quinta-feira, outubro 27, 2011

Bibliomúsica- Hans Zimmer

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Fazendo jus ao Dia das Bruxas, apresentamos mais uma banda sonora que fez história: The Ring – O Aviso, do compositor Hans Zimmer.

Talvez o nome deste compositor não vos diga nada, mas se vos dissermos que ele é o autor das músicas que estão por detrás de filmes como Os Piratas das Caraíbas; O Código Da Vinci; Inception- As Origens; O Gladiador; e por aí adiante; depressa se aperceberão que este génio da música é uma das figuras mais proeminentes da 7ª arte.

Hans Zimmer é um artista bastante versátil. Tão depressa consegue criar uma atmosfera de diversão e boa disposição como, logo a seguir, é capaz de dar som aos nossos maiores medos e fúrias. E a banda sonora do filme The Ring é um perfeito exemplo daquilo que estamos a dizer.

Ouçam e confirmem.

The Ring – Banda Sonora

Imagem retirada daqui

terça-feira, outubro 25, 2011

Vem Aí O Dia Das Bruxas, II

 

O Homem-Fantasma

Sérgio Godinho – O Homem Fantasma

Letra:

clip_image002Eu sou o homem-fantasma
vejo tudo sem ser visto
eu sou um justiceiro
com um disfarce sinistro
eu meto medo aos que nos vêm
com falinhas falsas
e treme-lhes a dentadura
cai-lhes as calças.

Eu sou o homem fantasma
e estou em toda a parte
voar para alguns é profissão
para mim é uma arte
mas para ver o meu bairro
eu não preciso de asas
muito prédio a crescer
e muita gente sem casas.

Nunca descansa, o homem-fantasma
e a gente espanta-se e a gente pasma
quando respira fundo, o homem fantasma
nunca é de alívio
quando muito será de asma.

Eu sou o homem-fantasma
vejo tudo sem ser visto
e já espreitei para dentro
da carteira de um ministro
e vi fotografias
de um passado duvidoso
e outras mais recentes
dele todo vaidoso.

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Eu sou o homem-fantasma
justiceiro imortal
eu vou de norte a sul
da montanha ao litoral
e enquanto a luz e a água
vão para a vila e para a cidade
para aldeia vão jornais da tarde
e boa vontade.

Eu sou o homem-fantasma
e estive num hospital
há lá quem morra
tanto da cura como do mal
e os donos da medicina
gritaram: Aí, o homem-fantasma!
Depressa, uma seringa,
um bisturi, um cataplasma!

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Eu sou o homem-fantasma
e como vidro transparente
eu sento-me aos jantares
e ninguém me pressente
e dizem: tal e coisa
e coisa e tal e vice e versa
e o que lá fora era discurso
cá dentro é conversa.

Eu sou o homem-fantasma
combatente infatigável
mas atenção que até eu
posso ser criticável
se depois do que eu digo
e denuncio e reclamo
eu voltar para casa
e em casa eu for um tirano…

De: Sérgio Godinho, música do álbum Pano Cru

Imagens retiradas de: 1     2    3

segunda-feira, outubro 24, 2011

Vem Aí O Dia Das Bruxas!

 

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E desta vez vai ser em grande: o bloco A, inclusivamente a nossa biblioteca, vai ser decorado de cima abaixo. Vamos ter fantasmas, morcegos, molduras de criaturas mágicas, aranhas gigantes e pequenas, teias de aranha, abóboras, bruxas lindas na sua toca… Tudo isto completado com livros, folhas de outono no chão da escola, exposição de filmes, sons de arrepiar, música na biblioteca, estantes mágicas e muita magia à mistura!

Os três primeiros dias da semana vão ser gastos única e exclusivamente na montagem de todo o cenário. Por isso mesmo, se algum de vocês nos quiser dar uma mãozinha será bem-vindo. Desde já agradecemos às turmas dos 7ºs e 8ºs anos, que não têm feito outra coisa senão colar e recortar fantasmas, aranhas, etc.

Ora deem uma espreitadela e vejam o que vos espera.

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    HALLOWEEN_11a  HALLOWEEN_11c

sábado, outubro 22, 2011

Ambiente degradado

 

No âmbito das disciplinas Ordenamento do território e Conservação da Natureza, e acompanhados pelos professores Elizabete Cardoso, Fernanda Silva, Carlos Moreira e Leonor Paiva, os alunos do curso Profissional de Técnico de Gestão do Ambiente da Escola Secundária de Serpa, realizaram uma visita a locais ambientalmente degradados com o objetivo de elaborar projetos de melhoramentos das condições atuais.

Aqui ficam o projeto da atividade e um filme realizado com as fotografias tiradas durante a visita.

 

quinta-feira, outubro 20, 2011

A Noiva Cadáver, Em Versão Portuguesa

 

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O Noivado do Sepulcro (Balada)


Vai alta a lua! na mansão da morte
Já meia-noite com vagar soou;
Que paz tranquila; dos vaivéns da sorte
Só tem descanso quem ali baixou.


Que paz tranquila!... mas eis longe, ao longe
Funérea campa com fragor rangeu;
Branco fantasma semelhante a um monge,
Dentre os sepulcros a cabeça ergueu.


Ergueu-se, ergueu-se!... na amplidão celeste
Campeia a lua com sinistra luz;
O vento geme no feral cipreste,
O mocho pia na marmórea cruz.

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Ergueu-se, ergueu-se!... com sombrio espanto
Olhou em roda... não achou ninguém...
Por entre as campas, arrastando o manto,
Com lentos passos caminhou além.


Chegando perto duma cruz alçada,
Que entre os ciprestes alvejava ao fim,
Parou, sentou-se com a voz magoada
Os ecos tristes acordou assim:


"Mulher formosa, que adorei na vida,
E que na tumba não cessei de amar,
Por que atraiçoas, desleal, mentida,
O amor eterno que te ouvi jurar?


Amor! engano que na campa finda,
Que a morte despe da ilusão falaz:
Quem dentre os vivos se lembrara ainda
Do pobre morto que na terra jaz?


Abandonado neste chão repousa
Há já três dias, e não vens aqui...
Ai, quão pesada me tem sido a lousa
Sobre este peito que bateu por ti!

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Ai quão pesada me tem sido!" e em meio
A fronte exausta lhe pendeu na mão,
E entre soluços arrancou do seio
Fundo suspiro de cruel paixão.


"Talvez que rindo dos protestos nossos,
Gozes com outro d'infernal prazer;
E o olvido cobrirá meus ossos
Na fria terra sem vingança ter!"


— "Ó nunca, nunca!" de saudade infinita,
Responde um eco suspirando além...
— "Ó nunca, nunca!" repetiu ainda
Formosa virgem que em seus braços tem.

Cobrem-lhe as formas divinais, airosas.
Longas roupagens de nevado cor;
Singela c'roa de virgíneas rosas
Lhe cerca a fronte dum mortal palor.


"Não, não perdeste meu amor jurado:
Vês este peito? reina a morte aqui...
É já sem forças, ai de mim, gelado,
Mas ainda pulsa com amor por ti.

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Feliz que pude acompanhar-te ao fundo
Da sepultura, sucumbindo à dor:
Deixei a vida... que importava o mundo,
O mundo em trevas sem a luz do amor?


Saudosa ao longe vês no céu a lua?"
— "Ó vejo sim... recordação fatal"
— Foi à luz dela que jurei ser tua
Durante a vida, e na mansão final.

Ó vem! se nunca te cingi ao peito,
Hoje o sepulcro nos reúne enfim...
Quero o repouso do teu frio leito,
Quero-te unido para sempre a mim!"


E ao som dos pios co cantor funéreo,
E à luz da lua de sinistro alvor,
Junto ao cruzeiro, sepulcral mistério
Foi celebrado, d'infeliz amor.


Quando risonho despontava o dia,
Já desse drama nada havia então,
Mais que uma tumba funeral vazia,
Quebrada a lousa por ignota mão.


Porém mais tarde, quando foi volvido
Das sepulturas o gelado pó,
Dois esqueletos, um ao outro unido,
Foram achados num sepulcro só.


De: Soares de Passos, poeta da escola ultrarromântica do século XIX

Imagens retiradas de:   1   2    3   4

quarta-feira, outubro 19, 2011

Ontem Foi O Dia Europeu Da Luta Contra O Tráfico Humano

 

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Fiquem desde já sabendo que a Coca-cola que vocês bebem; as roupas que vocês usam; os sapatos que vocês calçam; os carros que vocês têm ou desejam ter; as luzes das vossas casas; os vossos eletrodomésticos; os vossos telemóveis, computadores, ipads ou iphones; os dvds e cds que compram; os tapetes, cortinas, lençóis das vossas salas de estar ou dormir; até a comida que vocês consomem; os produtos de higiene e de beleza que vocês compram; tudo isto e bastante mais é produzido por mão-de-obra escrava ou quase escrava.

E se vocês querem saber quantos “empregados à força” estão a trabalhar para vocês acedam a este site. O site Slavery Footprint (pegada da escravatura, em inglês) tem como objetivo alertar a população mundial para o facto de que muito do nosso bem-estar está ligado ao sofrimento de gente que não conhecemos, mas que, por nossa causa, perderam o direito de serem livres. Eu nem sequer sou uma cidadã consumista e, mesmo assim, tenho 28 prisioneiros ao meu serviço. Escusado será dizer que hoje sinto-me bastante deprimida… Por outro lado, este site também nos oferece “segundas vias”: como comprar com consciência, como diminuir ativamente a mão-de-obra escrava de que dependemos, que marcas conscientes devemos adquirir, etc. Também existe um outro site que nos revela as marcas e empresas que atualmente exploram os pobres: chama-se free2work e a lista dos “carrascos do século XXI” está muito, muito completa .

Como é que é possível que as coisas tenham chegado a este ponto? Bom, não é assim tão difícil percebermos… Em primeiro lugar, o mundo Ocidental (Europa, EUA, Austrália) deixou de produzir. As nossas fábricas fecharam, as nossas frotas pesqueiras foram desmanteladas, as nossas minas desativadas, os nossos campos abandonados. Queremos a boa vidinha mas não queremos trabalhar para a ter. Como, infelizmente, continuamos a precisar de nos vestirmos, de nos calçarmos, e continuamos a precisar de viver em casas e de termos transportes públicos ou privados (e isto é apenas uma pequena amostra das nossas necessidades) alguém vai ter construir tudo isto por nós. Por fim, tornámo-nos gananciosos, sôfregos de novidades, eternamente insatisfeitos. Parecemos meninos birrentos e mimados que, ao fim de meia-hora a brincar com o novo brinquedo, já queremos outro.

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Mesmo que nos sintamos culpados por estarmos a contribuir para a escravatura atual, a verdade é que o Ocidente, atualmente, não tem outra escolha se não aceitar esta tragédia: onde é que vamos buscar os minerais para os nossos novos PCs, se quase todas as minas da Europa fecharam? Onde é que vamos buscar comida, se praticamente toda a gente abandonou a agricultura? E quem é que vai pescar por nós? E quem é que monta os nossos computadores e eletrodomésticos? E quem é que constrói as nossas casas? E quem é que cose os nossos sapatos e costura as nossas roupas de marca? E quem é que…

Adiante.

Já que a crise entrou nas nossas casas e arrasou o Ocidente – e quem está a lucrar com tudo isto é a China, a Índia, o Brasil, a Angola, a Coreia do Sul – ao menos que estes anos tenebrosos que aí virão sirvam para alguma coisa: quem sabe se, a tempo, os europeus e os americanos cheguem à conclusão de que estarem dependentes do trabalho dos outros não é propriamente uma ideia muito inteligente a seguir. É que “qualidade de vida” não é sinónimo de “liberdade”: se algum dia os nossos escravos decidirem recusar-se a mandar comida para as nossas mesas, vamos comer o quê? Os nossos ipads?

E, já agora, acedam a este relatório do ano de 2009, cujo objetivo é mostrar que países praticam a escravatura e de que maneira (a partir da página 14 até à 28) . Por exemplo: sabiam que o chocolate é dos bens de consumo que mais escravos produz? De momento, a única marca que está livre deste flagelo é a Cadburys. Quanto à Nestlé, podemos dizer que está bastante atenta a este problema.

Acordem, abram a vossa mente e pensem no futuro que estamos todos a construir.

Imagens retiradas daqui e daqui.

terça-feira, outubro 18, 2011

Livro Da Semana

 

Histórias Extraordinárias, de Edgar Allan Poe

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Continuando o nosso percurso no mundo do fantástico e do terror, não podíamos nunca ignorar aquele que é considerado, na opinião de muitos, como sendo o melhor escritor de contos de terror e de mistério da história da literatura: Edgar Allan Poe.

Conhecendo um pouco da sua vida pessoal, não é de surpreender que o seu olhar sobre a Humanidade tenha sido tão pouco otimista: foi abandonado pelo pai e, pouco depois, a sua mãe morreu de tuberculose, uma doença bastante comum no século XIX. A partir daí, passou a ser educado pela abastada família Richmond, um casal rico que, porém, nunca formalizou a sua adoção. Apesar de tudo, não se pode dizer que lhe tenha faltado nada, pelo menos em termos materiais: teve uma instrução requintada e foi aluno de excelentes professores. No entanto, o seu “pai” adotivo tanto mimava o seu filho como o castigava com muita agressividade. Não é de espantar, portanto, que este espaço chamado “casa” não seja nunca descrito nos seus contos como um lugar de refúgio e de paz: Muito pelo contrário, é nesse espaço privado que grandes horrores se escondem e rastejam no escuro.

O abandono do pai será, na opinião de muitos críticos, o maior trauma da sua vida, e Poe morrerá pensando sempre que “está a mais” neste mundo. Para esconder esta insegurança, “mascara-se” de jovem rebelde inquieto, algo que lhe trará muitos dissabores como, por exemplo, meter-se em constantes dívidas por causa do jogo. Aliás, o seu constante desnorte com o dinheiro será o pão nosso de cada dia: crivado de dívidas ao jogo, terá que abandonar a universidade, pois o seu pai adotivo já não está – e com toda a razão – disposto a aturar mais os caprichos do seu filho. Como consequência, esta “injustiça” por parte do seu tutor levará a um distanciamento entre os dois, que só será quebrado após a morte prematura da sua mãe… para, quase a seguir, voltarmos ao mesmo: é que John Allan, farto da solidão, casou-se com outra mulher, o que não agradou nada a Poe. Estas discussões foram de tal forma fortes que Edgar Allan Poe acabou por perder o direito à herança e foi viver com o seu irmão mais velho… que morreu de alcoolismo um ano depois.

clip_image004Depenado e eternamente miserável, há que lhe dar valor numa coisa: Poe nunca fugiu do seu sonho de ser escritor e viveu precisamente disso. Os livros que vendia serviram-lhe para “sobreviver” com muita dificuldade e alguma dignidade. Teve alguns empregos. Porém, ou aborrecia-se e pedia demissão ou era demitido por conduta imprópria (num deles, foi apanhado a beber em serviço). Devagarinho, começou a afirmar-se no mundo da literatura, mas parece que a sua vida não estava destinada a ter sorte: a sua querida esposa Virginia sucumbiu em 1845 à tuberculose, e esta tragédia (mais uma!) na sua curta existência foi um dos grandes motivos da sua queda no mundo do álcool. A partir daqui, Poe caiu numa espiral de autodestruição, ao ponto de, três anos depois, ser encontrado a vaguear nas ruas de Baltimore faminto e delirante. Foi levado com caráter de urgência para um hospital, mas morreria quatro dias depois, a implorar perdão a Deus. Os últimos dias deste grande escritor encontram-se envolvidos em mistério: para começar, as roupas que estava usando não eram as suas. Por fim, antes de falecer, chamou repetidas vezes por um tal “Reynoulds”, e ainda hoje ninguém tem bem a certeza de quem era esse homem, e por que motivo parecia ser tão importante na sua vida. As suas últimas palavras foram: “Deus tenha piedade da minha pobre alma”.

Mesmo depois da sua morte, a sua vida foi fortemente difamada por um crítico, escritor e poeta rival de nome Griswold, que guardava há muito tempo um grande rancor contra Poe. Chegou ao ponto de não só mesquinhamente falsificar cartas supostamente escritas pelo seu rival - onde opiniões horríveis e histórias inventadas revelavam uma personalidade perigosa para a paz pública- como, ainda por cima, escreveu uma biografia fantasiada cheia de mentiras sórdidas, meias-verdades e infâmias que Poe nunca cometera.

Como é que se pode descer tão baixo, perguntam vocês? Mas esta mentira orquestrada, apesar de ter sido denunciada pelos amigos mais chegados de Poe, levou imensas décadas a perder poder. Com efeito, muita gente ainda hoje pensa que este grande escritor era um drogado inveterado, mentiroso convulsivo, destruidor de lares, viciado em prostitutas e em todo o tipo de drogas. Poe sofria, sem dúvida, de alcoolismo, um problema que, pelos vistos, corria nas veias da sua família natural. E, de certeza absoluta, lidava há bastante tempo com essa maldição chamada depressão/loucura iminente. Mas tirando esses dois problemas, era um homem pacato e inofensivo, com os seus ataques impulsivos de frustração e vivendo na constante tristeza de ser pouco amado e reconhecido como escritor. A vida trágica de Poe escorre em todos os seus contos: casas amaldiçoadas; mistérios estranhos; mulheres frágeis e inocentes, vítimas do destino; a presença asfixiante da loucura e do álcool; a injustiça e o medo da solidão; todos os seus fantasmas, com efeito, encontram-se presentes na sua escrita.

Só um homem com um passado destes poderia descrever com tanta mestria o horror do abismo e do medo.

Imagem retirada daqui.

segunda-feira, outubro 17, 2011

Ontem Foi O Dia Mundial Da Alimentação

 

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E cá vamos nós bater na mesma tecla: menos gorduras, mais vegetais, pouco (muito pouco!) álcool, muita fruta, pouquíssima carne… Quantas vezes os nosso alunos não ouviram falar desta lenga-lenga, ao ponto de estarem fartos da mesma cantiga? Pois é: o problema não é os portugueses não saberem o que faz bem à saúde, o problema é as pessoas não se interessarem por tal assunto.

Por que motivo ninguém presta atenção à alimentação? Infelizmente, o ser humano só decide ser cuidadoso quando começa a sentir na pele os efeitos negativos de uma má cozinha: peso excessivo, anemia, pele amarela, cabelos fracos, ossos frágeis, constante cansaço, etc, etc, etc. Até lá, é só brincadeira. Então, se o problema é a indiferença, como é que podemos mudar as mentalidades?

Aqui vão algumas dicas:

1- De pequenino é que se torce o pepino – Quanto mais depressa as crianças se habituarem à comida saudável, melhor. É importante que os pais se apercebam que o alimento que eles consomem será imitado pelos filhos, e de nada vale a pena dizerem “faz o que eu te digo, não aquilo que faço”: o ser humano é um animal social, e tende a copiar os hábitos/comportamentos da sua comunidade. Está cientificamente provado: os filhos gordos, em mais de 90% dos casos têm pais gordos.

2- Tem que ser – E o que tem que ser tem muita força. Se as autoridades restringirem ou cortarem os alimentos pouco saudáveis em lugares públicos – uma escola, por exemplo – não irão criar uma geração mais consciente de um momento para o outro. Porém, através desta penalização pública e oficial, a mensagem será clara para todos e, como quem não quer a coisa, “o bichinho” será, pouco a pouco, implantado no nosso subconsciente.

3- clip_image004Plante uma pequena ou grande horta – Agora que a crise estourou na casa de quase todos os portugueses, nada melhor do que começarmos a meter as mãos na terra. E não, não é necessário termos largos hectares para plantarmos batatas e couves: com o simples espaço de uma varanda ou uma garagem pode fazer incríveis milagres. O excelente Projeto Plantar Portugal apresenta detalhadamente um tutorial de como aproveitarmos ao máximo todos os espaços que temos na nossa casa para produzirmos comida.

Para quem torce o nariz às hortas, e ainda acha que isto é “coisa de pobre”, não podem estar mais enganados: ter um jardim de vegetais tornou-se o último grito da moda urbana. Em Nova Iorque, por exemplo, é praticamente impossível encontrarmos um prédio onde não haja uma única pessoa a plantar batatas e alfaces. E em Portugal, crescem os projetos ligados à terra, e candidatos não faltam. A título de exemplo, Lisboa está a voltar a ser alfacinha, e crescem como cogumelos as varandinhas verdes e as hortas comunitárias.

Os tempos estão, de fato, a mudar. Ao fim de décadas a bater na mesma tecla, o desejo do mar e da semente voltaram em força. Talvez seja o cansaço do betão ou a carteira cada vez mais vazia. Em todo o caso, seja qual o motivo for, as crianças do futuro olharão para a comida de uma outra maneira…

Horta numa varanda, parte 1

 

Horta numa varanda, parte 2

Imagens retiradas daqui

quinta-feira, outubro 13, 2011

Uma Descoberta Digna de Frankenstein!

 

Reconstrução Digital da Atividade Cerebral

Para quem já não se lembra ou não viu, o filme Relatório Minoritário, baseado num romance de Phillip K. Dick, narra um tempo futuro em que os criminosos serão apanhados e julgados em tribunal antes de cometerem um crime: graças aos dons de três médiuns telepatas, qualquer candidato a assassino, violador, raptor de crianças, chantagista, bombista and so on não terá qualquer oportunidade de cumprir o seu objetivo, pois o seu desejo de praticar o mal será detetado e prevenido pelas autoridades. A “prova do crime” nada mais será do que um registo profetizado e arquivado num computador, uma espécie de “filme” retirado do cérebro dos três telepatas (ver imagem em baixo).clip_image001

Claro que esta ideia, …

quarta-feira, outubro 12, 2011

Bibliomúsica

 

John Carpenter, O príncipe das Trevas

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Já que estamos a entrar na semana do Dia das Bruxas (Halloween), nada melhor do que homenagearmos grandes compositores que deram música e som aos nossos maiores medos, quer estes sejam o demónio, o medo do escuro, fantasmas ou exorcismos. E o músico que hoje apresentamos é um caso bastante especial: John Carpenter não só é um dos mais geniais realizadores de filmes de terror como, melhor ainda, é ele próprio quem compõe as bandas sonoras para as suas histórias.

clip_image002 Quem quer que tenha visto O Príncipe das Trevas, uma das maiores obras-primas do género do Horror, nunca mais se esquecerá da história: um cientista, um padre e uma equipa de jovens cientistas juntam-se para tentar estudar um segredo obscuro e sinistro que, durante séculos, foi guardado por uma seita ultrassecreta e esquecida pelo próprio papa. O que estes monges protegeram do público encontra-se fechado na cave de uma igreja supostamente abandonada, e agora que o último membro desta irmandade vai morrer, convém informar o Vaticano deste segredo o mais depressa possível, até porque a “coisa” que ali está parece estar a acordar finalmente de um longo sono de milénios…

Se a história em si já nos arrepia, a banda sonora criada por Carpenter torna a atmosfera do filme ainda mais sufocante: ao longo de quase duas horas, o nosso cérebro é atacado por uma constante batida hipnótica e agoirenta, que vai aumentando de intensidade à medida que o Mal se aproxima e toma conta das personagens. Não se consegue imaginar o Príncipe das Trevas sem esta composição musical. Para todos os efeitos, esta “sinfonia fantasmagórica” faz parte do esqueleto da obra, acompanha as peripécias, profetiza o horror que está para vir e mantém-nos colados à cadeira.

Deixamos aqui um “cheirinho” do filme e da sua banda sonora, só para aguçar o apetite da semana do Halloween.

Banda Sonora do Filme (John Carpenter)

 

Imagens retiradas de:

http://www.top10films.co.uk/archives/2445

http://www.tumblr.com/tagged/prince+of+darkness

Livro Da Semana

 

Nómada, de Stephenie Meyer

clip_image002 Uma vez que estamos a chegar a passos largos ao dia do Halloween, continuamos a apresentar livros que estejam relacionados com o mundo do Fantástico, da Ficção Científica e do Terror. Desta vez, a obra que apresentamos está mais ligada ao género da Ficção Científica. E, para quem conhece o universo do Crepúsculo, o nome Stephenie Meyer não lhe é nada estranho, muito pelo contrário. Mas desta vez não é de vampiros que iremos falar.

Na opinião de muitos leitores – até dos seus próprios fãs!! – Stephenie Meyer não é uma grande escritora. Na verdade, para quem gosta de um bom romance, o seu estilo literário deixa muito a desejar. Porém, goste-se ou não, esta norte-americana sabe contar uma boa história e sabe prender o leitor da primeira à última página. Além disso, sabe pegar numa ideia velha e “modernizá-la” para os tempos modernos, o que explica a razão por que tantos adolescentes – e até adultos – se identificam com as suas personagens.

A invasão …

segunda-feira, outubro 10, 2011

Livros Recomendados Pelo PNL e Disponíveis Na Biblioteca

 

Parte II – Ensino Secundário

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À semelhança do que foi feito com a lista de livros do 3º ciclo (e ainda falta falar dos livros recomendados pelos manuais do 7º ano!) disponibilizamos já a relação daqueles que foram recomendados pelo PNL no Ensino Secundário e que se encontram disponíveis na nossa biblioteca. Atenção!: o Plano Nacional de Leitura inclui também as obras sugeridas pelos manuais adotados nesta escola).

Estamos neste momento à espera da chegada de mais autores. Pedimos a todos que tenham paciência pois, apesar da grande ajuda monetária que o PNL tem dado às escolas deste país, ainda há muitas obras que precisamos de adquirir, e todos nós sabemos que os livros em Portugal são muito caros. De facto, a não ser que um jornal ou revista decida publicar um “brinde literário” ao preço da uva mijona, não é fácil renovarmos com muita frequência o nosso stock. Por isso mesmo, se houver alguém que queira doar edições à nossa biblioteca, acolheremos todos os vossos presentes com imensa satisfação.

Por fim, não nos esqueçamos também que há edições que se encontram esgotadas há 500 séculos: A Mãe de Máximo Gorki, Spartacus de Howard Fast, Clarisse de Erico Veríssimo e os Contos do Gin-Tonic de Mário Henirque Leiria têm andado neste limbo. Quanto à obra Inês de Portugal de João Aguiar, devido à sua constante procura tem-se mantido sistematicamente esgotada.

 

quinta-feira, outubro 06, 2011

Morreu Steve Jobs

 

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clip_image003Lutava há sete anos contra um cancro e, no fim, perdeu a guerra aos 56 anos. A morte é sempre trágica, mas no caso dos génios a tristeza é ainda maior: Steve Jobs era um verdadeiro feiticeiro do mundo da Informática que mudou radialmente a forma como nós vivemos e experienciamos a tecnologia. E as homenagens, como era de se esperar, vieram de todos os outros lados. Rivalidades à parte, Steve Jobs era muito admirado e respeitado pelos seus colegas. Basta olharem para a imagem do lado – um iphone iluminando a foto do seu génio, em jeito de santuário, para nos apercebermos a marca que deixou em todos nós.

As suas invenções são mais de 300 e

quarta-feira, outubro 05, 2011

Obras Recomendadas Pelo PNL E Existentes Na Nossa Biblioteca

 

clip_image002Parte I – 3º ciclo

Este ano, têm sido vários os alunos que nos têm perguntado quais são os livros recomendados pelo Plano Nacional de Leitura, e quantos efetivamente existem na nossa biblioteca. Muitos pretendem juntar o útil ao agradável: ler mais e, ao mesmo tempo, cumprir o Contrato de Leitura, que já vem sendo prática corrente desta escola há vários anos. Uma vez que as obras – e também podemos contar com aquelas que são sugeridas pelos manuais escolares – são às centenas, aqui vai uma lista completa daquelas que já podem ser reservadas.

Temos apostado, sempre que possível, numa escolha variada, para que todos possam encontrar “o livro ideal”. Aventura, suspense, o mundo do Fantástico, Poesia, histórias de amor, relatos verdadeiros, policiais, contos, crónicas, nada falta. É só escolher e experimentar.

Atenção: muitas obras recomendadas pelo PNL encontram-se esgotadas há 15 séculos no formato tradicional, mas é possível termos acesso a algumas delas através da leitura online ou via e-book.

 

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terça-feira, outubro 04, 2011

Estante Do Mês- Ciências Naturais

clip_image001À semelhança dos anos anteriores, cada vez que montamos “a nossa barraquinha” mensal, é sempre com base num tema em particular que o fazemos. Este ano, optámos por uma coisa muito sonsinha e pouco original: as disciplinas escolares. E tomámos esta decisão por uma razão muito simples: nem todos os alunos se encontram a par dos materiais de apoio que a Biblioteca e o Centro de Recursos dispõem. Assim, nada melhor do que juntarmos o útil ao agradável!

Se o século passado foi o “Século do povo”, o século XXI há-de ser o da Ciência. Por isso mesmo, a música escolhida para o nosso vídeo pertence à série “Cosmos”, narrada por um grande cientista de nome Carl Sagan (ver foto).

Esperemos que a nossa variada escolha seja do agrado da nossa comunidade escolar!

segunda-feira, outubro 03, 2011

Livro Da Semana

 

Aventuras Misteriosas, de Sérgio Franclim

clip_image002 Entrámos no mês de outubro, embora nem o pareça: continuamos a ir à escola com a mesma roupa que usávamos em julho, e continuamos a pedir no bar da escola a nossa fiel garrafinha de água fresca. Era suposto estarmos, neste momento, a antecipar o cheirinho agradável das castanhas e começarmos a fotografar as folhas caindo das árvores. Estes tempos estão estranhos, dizemos. Mas outubro é outubro. É o mês que pressente o outono, o frio… e o dia das bruxas. Por isso mesmo, a biblioteca da nossa escola dedicará estes trinta dias que aí veem ao mundo do fantástico e do misterioso.

Para começar, o livro da semana, durante este mês, dedicar-se-á ao mundo da fantasia, e nada melhor do que começarmos os festejos com um livro que pretende glorificar Portugal e as suas lendas mais entranhadas. Afinal, quem é que nunca ouviu falar dos Cavaleiros Templários, do Rei D. Sebastião, de Fernando Pessoa e os seus três heterónimos? Escrito para crianças entre os oito e os doze anos, esta história cheia de aventuras fala-nos de um rapaz muito especial, vindo de uma terra paralela, cujos governantes supremos têm sido sempre, durante séculos, a Ordem dos Cavaleiros Templários. Este mundo é partilhado por várias raças: anões, gigantes, fantasmas, humanos, todos eles fazem parte deste mesmo espaço e universo. Porém, o seu mundo até agora pacífico, encontra-se ameaçado pelo ódio e pelo desejo de destruição de um poderoso feiticeiro, “o feiticeiro sem nome”. Por alguma razão inexplicável, este inimigo odeia Portugal, e saberemos mais tarde que as terras onde os Cavaleiros Templários vivem foram-lhes ofertadas pelo Feiticeiro Sem Nome. Quem é ele e por que motivo mudou tanto? E o que o fez mudar?

Perante uma força quase invencível, apenas Dinis, o rapaz especial, pode fazer frente ao Feiticeiro: ele é o Cavaleiro Prometido, dono de uma força especial e também possuidor de poderes mágicos. Apenas ele, com a ajuda dos seus dois amigos fiéis – Leonor e Rafael – conseguirá derrotar o maior inimigo que alguma vez existiu neste universo paralelo. E pelo caminho descobrimos que o poeta Fernando Pessoa desempenha um papel muito importante nesta trama; que a Implantação da República prenuncia a tragédia que se abaterá em Mestral, a capital dos Cavaleiros Templários; e que a ilha do Encoberto é o lugar onde o “rei adormecido” repousa.

Escrito para crianças/adolescentes, esta é uma divertida introdução a alguns dos mitos mais famosos da nossa nação.

sábado, outubro 01, 2011

Hoje É O Dia Mundial Da Música!

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… E para comemorarmos esta data, deixamos aqui algumas bandas portuguesas que valorizam os sons tradicionais da nossa nação e misturam-nos com outras sonâncias étnicas. E, pelos vistos, o que é nacional é bom: o que há para aí são novos talentos que focam as nossas raízes e a nossa riqueza musical. Já conhecemos algumas dessas bandas: Diabo Na Cruz, Orquestrada, Deolinda… Mas há mais, muitas mais que amam aquilo que é nosso.

Porque a música não é só Rock e Hip Hop…

Pé Na Terra – Escadas de Luar

 

A Caruma – Nossa Senhora do SIS

 

Os Golpes – Vá Lá Senhora

Mandrágora – Vale de Sapos

 

Imagem retirada daqui