessante repararmos que os sentimentos que Nelly Dean nutre em relação a Catherine e Heathcliff oscilam entre a compaixão cristã e a falta de paciência para aturar “frescuras de gente rica”: sendo ela uma mulher do campo, prática, objectiva e habituada à dureza dos pobres, não tem lá muito tempo para amar, e muito menos para se aniquilar por causa do Amor.

Podemos concluir que este romance, longe de enaltecer o “amar-te-ei até à morte”, critica fortemente duas pessoas que egoisticamente arrastam toda uma família para a destruição. Aliás, o fim desta história apresenta uma moral bem clara: só através do arrependimento e da entrega da nossa alma a Deus é que o Homem conseguirá vencer o seu lado animal e superar-se a si mesmo. E vistas as coisas por esta perspectiva, a voz da Sabedoria vem da boca de uma simples e anónima criada de campo. Não vem dos filósofos, dos cientistas e dos artistas. Porque é da boca do povo, muitas vezes, que escutamos a Verdade.

Não há nada de belo neste “Amor Baixo”, como Camões dizia. Deixemos, portanto, estas histórias para os livros e para o cinema. A verdade é ninguém, na vida real, gosta de sofrer.

sábado, novembro 27, 2010

Seja Original: Neste Natal, Ofereça Sonhos!

Um livro é uma prenda que não envergonha ninguém: é sempre chic, nunca passa de moda, não se estraga facilmente, é eterna e, depois de apreciarmos a leitura, podemos clip_image001guardar o presente na nossa estante ou oferecê-lo a um amigo ou familiar, se estiver em boas condições.

É isso mesmo, poupem e reciclem: os tempos que aí vêm serão muito duros e a vida não está para iphones4 de 600 euros, que daqui a seis meses já estarão out e já não causarão sensação nenhuma, assim que chegar a versão 5. Tal não acontece com um livro: se for bom, será intemporal, e será sempre revisitado com prazer, quer a edição tenha 60 anos ou 6 dias. Por isso mesmo, e por muito estranho que vos pareça, está mais barato oferecer um romance do que, em certos casos, comprar uma peça de roupa, uma jóia ou um DVD. As livrarias e as editoras estão neste momento a oferecer promoções tão baratas e tão aliciantes, que só mesmo uma pessoa muito distraída ou muito “totó” não saberá aproveitá-las.

clip_image003Mas a festa de Natal é, acima de tudo, uma festa da família e dos amigos. Supostamente estamos a celebrar o nascimento de Jesus Cristo e, por isso mesmo, devemos manter a cabeça fria e ignorarmos a “feira das vaidades” que parece atacar ainda mais fortemente as sociedades de hoje, nesta altura do ano. E é com este pensamento que passamos às nossas sugestões.

A editora Saída de Emergência, para além dos packs promocionais (leve 2 e pague 1), anda a oferecer 44% de desconto em 77 das suas edições. Há livros que não chegam aos 11 €, por isso é para aproveitar. Para quem gosta dos géneros fantástico e de ficção científica, há aqui oportunidades a não perder. A título de exemplo, os dois volumes da obra Asteca, de Gary Jennings custavam 46.32€ e agora só custam 25.24€. É quase metade do preço!

clip_image005 A loja Fnac também passou ao contra-ataque e criou uma promoção baptizada com o nome (não muito criativo mas muito aliciante) Leve 4 Pague 3, e mais não precisaremos de dizer. Quanto à grande rival desta loja, a Bertrand não quer fugir da corrida: para além da promoção 3x2 (leve 3 pague 2), o cliente terá um desconto de 5 € nas compras superiores a 15. Mais ainda, muitos livros, por causa do Natal, baixaram os preços: havia obras no valor de 14 € e agora estão a 11. Três euritos aqui, três ali e, como quem não quer a coisa, já poupámos bastante.

Estejam atentos ao mês de Dezembro: quase todas as escolas aproveitam a época festiva para montar as já famosas e tradicionais feiras do livro. Excelente oportunidade para ir despachando as compras para os mais pequenos ou familiares que adoram ler, e a escolha tende até a ser bastante grande: há livros de bolso que podem ser adquiridos a cinco euros! Não nos venham dizer que cinco euros é uma prenda cara!

As pequenas livrarias também irão aproveitar esta época. Têm a vantagem de já conhecerem bem os seus clientes e de disporem de tempo para falar com eles, por isso não sejam tímidos e peçam conselhos e sugestões. Quase sempre os donos destas pequeninas lojas acertam nos seus palpites. Falando ainda em lojas pequenas, se clip_image006houver um alfarrabista na vossa zona, aproveitem e dêem uma espreitadela. Há edições completamente esgotadas que só se encontram nestes lugares, sem falar do facto de que um livro em 2ª mão, em bom estado, e comprado neste espaço é bastante mais barato do que numa livraria “normal”.

Para quem gosta de fazer compras na internet, o facebook está carregadinho de livrarias online que publicitam as suas novas encomendas e promoções. Mais ainda, a já lendária Amazon vende edições em 2ª mão, referindo sempre se estão em bom ou mau estado. É sempre agradável, nesta altura do ano, fugirmos da azáfama das multidões stressadas e, já agora, dos ladrões que proliferam nesta época natalícia.

Por fim, sejam criativos: se nas estantes da vossa casa há bons livros que estão como novos - e vocês já sabem que não voltarão a lê-los – que tal embrulhá-los com carinho e oferecê-los a alguém que ainda não os leu?

Como dissemos no início deste texto, um livro não envergonha ninguém. E a festa de Natal é uma festa da família e dos amigos. Ora, familiares e bons amigos não olham para o preço da prenda. Um presente é um acto de amor, uma dádiva que damos a alguém que amamos. Não deve ser uma obrigação, ainda por cima cara. Tirem proveito do melhor que existe neste dia: a chegada de Cristo a este mundo (para quem é religioso), a alegria, o convívio, familiares que não vemos há uma data de tempo, o ritual da decoração da casa, do embrulhar das prendas, da abertura das mesmas, o bom vinho na mesa, a boa disposição, a música da época, as brincadeiras com os primos, filhos e sobrinhos, o gato e o cão. O resto é supérfluo.

Muito mal estão as coisas se já nem no Natal podemos ser nós mesmos.

Como Incentivar Uma Criança a Ler

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Imagens retiradas de 1  2   3   4

sexta-feira, novembro 26, 2010

Dia Mundial do Não Fumador

No âmbito da comemoração do Dia Mundial do Não Fumador,  a Equipa PES da nossa Escola, desenvolveu, com a Higienista - Vanessa Ferreira, do Centro Saúde de Serpa, no passado dia 19 de Novembro, 6ª feira, uma acção sobre tabagismo/consumos e saúde oral, destinada a alunos de 9º e 7º ano de escolaridade.
No final desta actividade foi realizada a observação/ rastreio oral dos referidos alunos.

Foi assim :Sorriso rasgado

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quinta-feira, novembro 25, 2010

Já Chegaram!!!!

Novinhos, fresquinhos e convidativos. Os livros comprados graças ao orçamento de 900 euros, de que já tínhamos falado neste blog, já estão ao dispor de todos os alunos, funcionários e professores da nossa escola.

clip_image001Como já tínhamos também referido, este dinheiro parece, à partida, ser muito, mas bastaram umas quantas encomendas para este ter sido “torrado” numas “escassas” dezenas de obras. Por isso mesmo, a nossa escolha foi muito criteriosa, embora tivéssemos deixado também espaço para uns quantos pedidos de alunos. Convém também dizer que algumas edições propostas pelo Plano Nacional de Leitura encontram-se, de momento, esgotadas e, por isso mesmo, alguns livros aconselhados pelos professores não puderam ser atendidos. Por fim, falta-nos informar que muitos livros propostos na lista do PNL vieram em dose múltipla, para que possam ser usados pelo maior número de docentes e alunos.

A montra será exposta na próxima semana, para fechar com chave de ouro o final deste ano lectivo. Esperemos que estes livros estimulem a vossa imaginação, e que levem alguns para casa, para lerem durante as férias de Natal!

Segue-se a lista dos que já chegaram (ainda aguardamos a entrega de alguns):

· Alexandre O’ Neill, Anos 70: Poemas Dispersos

· Almeida Garrett, Falar Verdade a Mentir

· Ana Cristina Silva, A Dama Negra da Ilha dos Escravos

· Antoine de Sainte-Exupéri, O Principezinho

· António Lobo Antunes, Sôbolos Rios que Vão

· Banafsheh Serov, A Longa Noite de Teerão

· Camilo Castelo Branco, Amor de Perdição

· Charles Dickens, Oliver Twist

· Charles Dickens, Um Conto de Natal

· Cormac Maccarthy, Este País Não É Para Velhos

· Daniel Defoe, Robinson Crusoe

· Eça de Queirós, As Minas do Rei Salomão

· Edgar Allan Poe, Histórias Extraordinárias

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· Emily Brontë, O Monte dos Vendavais

· Fernando Sabino, O Menino no Espelho

· Flannery O’Connor, O Gerânio e Contos Dispersos

· Frederico Lourenço, A Odisseia de Homero Adaptada para Jovens

· H. G. Wells, A Máquina do Tempo

· Italo Calvino, O Visconde Cortado ao Meio

· Jane Austen, Sensibilidade e Bom Senso

· Jorge Amado, O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá

· Jorge de Sousa Braga, Pó de Estrelas

· José Luís Peixoto, Livro

· José Salgueiro, Ervas, Usos e Saberes

· Junichiro Tanisaki, Uma Gata, um Homem e Duas Mulheres

· Ken Follett, A Queda dos Gigantes e Os Pilares da Terra, volumes I e II

· Kenneth Grahame, O Vento nos Salgueiros

· Luís Sepúlveda, A Sombra do que Somos

· Luis Sepúlveda, História de Uma Gaivota e do Gato que a Ensinou a Voar

· Margarida Rebelo Pinto, Alma de Pássaro e Não Há Coincidências

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· Maria Alberta Menéres, À Beira do Lago dos Encantos

· Maria Teresa Gonzalez, Os Herdeiros da Lua de Joana

· Mia Couto, Venenos de Deus, Remédios do Diabo

· Michael Ende, A História Interminável

· Patrick Süskind, O Perfume

· Pau Miranda, Alexandre Magno

· Richard Matheson, Eu Sou a Lenda

· Scott Fitzgerald, O Estranho Caso de Benjamin Button

· Sir Arthur Conan Doyle, As Aventuras de Sherlock Holmes

· Somerset Maugham, O fio da Navalha

· Sophia de Mello Breyner Andresen, O Cavaleiro da Dinamarca

· Tim Flannery, Os Senhores do Tempo

· Victor Hugo, Os Miseráveis

· Vitorino Nemésio, Mau Tempo no Canal

Aguardamos ainda a chegada de:

· Gabriel Garcia Marquez, Crónica de uma Morte Anunciada

· Carlos Maria Domingéz, A Casa de Papel

· Bram Stoker, Drácula

· Jorge Araújo e Pedro Sousa Pereira, Nem Tudo Começa com um Beijo

Imagens Retiradas de 1, 2, 3, 4, 5

quarta-feira, novembro 24, 2010

“DESCONECTADOS”–Ponto Electrão ( I )

Somos um grupo de Área de Projecto do 12.ºA - Ana Silva, André Santos, António Pica, João Torrão e Micael Pepe. Estamos a trabalhar no tema dos Resíduos Eléctricos e Electrónicos em Área de Projecto e temos o objectivo de sensibilizar alunos, pais, professores, funcionários e a comunidade em geral, para o correcto encaminhamento dos REEE, através da recolha de resíduos e desenvolvimento de acções de divulgação e de participação em projectos e concursos.

Elaborámos este vídeo que queremos partilhar convosco!!

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E este é o nosso Facebook :

http://www.facebook.com/home.php?#!/profile.php?id=100001794681517

terça-feira, novembro 23, 2010

Paris Monumental

clip_image002A turma A do 7º ano, a propósito da sua futura visita à lendária Paris, realizou uma pesquisa dedicada a vários monumentos famosos da “cidade das luzes”, e todos os alunos escolheram para suporte de divulgação final o formato PowerPoint. Uma vez que alguns deles ainda não estavam completamente familiarizados com este software, a Biblioteca/Centro de Recursos deu uma ajudinha à la minute: um dos membros desta equipa esteve presente numa aula para tirar dúvidas, fazer sugestões e guiar passo a passo aqueles que ainda não sabiam lá muito bem como colocar música ou vídeos, fazer animação, inserir texto, etc.

A visita de estudo será da responsabilidade da professora Maria João Brasão. Até lá, muitas outras actividades dedicadas ao tema de Paris serão publicadas neste blog.

Imagem retirada daqui

Eco-Escola (2010) 2

A Tetra Pak lançou um desafio às escolas portuguesas com espírito natalício ecológico, sob a forma do concurso "Sim, este ano o Natal é amarelo". A ideia é que as escolas transformem o tradicional pinheiro de Natal numa árvore que tem por base a reutilização das embalagens de cartão da Tetra Pak. As seis escolas com as melhores árvores recebem prémios, e para ganhar cada estabelecimento de ensino só precisa de construir a árvore mais original, feita a partir de embalagens da Tetra Pak usadas. A árvore deve ainda ter o amarelo como cor predominante, e cada escola só pode concorrer com uma árvore.

As trezentas Eco-Escolas mais rápidas a enviarem a ficha de inscrição preenchida, seriam as escolhidas para participar no concurso. A nossa escola foi uma das seleccionadas!

Ainda antes de saber que estávamos oficialmente em concurso, e porque na nossa escola já vem sendo hábito a construção da árvore de Natal a partir de elementos reaproveitados, a professora Maria Ana César desafiou os seus alunos, das turmas A e B do 9º ano, a construir uma árvore de Natal com as características acima referidas. É neste ano de escolaridade que, na disciplina de Educação Tecnológica, os alunos são particularmente sensibilizados para os problemas ambientais e para a política dos 4rs’, embora esses conteúdos já tenham sido abordados nos sétimo e oitavos anos.

Assim sendo, cada aluno fez um projecto de árvore de Natal de acordo com as PROJECTO VENCEDOR (2)indicações supracitadas, como se pode observar nas imagens seguintes. Após reflexão, debate e votação, o projecto vencedor foi o número 15 ( ao lado) , que será composto por uma estrutura central de madeira reaproveitada e por espirais de arame revestidos por embalagens Tetra Pak, pintadas de amarelo. A decoração final irá ser feita com ramos de plátano, que circundam o espaço exterior da nossa escola.

Foi solicitada a colaboração da comunidade escolar para a recolha das embalagens, que foram posteriormente lavadas. Numa fase posterior estas têm vindo a ser preparadas para se poder início à sua pintura de amarelo.

Aqui ficam algumas imagens do que foi feito até ao momento.

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segunda-feira, novembro 22, 2010

Livro Da Semana

A Queda Dos Gigantes, de Ken Follet

clip_image002 É possível contar a história do século XX através das pessoas “comuns”? Sim, é possível, e os escritores e poetas são mestres nesta arte. Porém, o que torna o género do romance histórico tão poderoso é o facto de conseguir humanizar aquela “matéria chata” que aprendemos nos bancos da escola, e que ingenuamente nos leva a pensar que não nos servirá para literalmente nada, quando entrarmos na “vida real”, ou seja, o mercado de trabalho. De um momento para o outro, viajamos para um tempo que já não existe e que, estranhamente, ainda está presente. E dizemos isto precisamente porque todas estas personagens ainda nos são bastante familiares, ainda as entendemos muito bem, ainda sentimos empatia pelas suas lutas e desejos, ainda somos capazes de nos metermos na pele delas. A História com “T” grande ganha vida, ganha cheiros e cores, ganha sentimentos, ideologias. A História somos nós.

Com efeito, conhecermos o nosso passado é meio caminho andado para definirmos o nosso futuro. Os grandes momentos dos nossos antepassados e avós são verdadeiras lições de vida, lições estas que estão cheias de pistas e dicas de como construirmos um amanhã melhor para nós e os nossos netos. Vistas bem as coisas, o melhor livro de auto-ajuda que existe neste planeta é… a disciplina de História.

Ora, A Queda dos Gigantes, o nosso livro da semana, nada é mais é do que uma gigantesca trilogia, que começa no ano de 1911 e terminará no final deste século, e que acompanha o percurso, medos, esperanças, frustrações e desejos de cinco famílias estrategicamente colocadas em países que marcarão o século XX: Rússia, Inglaterra, Alemanha, Estados Unidos da América e Escócia, sendo esta última nação aquela que parece ser mais “imparcial”. E é fascinante olharmos para o mundo que existia há 100 anos: nada parece igual. Os continentes estão a abarrotar de pequenos “reinozinhos”, cujas fronteiras já estão mais que apodrecidas; as alianças políticas são relíquias do passado; as distinções de classes são tão marcadas, que mais parecem castas da Índia e não classes; os papéis do Homem e da Mulher estão mais que definidos desde a nascença; o poder das religiões é quase supremo; o mundo está parado; as sociedades estão cristalizadas, estagnadas, cheirando a bolor.

E quanto mais lemos esta gigantesca obra (928 páginas!!!!) mais nos apercebemos até que ponto o planeta Terra está cheio de pequenos planetas terras: as classes abastadas não entendem as classes pobres, os homens não entendem as mulheres, as elites não entendem as massas incultas, as minorias étnicas, religiosas e culturais não se entendem. Cada personagem vive no seu pequeno mundo, no seu pequeno planeta, no seu pequeno quintalinho, na sua pequena comunidade. Não há comunicação. Por muito que o rico queira, nunca entenderá o mineiro faminto e, por muito que o mineiro queira, nunca será capaz de sentir empatia e camaradagem pelo homem abastado. Estamos longe da internet, da televisão, do cinema, do documentário. O meu lado não sabe o que se passa no outro lado.

Entretanto, a História continua, criada pelos “grandes”, indiferentes aos zés-ninguém do outro lado da rua.

E há um cheiro ameaçador no ar, uma electricidade desconfortável, uma tensão que não se explica, uma dor no peito que parece não vir de lado algum, um céu carregado e silencioso antes da tempestade…

sábado, novembro 20, 2010

Eco-Escola (2010) - 1

Começamos este ano lectivo anunciando que temos um novo cartaz para divulgar o Eco-Código da nossa escola! Foi realizado por alunos do Curso Profissional de Técnico de Animação 2D e 3D, que teve início este ano lectivo, com a supervisão da Professora Lurdes Deodato. Ora vejam!

ecoCartaz

Hoje É O Dia Internacional Dos Direitos Da Criança

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Os putos

Uma bola de pano, num charco

Um sorriso traquina, um chuto

Na ladeira a correr, um arco

O céu no olhar, dum puto.

Uma fisga que atira a esperança

Um pardal de calções, astuto

E a força de ser criança

Contra a força dum chui, que é bruto.

Parecem bandos de pardais à solta

Os putos, os putos

São como índios, capitães da malta

Os putos, os putos

Mas quando a tarde cai

Vai-se a revolta

Sentam-se ao colo do pai

É a ternura que volta

E ouvem-no a falar do homem novo

São os putos deste povo

A aprenderem a ser homens.

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As caricas brilhando na mão

A vontade que salta ao eixo

Um puto que diz que não

Se a porrada vier não deixo

Um berlinde abafado na escola

Um pião na algibeira sem cor

Um puto que pede esmola

Porque a fome lhe abafa a dor.

José Carlos Ary dos Santos

Imagens retiradas daqui e daqui

quinta-feira, novembro 18, 2010

Toneladas De Ficção Científica Para “Downloadar”Grátis!!!

É isso mesmo: são toneladas de literatura, 33.000 obras de ficção científica para baixar à vontade, sem pagar o mais pequeno tostão, e que podem ser lidas no nosso clip_image001PC, e em diversos formatos para o nosso telemóvel. Nesta terrível época de crise mundial (e preparem-se para o ano!) não se podia desejar mais: livros grátis, oferecidos de bandeja, um vasto mundo de sonhos e “viagens à volta do nosso quarto”, que não nos ajudarão, é certo, a pagar as dívidas do mês, mas amenizarão o cansaço e o stress, por nos ajudarem a descansar o cérebro. É que a alma humana também tem fome, e a sua comida chama-se Arte e Sabedoria.

Este Pai Natal adiantado é muito generoso e chama-se Project Gutenberg (http://www.gutenberg.org/ebooks/) e foi o resultado de um grupo de carolas e editores que, juntamente com um grupo de voluntários anónimos, disponibilizaram e digitalizaram bona fide todas estas obras. Por isso, caso pensem que estão a fazer downloads ilegais, não se preocupem: estas 33.000 obras digitalizadas já não têm direitos de autor e, por isso mesmo, já são consideradas património mundial. E muitas delas vieram da famosa pulp fiction (livros e revistas que, para a época, eram considerados “literatura inferior”), publicada em magazines para adolescentes e jovens cheios de ideias visionárias e ansiosos para verem na capa uma bela mulher curvilínea a cortar ao meio polvos gigantes.

Muitas destas histórias são contos ou pequenas novelas de grandes escritores como, por exemplo, Philip K. Dick e Arthur C. Clarke. Podem ser inclusivamente um excelente material de trabalho e de apoio para os professores de Inglês, sempre que praticarem o mais que aconselhável “Contrato de Leitura”: há muito por onde escolher e, normalmente, a ficção científica (juntamente com as histórias de terror e o Género Fantástico) é geralmente muito apreciada pelos jovens.

E se pensam que as fanzines estão fora de moda, sugiro que dêem uma espreitadela ao site Saída de Emergência: o deles é grátis (chamam-se hoje e-books) e é um manjar para os olhos e para a mente. Por exemplo, podem descarregar este: http://www.saidadeemergencia.com/index.php?page=Books.BookView&book_id=420&genre=13

Fixem bem o link… e boa leitura!

Imagem retirada de:

http://bagofbeans.tsangal.org/

quarta-feira, novembro 17, 2010

Hoje É O Dia Mundial Do Não Fumador

O tabaco, como toda a gente sabe, é um veneno terrível, e todos deviam evitá-lo pura e simplesmente. Por isso mesmo, há cerca de dois anos, clip_image001criou-se a polémica lei de proibir o seu consumo em espaços fechados, considerados “públicos”. E após muito barafustar, muito grito, muito choro e ranger de dentes, o Português actualmente já estranha entrar num restaurante onde haja alguém a usufruir deste vício. Até os fumadores. No fim das contas, ficámos todos a ganhar.

Mas há quem chegue a extremismos: nos Estados Unidos da América, uma pessoa pode ser processada pelo vizinho do lado, por se atrever a fumar na sua própria casa! E, para cúmulo dos cúmulos, o governo da Califórnia pretende proibir o tabaco em todo o Estado desta parte dos EUA. Ora, como toda a gente também sabe, estas políticas histéricas acabam por gerar consequências exactamente opostas àquilo que se deseja. O fruto proibido passa a ser mesmo apetecível e o seu consumo tende a disparar, em vez de diminuir. Tome-se o exemplo histórico da Lei Seca, criada também nos Estados Unidos da América no início dos anos 20 do século passado, e que consistiu numa tentativa mais que falhada de acabar com a “maldição” do álcool nesta nação. O único que se conseguiu foi uma guerra violentíssima entre gangs do álcool, gerando um clima de terror absoluto. Estranhamente, ao mesmo tempo os Americanos sentiam um fascínio mórbido por estes vilões, que se vestiam bem, eram donos de cidades inteiras, desafiavam os presidentes, a polícia e até Deus, se fosse necessário. Al Capone (segunda imagem) foi um destes “grandes” e lendários carrascos das ruas, e as execuções e rixas nestes espaços públicos eram o pão nosso de cada dia. E se um inocente fosse morto a rajadas de balas, tanto pior. Ao mesmo tempo, bares clandestinos proliferavam, para alegria destes criminosos, que enriqueciam à margem da lei.

A Lei Seca foi um verdadeiro fracasso e terminou sem qualquer glória ou honra no ano de 1933. Se os Californianos forem para a frente com esta nova histeria colectiva, iremos assistir ao retorno do glamour do cigarro. Fumar voltará a ser um sinal de prestígio, de rebeldia, e quem consumir tabaco será chic e moderno.

clip_image003Sejamos, no entanto, optimistas: sempre será melhor do que as metanfetaminas, a Heroína, o binge drinking, a Cocaína e o Crack. É que as terras do Tio Sam enfrentam, actualmente, uma verdadeira praga de drogas ainda mais letais e viciantes, que vieram substituir o consumo do tabaco e preencher um vazio que ficou por resolver. Longe de educarem as populações, limitaram-se a sujar a honra dos fumadores e insultá-los nas ruas. O cigarro foi-se, mas o vazio continuou. E este está a ser “tapado” com vícios ainda mais sinistros e doentios.

Que os Estados Unidos da América nos sirvam de lição: não é pela repressão que se mudam as coisas. Tentemos, em vez disso, educar os nossos jovens a serem mais responsáveis, mais felizes e mais independentes.

Quem acredita em si mesmo não consome qualquer droga.

Imagens retiradas de:

http://www.bookhills.com/Al-Capone-and-His-Gang-Famous-Dead-People-0439211247.htm

http://mistersaly.blogspot.com/2008/08/dont-smoke.html

terça-feira, novembro 16, 2010

Booktrailers Que São Obras De Arte

 

clip_image001 Há muitas maneiras de motivar alguém a gostar de ler ou simplesmente convencer alguém a comprar um determinado livro. Ora, os booktrailers são extremamente eficazes pois, não tendo mais do que 2, 3 minutos no máximo, usam e abusam da imagem e do som para “agarrar” o leitor. Como se os livros fossem um filme que ninguém pode perder.

Aqui estão três maravilhosos exemplos de como criar o bichinho da leitura, cada um com a sua maneira muito própria de captar a atenção do público.

Vejam e Leiam.

 

Era Uma Vez a República , da Editora Gailivro

 

Criaturas Maravilhosas, de Ethan Wate

 

The Wolves of Mercy Falls, Maggie StiefVater

Imagem retirada daqui

segunda-feira, novembro 15, 2010

Livro Da Semana

Olvidado Rei Gudú, de Ana María Matute

 

clip_image002 O século XIX corria de vento em popa, quando um naturalista francês chamado Henri Mouhot estava no Cambodja a caçar borboletas para a sua colecção. Reza a lenda que tropeçou num pedregulho enrolado nas lianas da estranha e exótica selva onde residia temporariamente e, para seu espanto total, o tal pedregulho era a escultura de uma gigantesca face. Depois de muita planta e raiz arrancada, deu com uma porta de pedra e entrou no reino riquíssimo, belíssimo antes próspero mas agora esquecido de Angkor, pertencente a uma civilização que hoje se sabe ter o nome de Império Khmer, e que durou séculos e séculos, até as guerras com os reinos vizinhos, a seca e a fome transformaram este paraíso na terra num paraíso de pedra abandonado, apenas habitada por alguns monges budistas.

Esta história é, de facto, muito bonita mas a lenda é apenas uma lenda: o primeiro homem europeu a escrever relatos sobre este povo foi um padre capuchinho português, de nome António da Madalena. Além disso, o império Khmer nunca caiu no esquecimento do povo do Cambodja. Podemos, apesar de tudo, dar bastante crédito a Henri Mouhot: foi ele que, deslumbrado com a sua “descoberta”, deu-a a conhecer ao mundo e fez tudo por tudo para angariar dinheiro para a restauração deste outrora gigantesco império.

Quando começamos a ler este genial romance que vos propomos, não podemos deixar de nos lembrar deste e de muitos outros reinos esquecidos e “ressuscitados” pela Arqueologia: é que a história deste livro narra precisamente uma nação que desapareceu virtualmente do mapa. Mas o seu desaparecimento não se deve à fome, às guerras, às catástrofes naturais. Aconteceu quando o seu rei derramou uma lágrima, e a profecia era clara: se o rei Gudú chorar, o reino de Olar passará ao esquecimento.

Como diz a sinopse desta obra-prima vinda da terra de “nuestros hermanos”, Olvidado Rei Gudú tem uma grande componente de fabulação e fantasia e narra o nascimento e expansão do Reino de Olar. Uma multidão de personagens, de aventuras e a própria paisagem absorvem o leitor numa trama em que tudo intervém: a ânsia de poder, o desconhecido, o medo, o prazer da conquista, o amor e a ternura. Como símbolos do inalcançável, o misterioso Norte, a inóspita estepe a Este, e o Sul, rico e opulento, limitarão a expansão de um Reino em cujo intrigante futuro intervirão a astúcia de uma menina do Sul, a magia de um velho feiticeiro e as regras do jogo de uma criatura do Subsolo.

Acima de tudo, este livro aborda dois grandes temas: a desumanidade que existe em todos nós, quando somos incapazes de amar e de sentir compaixão, e a inutilidade das nossas vidas: com efeito, tudo será esquecido, um dia. Por isso mesmo, não vale a pena pensarmos que somos “especiais”, que o mundo é incapaz de viver sem nós, não vale a pena entrarmos em guerrinhas estúpidas com o vizinho do lado, os amigos, os colegas de trabalho ou com a nossa família. Afinal, os cemitérios deste planeta estão cheios de homens e mulheres que se acharam senhores do universo e que agora são nada, estão votados ao esquecimento. São hoje um amontoado de ossos que não recebem uma flor há dezenas de anos.

Túmulos Olvidados.

domingo, novembro 14, 2010

O LHC Conseguiu!!!!

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Há uns meses atrás, o nosso blog dedicou um dos seus artigos à maior máquina do planeta: o LHC (Grande Colisionador de Neutrões), propriedade do CERN (Organização Europeia de Pesquisa Nuclear). Tínhamos também mencionado que o objectivo deste gigantesco projecto consistia em reproduzir a energia que foi despoletada no preciso momento em que o Big Bang “ganhou vida”, e que, durante essa extraordinária explosão, uma pequena partícula baptizada de “bosão de Higgs”, caso exista, podia ser a chave para descobrirmos toda a origem da vida neste planeta. Se quiserem ler ou reler o texto, poderão clicar neste link: http://bibliotecaportaberta.blogspot.com/2010/04/podemos-reproduzir-o-inicio-do-universo.html

clip_image003 Pois bem: até lá, muita água correu pela ponte, e os Americanos “entraram em guerra” com os Europeus, colocando na "corrida ao ouro" o Fermilab Tevatron (imagem à direita), localizado no Estado de Illinois, e construído há mais de dez anos. Trata-se também de um acelerador de partículas, mas mais pequeno (o que não quer dizer que seja menos ineficaz). Como devem calcular, os poderosos e os jornalistas não têm qualquer pejo em “politizar” uma potencial e revolucionária descoberta científica. Por isso, não é de espantar que a corrida ao prémio Nobel esteja, neste momento, a ganhar contornos pouco científicos. Afinal, qual é a equipa de cientistas que não quer ver o seu projecto e o seu nome imortalizado??

Mas, por enquanto, quem está a “ganhar a guerra” são os Europeus (tudo isto é ridículo: o CERN é um gigantesco grupo de cientistas vindos de todos os cantos do mundo!). Não, o LHC ainda não provou cientificamente a existência da “partícula de Deus” (é o nome mais popular dado ao Bosão de Higgs), mas já conseguiu a proeza de criar artificialmente mini Big Bangs (ver imagem no cimo)!!! Segundo a secção DN Ciência, O Grande Colisionador de Hadrões (LHC) conseguiu recriar, na terça-feira, um "mini-Big Bang". A conquista foi conseguida com a mudança da "receita" que vinha a ser usada: em vez de colidirem protões, os cientistas do CERN resolveram usar iões e conseguiram recriar uma versão "mini" do início do universo. Isto é, "mini" mas a gerar temperaturas um milhão de vezes superiores à do Sol. (o artigo completo pode ser lido aqui: http://dn.sapo.pt/inicio/ciencia/interior.aspx?content_id=1706090).

A propósito: caso tenham curiosidade de ler os comentários abaixo do artigo acima mencionado, depressa se aperceberão que muita gente não sabe qual é a utilidade de tais projectos científicos, e queixam-se que tudo isto é “dinheiro mal gasto”. Esquecem-se que a internet, por exemplo, foi criada durante os anos sessenta do século passado, no tempo da Guerra Fria, para fins exclusivamente dedicados à espionagem e troca secreta de ideias entre governos, militares e cientistas. Mais tarde, este meio de comunicação acabou por ser útil para o mundo inteiro. Por isso, aquilo que hoje parece inútil e megalómano poderá dar frutos muito positivos a nível de novas tecnologias e bem-estar da Humanidade.

Pensem duas vezes, antes de criticarem o tal “dinheiro mal gasto” dos cientistas.

Um mini Big Bang criado pelo LHC

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Imagens retiradas daqui e daqui

quinta-feira, novembro 11, 2010

Salvem A Nossa Cultura Popular

clip_image002 A página do facebook Memoriamedia Histórias Do Mundo (na foto) foi criada com o objectivo de, diz a sua informação, fixar por meios multimédia momentos da tradição oral portuguesa e global, organizar e divulgar os conteúdos adquiridos no formato web-vídeo. É da autoria de cidadãos da bela cidade do Porto e já vai com 2.632 amigos.

Para já, quem quer que faça parte desta rede social pode e deve clicar na caixa “gosto”, para que os responsáveis deste projecto se sintam incentivados a continuar o seu trabalho. Mais ainda, todos estes conhecimentos do povo, que têm sobrevivido durante séculos, arriscam-se a desaparecer de vez, caso não sejam preservados e transmitidos às novas gerações. É que a “aldeia global”, com todas as suas excelentes qualidades, está rapidamente a “matar” as tradições de todas as nações do mundo. Usamos as mesmas roupas, ouvimos as mesmas canções, vemos os mesmos filmes, lemos os mesmos livros, comemos nos mesmos restaurantes, vemos as mesmas notícias… No fim, sobra o quê? A língua, um pouco de gastronomia e um resquício de “identidade nacional”. Não admira, portanto, que a Europa, África e Ásia estejam a sofrer aquilo que muitos chamam uma “crise de identidade”.

Mas há sempre espaço para o equilíbrio: sigamos exemplos do melhor que se faz lá fora, mas preservemos com orgulho aquilo que é nosso. Estes vídeos que se seguem foram todos gravados no Concelho de Vimioso, em colaboração com a Biblioteca Municipal de Vimioso e com o apoio da Direcção Geral do Livro e das Bibliotecas. E prestem atenção, muita atenção, ao lindíssimo poema da canção Vai Alta a Lua na Mansão da Morte.

Vale a pena ver e ouvir.

O Filho Pródigo

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Vai Alta A Lua Na Mansão Da Morte

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Venha O Copo, Venha O Vinho

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Eis Aqui A Nossa Primeira Errata!!!!!

 

clip_image002O nosso colega de História Guilherme Tanissa descobriu, no primeiro vídeo 100 Anos Depois, O Que Ganhámos Com A Implantação da República? que se chamava “Guilherme Caniça”. Bela gaffe “com três rrrrs”…

Já não dá para mudar o vídeo, por isso pedimos aqui desculpas pelo incómodo…

A Imagem veio daqui

quarta-feira, novembro 10, 2010

Lição De Vida – O Que O Medo Nos Pode Fazer

Poema pouco original do medo

O medo vai ter tudoclip_image002
pernas
ambulâncias
e o luxo blindado
de alguns automóveis
Vai ter olhos onde ninguém o veja
mãozinhas cautelosas
enredos quase inocentes
ouvidos não só nas paredes
mas também no chão
no teto
no murmúrio dos esgotos
e talvez até (cautela!)
ouvidos nos teus ouvidos

O medo vai ter tudo
fantasmas na ópera
sessões contínuas de espiritismo
milagres
cortejos
frases corajosas
meninas exemplares
seguras casas de penhor
maliciosas casas de passe
conferências várias
congressos muitos
óptimos empregos
poemas originais
e poemas como este
projectos altamente porcos
heróis
(o medo vai ter heróis!)
costureiras reais e irreais
operários
(assim assim)
escriturários
(muitos)
intelectuais
(o que se sabe)
a tua voz talvez
talvez a minha
clip_image004com a certeza a deles

Vai ter capitais
países
suspeitas como toda a gente
muitíssimos amigos
beijos
namorados esverdeados
amantes silenciosos
ardentes
e angustiados

Ah o medo vai ter tudo
tudo
(Penso no que o medo vai ter
e tenho medo
que é justamente
o que o medo quer)

O medo vai ter tudo
quase tudo
e cada um por seu caminho
havemos todos de chegar
quase todos
a ratos

Alexandre O'Neill

Imagens retiradas de:

http://eduardoleite.blogspot.com/2010_05_01_archive.html

http://blogdopedronelito.blogspot.com/2010/08/o-medo-de-amar-e-o-medo-de-ser-livre.html

segunda-feira, novembro 08, 2010

Livro Da Semana

Revolutionary Road, de Richard Yates

A cena é velha, gasta e já cheia de bolor: lá temos nós o casalinho cheio de sorrisinhos, distribuindo “vivas” à porta de entrada, a dar abraços aos amigos e beijinhos às amigas. Tudo parece estar bem: os catraios andam aos pulos pela casa com as outras crianças; o casalinho anda bem vestido; ela acabou clip_image002de chegar do cabeleireiro e tem as unhas impecáveis; ele apresenta um ar de quem ganhou a lotaria; o bruto carro, aquela “celindrada” que faz inveja aos vizinhos lá está a reluzir na rua…

Mas o verniz não demora muito a estalar: ao fim de uma hora de convívio com os amigos, as pequenas “tacadinhas” e as “bocas foleiras” esvoaçam pelo ar. Nota-se que eles nunca se tocam. Nota-se que eles nunca se olham e, quando o fazem, há sempre uma certa tensão no ar. No fim do jantar, ele quer sair, mas ela “empurra-o” crispada para casa, monitorizando de sorriso ameaçador as desculpas do marido. Isto é-vos um bocado familiar, não é?

Pois bem, Revolutionary Road aborda precisamente este tema: por detrás da fachada de grande riqueza e de um presente “bem-sucedido”, o casal já não se suporta. Os dois têm todo o conforto material, têm tudo o que um ser humano deseja: uma bela casa, uma boa vizinhança, um emprego muito bem pago, mas tudo isto já não chega para tapar o imenso buraco espiritual que existe nas suas almas. Foram adultos muito cedo, e a sociedade, desde muito cedo, exigiu tudo deles. Foram pais muito cedo. São crianças a cuidar de crianças e, por isso mesmo, não conseguem criar empatia com os seus próprios filhos. Agora, anos depois, perderam tudo o que tinham na mão.

Não deixa de ser um bocado triste que este livro, 50 anos depois, ainda seja tão actual e tão moderno: a vida não é só telemóveis e férias no Brasil. A vida é algo mais. Podemos fazer de conta que somos muito felizes, enquanto estivermos na faixa dos “vinte e tais” anos. Até podemos acreditar mesmo que somos felizes! Porém, assim que os “trinta es” começarem a pesar nos nossos corpos, não demorará muito para fazermos contas à vida, e fazermos um balanço geral do real sentido da nossa existência: o que faço eu aqui? Será que sirvo para alguma coisa? O mundo sentiria a minha falta se morresse? Estarei a aproveitar a minha estadia neste planeta? Ter-me-ei casado com o/a parceiro/a certo/a? Quantas oportunidades terei eu desperdiçado, sem sequer me ter dado conta de tal? A vida é só isto? Será que eu necessito de uma “estrada revolucionária” para que possa finalmente começar do zero e revolucionar a minha existência? E até que ponto estarei eu preparado para enfrentar o mundo? Será que os meus pais me prepararam para esta tarefa tão assustadora? Ou será que não passo de uma criança grande a brincar aos adultos?

O casal bem tentará encontrar um sentido para a sua vida. Mas será tarde demais. O mundo fez deles crianças egoístas mas, na hora de encontrar “culpados”, toda a gente foge. Para o bem e para o mal, eles estão entregues à sua sorte.

A América do século passado continua a ser igual a si própria: uma refeição de luxo, uma alma que tem fome e não é alimentada.

Estante Do Mês De Novembro

Nós E A Natureza A Olho Nu

No mês passado, dedicámos a nossa estante às comemorações do Centenário da Implantação da República. Desta vez, vamos ser um bocadinho mais zen: vamos analisar à lupa o Ser Humano e o Planeta Terra e deslumbrarmo-nos com esta maravilhosa máquina que é a Vida neste cantinho do Universo.

Aqui estão algumas sugestões bem aliciantes para a leitura:

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sexta-feira, novembro 05, 2010

O Que Ganhámos Com A Implantação da República?

rep

No dia 4 de Outubro, estivemos a colocar precisamente essa questão, há umas semanas atrás, a alunos, professores e funcionários da nossa escola. Como os testemunhos são longos em alguns casos, optámos por dividi-los em três mini-filmes, que serão aqui postados.

De uma forma geral, todos admitem que a República trouxe coisas positivas para o país mas a nossa nação também não teria perdido muito, caso continuasse a ser uma Monarquia Constitucional. Nota-se, acima de tudo, uma imensa desilusão: não sabemos se esta é por causa da crise actual ou se é mesmo uma opinião convicta, mas muitos não parecem estar muito optimistas em relação ao futuro que aí vem…

Mas antes de andarmos de handy camera a “caçar” depoimentos, o professor Manuel Baiôa (na foto) deu nesse mesmo dia, na nossa biblioteca, uma palestra bastante interessante e enriquecedora às turmas do 12ºC, curso de Humanidades e do 11º C (TOE), sobre o “antes” e o “depois” do fim da Monarquia, suas causas e efeitos, o que se esperava nesse tempo para o país, que sonhos foram conquistados, que sonhos ficaram desfeitos. As turmas presentes estiveram atentas e colocaram algumas questões. Porém, como estavam pouco a par deste episódio da História de Portugal, preferiram ouvir a falar. No fim, quatro alunos do 12ºC deram a cara e aceitaram falar para a nossa aterrorizante câmara, acerca do que pensam deste período histórico e o que ganhámos com ele.

A todos os que colaboraram nestas duas actividades (a palestra e os depoimentos), um bem-haja!

Errata com as nossas desculpas : Onde se lê Guilherme Caniça leia~se Guilherme Tanissa

 

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quinta-feira, novembro 04, 2010

Uma Divertida Canção, Um Excelente Vídeo

Todos nós temos pelo menos um vídeo de música na nossa memória. No caso da minha geração (e no clip_image002meu tempo, videoclip era traduzido por “teledisco”), pode ser o Like a Virgin, da Madonna, o Thriller de Michael Jackson ou vários dos Smashing Pumpkins.

O problema é que, actualmente, com tanta escolha e tantas maravilhas que os efeitos especiais conseguem produzir, é cada vez mais difícil impressionar um público que já viu muito e que se aborrece com muita facilidade. O outro lado da moeda é repararmos num arsenal de vídeos que segue sempre a mesma fórmula: mulheres sensuais a rebolar-se à frente da câmara ou brutos carros e muitos “iôs” à mistura.

Ora bem: o clip que se segue, da banda Hold Your Horses!, é no mínimo, original. Porém, aqui vai um aviso à navegação: só quem tem um bom conhecimento da História de Arte e dos grandes pintores da Humanidade é que consegue deliciar-se com este mini-filme. Ou será que não é bem assim? Será que guardamos no nosso inconsciente mais sabedoria do que pensamos? “Espera aí, eu acho que já vi este quadro…. Não terá sido no manual de História/Internet/livro/cartaz publicitário?”De facto, há aqui muitas piscadelas de olho a inúmeras obras-primas da Pintura, obras essas que são e serão sempre eternas.

Vamos lá a ver quantos quadros vocês têm no vosso cérebro.

 

Hold Your Horses! – 70 millions