terça-feira, dezembro 17, 2019

Tertúlia com André Fernandes - "Tia Guida"- A palavra aos alunos !

"Foi importante conhecer uma pessoa que nos ensinou a lidar com os problemas da vida de uma forma positiva."
" Ajudou-me a ver o Mundo com outros olhos, com olhos de amor. Foi muito bom descobrir uma nova forma de ver a vida, uma vida sem dramas, uma vida com amor"
" Gostei muito do exemplo de carinho pois ele ficou sempre ao lado da sua Tia. É bom termos ao nosso lado uma pessoa que nos ama e pensa em nós."
" O seu relato de vida foi muito inspirador."













Tertúlia com o escritor André Fernandes - As suas palavras

Com Academia Sénior, na Esc. Sec, Serpa- Serpa
De Serpa ouvia falar bem do queijo. De Serpa voltei a falar muito bem das pessoas. De cada vida que me fez sentir em casa, mesmo estando longe da minha. De cada lição e emoção que comigo se partilhou, em sessões de partilhas que muito grato me deixaram e que provaram que, na escola que a vida é, todos temos sempre qualquer coisa nova a aprender e qualquer coisa nova a ensinar. As histórias que conheci fizeram-me querer desvendar ainda mais de Serpa. Das pessoas de Serpa. Espero poder voltar, para chegar a mais alunos, a mais professores, a mais vidas... à comunidade. Contem comigo.

 André







quarta-feira, dezembro 04, 2019

Estante do mês de Dezembro

 Ainda há espaço para Deus?

Imagem retirada daqui

E cá estamos nós a festejar o Natal. Outra vez. Mais um ano a chegar ao fim, mais um ano tirado da nossa curta existência, mais um ano a trabalhar, a fazer contas à vida.
E afinal… para quê?
Este é o momento do ano em que tudo começa a fazer sentido ou deixa de fazer sentido. Este é o momento em que muita gente medita sobre os mais de 300 dias que voaram, se valeu a pena, se as escolhas que fizemos foram corretas ou não, se deram ou não frutos. Este é o momento em que nos sentamos numa cadeira ou no sofá, pegamos num papelinho e numa caneta e toca a planear “Metas para o novo ano”, lista essa que acaba pregada num frigorífico - supostamente para não nos esquecermos – e, com sorte, um ou dois desejos acabam por ser realizados.
Porém, este é também o mês em que festejamos o nascimento de Jesus Cristo, um Deus que – segundo os Cristãos – desceu à Terra, transformou-se num ser humano, sofreu e morreu por nós. Ora, era suposto esta data comemorativa ser mais do que as black Fridays e as cybermondays. Por isso mesmo – e isto acontece também àqueles que não são religiosos – o mês de Dezembro é sinónimo de “ponderação”, de “auto-avaliação”.
Parece que vivemos num mundo cada vez mais materialista, mais frívolo, mais egoísta e, para sermos francos, mais cínico. É caso para nos perguntarmos: numa civilização como esta, há espaço para Deus? Será que esta força do Cosmos ainda faz sentido, ou os nossos deuses são hoje os ricos, as estrelas de Hollywood e os craques de Futebol?
Esta é a questão que propomos para a estante deste mês. Selecionámos do nosso acervo várias obras, estudos, lendas e textos sagrados, que tentam responder- de uma forma mais teológica, filosófica e em alguns casos científica – a este desejo de “acreditar”, de sonhar “com algo mais” do que a nossa “vidinha” mundana e sem sentido.
Eis uma estante que traz mais perguntas do que respostas.
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terça-feira, dezembro 03, 2019

Confesse: já aderiu à Black Friday?


Sejamos honestos: as black Fridays sempre existiram em Portugal, até porque é costume neste país muitos portugueses receberem o abençoado “subsídio de Natal”, uma ferramenta económica que muitos estrangeiros consideram bizarra, mas temos que admitir que é muito eficaz na criação de um boost no nosso comércio. No entanto, ninguém usava o termo “Black Friday”. Estes descontos de época eram conhecidos pela singela frase “promoções de Natal”. Infelizmente, nós, portugueses, graças ao nosso costumeiro complexo de inferioridade, adoramos imitar tudo o que vem “de fora”, especialmente se vier da América: copiamos o dia de São Valentim, as festas de finalistas (com direito a rei e rainha do baile), o dia das bruxas, movimentos ideológicos que nada têm a ver com a nossa cultura... Não é de espantar, portanto, que poucos saibam qual é a origem desta expressão. O hábito de chamarmos às promoções de Natal “Black Friday” não tem mais do que cinco, oito anos de existência na nossa nação.
Mas afinal, quando é que tudo isto começou?
Originalmente, a expressão “black Friday” tinha, de facto, ligação com comércio e dinheiro, mas estava ligada às bolsas de valores, e não às lojas: muitos colapsos da Banca aconteciam na sexta-feira, daí a criação deste termo. Porém, Nos EUA, a primeira vez que o termo foi usado foi no dia 24 de setembro de 1869, quando dois especuladores, Jay Gould e James Fisk, tentaram tomar o mercado do ouro na Bolsa de Nova York. Criaram acidentalmente um colapso na bolsa de valores, obrigando-a a fechar mais cedo.
Foi quase ao mesmo tempo que o Dia da Ação de Graças foi criado neste país. Esta data comemorativa foi da autoria do presidente Abraham Lincoln, e foi graças a ele que os americanos ganharam quatro dias de descanso: ficavam (e ficam) com a quinta-feira livre para viajarem e juntar-se à família toda. Sexta-feira era o desejado feriado e, de brinde, ainda ganhavam o sábado e o domingo para se recuperarem da festa e terem tempo para voltar para casa. Ora, os comerciantes depressa se aperceberam que as suas contas, antes assinaladas a vermelho (perigo de ruína financeira), rapidamente passavam para o preto (contas em dia). É que estes dias implicavam grandes custos: custos de comida, bebida, viagem, prendas para os familiares e amigos, tratamento de cavalos e outros animais, etc. Desta forma, o Dia de Ação de Graças passou a ser O grande dia das compras, nesta nação, e depressa se transformou numa desenfreada corrida aos descontos e promoções.
Há outras possíveis interpretações (podem ler mais no link abaixo indicado), mas quase todos os Historiadores concordam que a origem desta expressão está sobretudo ligada à Bolsa de Valores e ao Thanksgiving day. Há para aí pessoas que juram a pés juntos que o Black Friday está ligado ao comércio de escravos: diz-se que, no final do mês de Novembro, havia uma sexta-feira dedicada a descontos bombásticos, estilo “Leve dois escravos e pague apenas um”. Porém, hoje sabe-se que a escravatura era um luxo de pouquíssimos americanos. Com efeito, a esmagadora maioria dos cidadãos deste país não tinham escravos e, mesmo que quisessem, não podiam pagá-los. Por isso mesmo, esta teoria não faz sentido: tendo em conta que só os ricos é que podiam comprar esta “mercadoria de alto valor”, não valia a pena baixar preços...
E você, querido/a leitor/a? Vai fazer parte desta loucura? Pela nossa parte, existe uma coisa fabulosa chamada “compras online”. Longe da confusão, das correrias, das brigas nos corredores e do tráfego, não há nada mais maravilhoso do que estarmos confortavelmente sentados num sofá, ao pé da lareira ou termoventilador, a escolher com calma e segurança as “mercas” que desejamos comprar.
Afinal, há certos confortos que a tecnologia nos oferece!

Para mais informações (e citação retirada) aqui.
Cartoons retirados daqui e daqui.