terça-feira, janeiro 31, 2012

Livro da Semana

 

Century, O Anel de Fogo, de P.D.Baccalario

clip_image001 Para já, comecemos pelas capas: são deliciosamente bonitas, elegantemente editadas e convidam logo os nossos olhos a pousar para a sinopse do livro. A série Century, composta por quatro volumes, é requintada e trata os seus leitores juvenis com o respeito que eles merecem: em vez de uma escrita parva, cheia de grandes pontos de exclamação, ou um design a rondar o infantil, os leitores do mundo da fantasia são convidados a pensar e a acompanhar com prazer estes quatro jovens que parecem ter muita coisa em comum, a começar pela data de nascimento (todos nasceram no dia 29 de Fevereiro) e a um “acidente” burocrático, que levou estes miúdos a partilhar o mesmo quarto num hotel em Roma.

Longe vão os tempos em que a escrita infanto-juvenil era olhada como uma espécie de literatura de segunda classe. Autores como Emilio Salgari ou a Condessa de Ségur eram vistos como “escrevinhadores” que entretinham os sonhos amalucados e selvagens de meninos e meninas, em fase de puberdade. A chegada triunfal de J. R. R. Tolkien, o mestre do Senhor dos Anéis, acabou de vez com o mito de que histórias de fadas, dragões ou forças mágicas são coisa de crianças. Hoje, o mundo da fantasia e do suspense agrada públicos que vão dos oito aos oitenta anos. Aliás, a famosa saga de Harry Potter foi (e ainda é) lida por um vasto exército de leitores que oscila entre os oito e os oitenta anos (a fã mais velha deste bruxo tinha, no ano de 2007, 97 anos!). Hoje, a literatura infanto-juvenil, quer seja uma literatura de fantasia ou realista, é estimada e respeitada, até porque, muitas vezes, é através destes livros que muitas crianças e jovens descobrem o prazer de ler.

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Outra coisa positiva é repararmos que estes livros valorizam o melhor que os jovens têm para dar ao mundo: em vez dos putos mimados, agarrados à playstation e preguiçosos, as crianças e adolescentes são heróis inteligentes e manhosos que podem salvar o mundo. E qual é a criança que não se identifica com estas personagens tão otimistas??

A história parece simples, mas não é: de 100 em 100 anos, a Humanidade é posta à prova, e quatro crianças, para salvar o seu planeta, são selecionadas para preservar o mundo. Trata-se da velhinha e típica batalha entre o bem e o mal: as forças negras querem apoderar-se de um artefacto poderosíssimo – o anel de fogo – e as quatro forças da Natureza precisam de se defender. Estas quatro energias têm o seu centro em quatro cidades: Roma, Xangai, Paris e Nova Iorque. Como já adivinharam, cada um destes volumes estará dedicado a cada uma destas metrópoles.

Boa leitura, e viajem através das palavras!

Porque ler ainda hoje é a maneira mais barata de viajarmos.

Century, O anel de fogo – Booktrailer

segunda-feira, janeiro 30, 2012

Hoje é o dia da não violência nas escolas

 

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A tortura é uma invenção maravilhosa e absolutamente segura para causar a perda de um inocente.

Jean de La Bruyère

A violência, seja qual for a maneira como ela se manifesta, é sempre uma derrota.

Jean-Paul Sartre

A violência leva à violência, e justifica-a.

Théophile Gautier

A violência não é força, mas fraqueza, nem nunca poderá ser criadora de coisa alguma, apenas destruidora.

Benedetto Croce

Eu sou contra a violência porque parece fazer bem, mas o bem só é temporário; o mal que faz é que é permanente.

Mohatma Gandhi

Campanha Contra o Bullying

Denuncie a violência contra o professor

Imagem retirada daqui

sexta-feira, janeiro 27, 2012

Entender e aceitar a morte, I

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A família lava, veste, adorna, penteia e maquilha com carinho a sua filha. Colocam-na com cuidado na sua cadeira preferida. Fecham os seus olhos, como se ela estivesse a dormir. Por fim, contratam o melhor fotógrafo das redondezas para lhe tirar um belo retrato. A imagem será depois transformada num cartão de visita ou enviada numa carta, cuidadosamente selada, contendo também um botão de rosa ou um caracol do cabelo da sua filha. clip_image003Tudo isto parece-nos ternurento e típico de um pai e de uma mãe que adoram a sua filha. Sim, tudo isto ser-nos-ia perfeitamente normal, não fosse um pequenino e insignificante detalhe:

A menina está morta.

Aliás, todas estas fotos que acompanham este artigo retratam única e exclusivamente pessoas mortas.

E perguntamos a nós mesmos: como é que alguém pode tirar fotografias a entes falecidos ou, pior ainda, aceitar ser fotografado ao lado de um deles??

As fotografias de luto no século XIX

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Há cerca de 150 anos, morrer era a coisa mais comum e mais corriqueira que poderíamos encontrar na nossa existência. A morte rondava diariamente as casas de todos. Morria-se pelas coisas mais estúpidas: morria-se de parto, de constipação, de febre, de infeções, de falta de vitaminas, de sarampo, e de muitos, muitos outros exemplos. Um simples corte num dedo significava um braço gangrenado, um nariz fungando transformava-se numa gripe violenta. Só os mais fortes – tão resistentes como as ratazanas – conseguiam o feito extraordinário de ultrapassar a barreira da infância.

E depois tínhamos o resto: as pestes, as epidemias, a fome, a clip_image011guerra, a poluição, a violência doméstica, e todos os males que acompanham sempre a falta de higiene e de segurança nas casas, nas vilas, nas cidades. A natureza - ao contrário do que muitosclip_image012 hoje dizem – é tudo menos mãe. A “mãe” natureza não se compadece dos velhos, dos fracos, dos doentes. Eis, senhoras e senhoras, a lei do mais forte a funcionar na sua plenitude.

Perante um cenário destes, como reagem os vivos perante a morte? É muito simples: aceitam-na e infiltram-na nas suas vidas. E a invenção da fotografia no século XIX – um meio bastante mais barato de guardamos para a posteridade as memórias da nossa vida - permitiu que as classes baixa e média, em vez de contratarem um pintor, pudessem preservar os rostos daqueles que perderam, especialmente aqueles que partiram tão cedo “desta vida descontente”. Mais tarde, estas fotografias passaram a ter uma outra função, bem mais espiritual e mais religiosa do que inicialmente tinham: a de avisar os vivos que a vida é curta e, por isso mesmo, a nossa existência serve para vivermos em pleno, não vá a morte chegar mais cedo do que esperávamos e impedir-nos de realizar os nossos sonhos.

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Este culto à morte foi comum em muitos países, mas foi levado ao extremo sobretudo na Inglaterra do tempo da rainha Vitória (segunda metade do século XIX), o que não nos causa espanto algum, pois a mortalidade neste país – sobretudo em Londres – era assustadoramente alta. Estima-se que quase metade dos ingleses não ultrapassavam a infeliz idade dos 10 anos. A ascensão da classe burguesa aproveitou, então, a fotografia como forma de preservar a memória dos seus e, já agora, de avisar os parentes mais distantes de que alguém na família tinha falecido.

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Hoje, olhamos chocados para estas imagens e achamos todo este comportamento macabro e arrepiante. Porém, aquilo que estas fotos mais nos provocam é uma imensa pena e compaixão: esta é a cerimónia do adeus, a derradeira despedida. Há qualquer coisa de profundamente trágico numa mãe que segura a sua filha morta, como se ela estivesse apenas a dormir a sua sesta ou, pior ainda, tirar uma fotografia com a filha à espera da morte (à direita).

Hoje, estas fotografias valem verdadeiras fortunas e há quem as colecione e as restaure com muito cuidado e carinho: o site The Thanatos Arquive tem como objetivo único preservar a memória deste estranho passado, já tão longe de nós. E qualquer leitor curioso reparará neste importante detalhe: os mortos não são retratados como pedaços de carne para serem expostos aos olhos de todos. Estão vestidos e adornados com as suas melhores roupas, os seus melhores adereços, deitados ou sentados ao lado dos seus melhores brinquedos ou pertences preferidos. Há muito amor e muita dor nestas imagens.

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E, vistas bem as coisas, quem somos nós para julgar os nossos antepassados? Pelo menos ficavam ao lado dos seus, em vez de os abandonarem, como agora se faz constantemente. Afinal, quem é que não ouviu falar das histórias de tantos, tantos velhos que agora morrem sozinhos, sendo os seus corpos encontrados acidentalmente ao fim de meses ou até anos? Ninguém os visitou, ninguém telefonou para saber se estavam bem. Morreram na mais pura das solidões, triturados por um mundo que não perdoa a velhice e a fraqueza.

Antes a foto da criança morta no sofá, adornada como se fosse um anjo.

Todas as fotos foram retiradas dos seguintes sites:

The Thanatos Arquive

Paul Frecker

Os Outros, filme – O livro dos mortos (sem legendas)

quarta-feira, janeiro 25, 2012

E já que andamos a falar tanto do fim do mundo…

 

…O aluno Chen Hao, da turma A do 7º ano decidiu fazer um filme dedicado a este tema.

Não, não se trata do calendário Maia e das profecias de clip_image001Nostradamus. Trata-se, isso sim, da mitologia dos antigos persas (atual Irão). Aliás, o Zoroastrismo (provavelmente a primeira religião do mundo que pôs a hipótese de o universo ter sido criado por um único deus) influenciou muitas fés no seu tempo, inclusivamente aquela que todos nós conhecemos: o Cristianismo. Por isso, não se espantem se, enquanto estiverem a ver este filme, esta história vos parecer tão familiar…

Com efeito, se vocês olharem para a imagem acima, a primeira coisa que vos virá à cabeça é que este desenho representa Jesus, certo? Errado: esta imagem representa Zaratustra ou Zoroastro, o grande profeta desta religião e que, tal como Cristo, valorizava as boas ações, a fé privada, o desprezo pelos poderosos sacerdotes e a salvação através da compaixão e do perdão. Ao contrário de outras religiões, o zoroastrismo não atribui grande importância à fé ou à crença, o fundamental são as boas atitudes e os bons pensamentos, o homem é o responsável pelos seus atos e pelas suas escolhas e colherá o fruto delas, cabe a cada um lutar contra os maus pensamentos e as más ações, trabalho este que nunca está concluído, é um esforço diário e constante. Só através deste esforço o homem pode alcançar uma vida feliz.

Uma coisa é certa: o fim do mundo é uma certeza absoluta… daqui a 5 bilhões de anos. Até lá, não tenham pressa de morrer.

Imagem e citação retirada daqui :

terça-feira, janeiro 24, 2012

Livro da semana

 

As Mentiras de Locke Lamora, de Scott Lynch

clip_image002 Quem é que, pelo menos uma vez na vida, não sonhou ser pirata, viajar em navios fantasmas, ser um ladrão com estilo e adorado por tudo e todos, ou ser um cavaleiro capaz de defender uma aldeia inteira? A verdade é que estes três arquétipos da Humanidade – o ladrão, o pirata e o cavaleiro – fazem parte do nosso subconsciente: o pirata representa a rebelião, o espírito livre, a coragem de enfrentar o desconhecido e o prazer de estarmos no lado errado; o ladrão representa a manha e a inteligência, aquele que é capaz de roubar um banco super blindado debaixo dos narizes de toda a gente; por fim, o cavaleiro representa o melhor lado que existe em todos nós, o desejo inerente de protegermos os fracos, os inocentes, os velhos e as crianças. Todos nós, em suma, temos um pouco de cada um destes três símbolos da Humanidade. O interessante é tentarmos perceber qual é aquele que está mais vivo dentro de nós…

E Locke Lamora é precisamente aquilo que esperamos de um bom ladrão. Não, não é bonito e charmoso como o George Clooney nos filmes Ocean qualquer coisa, mas possui uma inteligência e uma manha bastante fora do vulgar. Aliás, no reino de Camorr, a população deste mundo imaginário já se deu ao trabalho de inventar todo o tipo de coisas acerca dele: que é alto, forte, corajoso, capaz de enfrentar exércitos sozinho, capaz de atravessar paredes como um fantasma e, pasme-se!, até rouba dos ricos para dar aos pobres. Pois sim. Ele até pode ser - e é – extraordinariamente inteligente, mas rouba dos ricos para enriquecer, é franzino e frágil como uma pena, é esquivo como um fantasma, é uma desgraça nas batalhas e não é nada bonito. E, no entanto, há qualquer coisa nele que encanta…

Juntamente com os seus amigos especiais, Lamora pertence a um grupo de elite bem fechado, de nome “O grupo dos Bastardos Cavalheiros”, um nome que, como indica, não tem adeptos lá muito recomendáveis. Ironia das ironias, estes bandidos podem ser mesmo a última esperança de Camorr, pois uma violenta guerra clandestina e uma feroz luta de poderes correm o risco de destruir o reino que eles tanto amam… e que, afinal de contas, é o seu sustento. Estes cavalheiros podem parecer duros e cínicos, mas, como manda a lenda e as histórias de heróis, o coração de manteiga acaba sempre por vencer.

Ah, só uma coisa: George R. R. Martin, o escritor de A Guerra de Tronos, recomendou a leitura deste livro e, muito importante, este romance foi traduzido e editado por aquela que é apenas (na nossa opinião, é claro) a melhor editora do país: a Saída de Emergência.

Por isso, já sabem: estamos todos em boas mãos.

segunda-feira, janeiro 23, 2012

CONSERVAÇÃO DA NATUREZA

 

No âmbito da disciplina de Biologia e Geologia, os alunos da turma B do 10º ano, sob a orientação da professora Leonor Paiva, realizaram trabalhos, sensibilizando para a importância da conservação da natureza, escolhendo para o efeito algumas espécies existentes na nossa região.

Cada trabalho, composto por uma apresentação em PowerPoint e respetivo suporte em Word, foi objecto de exposição à turma.

Aqui ficam, para que todos possam apreciar a riqueza da biodiversidade na nossa região.

 

 

À Procura Da Felicidade

 

O que é que nos torna felizes? Boa pergunta. Esse sentimento pode estar ligado ao amor, pode estar ligado à amizade, pode estar ligado ao prazer da música e da natureza.

Aqui estão pequenas joias e pequenas lições de vida para todos nós, crianças dos oito aos oitenta.

A Invenção do Amor

 

Vida- Uma Pequena História de Amor

 

Equilíbrio (óscar para melhor animação, 1989)

 

Dá-me um beijo

quinta-feira, janeiro 19, 2012

Booktrailers novinhos

 

A arte de apelar à leitura através das técnicas de cinema.

Eu sou o Número Quatro, de Pittacus lore

 

Uma dança Com dragões, de George R.R.Martin

 

O Nome do Vento, de Patrick Rothfuss

 

Antes que eu vá, de Lauren Oliver

quarta-feira, janeiro 18, 2012

ÁRVORE DE NATAL ECOLÓGICA!

 

No âmbito da disciplina de Educação Tecnológica, os alunos do 3º ciclo, sob a orientação da professora Maria Ana César, montaram uma árvore de Natal, reutilizando garrafas de água plástico.

Também os alunos de E.M.R.C., sob a orientação da professora Carla Paulino, se associaram a esta iniciativa construindo presépios.

Aqui fica um pequeno filme realizado com as fotografias tiradas durante a montagem da árvore, e desta já terminada rodeada dos vários presépios.

 

18 de Janeiro é o dia mundial do riso

 

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O exercício mais difícil continua a ser rirmos de nós próprios. (Werner Finck)

Não há dia mais mal vivido do que aquele em que não nos rimos. (Nicolas Sébastien Chamfort)

Não há nada mais contagiante no mundo do que umas gargalhadas e boa disposição.(Charles Dickens)

Aquele que põe outro a rir tem de ser levado a sério. (Werner Finck)

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O riso gasta menos energia do que um rosto sério. (Anton Gunzinger)

Quando uma coisa nos diverte, então também a levamos a sério. (Gerhard Uhlenbruck)

O riso e o sorriso são a porta e o portal por onde podem entrar coisas boas para o homem. (Christian Morgenstern)

Quanto mais séria é uma pessoa tanto mais generoso o seu riso. (Arthur Schopenhauer)

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Quem se ri de si próprio não dá oportunidade a que se riam dele. (Lucius Annaeus Séneca)

O que ri em vez de fazer barulho é sempre o mais forte. (Provérbio japonês)

Chorar nasceu com os homens; rir tem de se aprender. (Max Pallenberg)

Aquele que puser as pessoas a rir será escutado, e depois já lhes pode contar tudo o que quiser. (Herb Gardner)

Não há nada mais saudável no mundo do que morrer a rir. (Carolus Magnus)

Não se pode ser sério a rir? (Gotthold Ephraim Lessing)

Quando o riso é incontrolável e embaraçoso

Citações retiradas daqui :

Imagens retiradas de:  1  -  2  e   3

terça-feira, janeiro 17, 2012

Livro da semana

 

O Misterioso mundo dos oceanos, de Frank Schätzing

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A vida não teria sido possível sem os oceanos. E não seria possível, pois mais de 70% do oxigénio do nosso planeta provém dos mares e não das árvores. De facto, muito se fala da aniquilação da Amazónia, mas quando nos deparamos com esta verdade, o chão parece que desaparece dos nossos pés. É arrepiante pensarmos que estamos a destruir a vida nestas imensas águas e, por exemplo, os famosos corais – que se encontram em vias de extinção – são uns dos grandes pulmões da Terra.clip_image003

Ecologias à parte, este é um livro que, embora também enfatize a necessidade de preservarmos o pouco que ainda resta da mãe natureza, dedica-se, acima de tudo, a relatar com paixão e emoção esse mundo maravilhoso e misterioso que são os oceanos. E que bem que ele narra a sua história!: Frank Schätzing, para quem adora ler livros de divulgação científica, já é um nome conhecido nas livrarias de todo o mundo. Foi ele quem escreveu a obra O Quinto Dia, que especula o que teria acontecido ao planeta Terra se este não possuísse um satélite chamado Lua. O autor bem que podia escrever argumentos para cinema: os seus livros são vívidos, sempre cheios de ação, mas nunca perdem a sua seriedade, baseando-se sempre em fatos científicos comprovados e aceites por carolas vindos de comunidades como a NASA ou o CERN.

Schätzing não brinca em serviço. O seu objetivo é educar as multidões, ao mesmo tempo em que as entretém. Esta obra é, com efeito, uma verdadeira injeção de sabedoria, e pode ser lida por qualquer um, desde a humilde dona de casa com apenas o quarto ano de escolaridade até ao físico genial que trabalha no LHC, a máquina mais gigantesca do planeta.

Provavelmente um dos capítulos mais fascinantes deste livro é aquele que é totalmente dedicado às profundezas do mar. E, caso vocês não saibam, sabe-se muito, muito pouco sobre esse estranho universo. De facto, foi só há cerca de 30 anos que a Humanidade conseguiu criar tecnologia suficientemente eficiente para estudar as zonas mais profundas dos nossos oceanos. E o que se anda a descobrir é fantástico: para quem gosta de ficção científica, o que se vê na escuridão total das águas é mais bizarro e mais belo do que as histórias da série Star Trek têm para nos encontrar! Não é por acaso que o filme Avatar está cheio de plantas e florestas que brilham no escuro: James Cameron, o realizador deste filme, foi buscar muita inspiração às espécies “alienígenas” que se encontram no fundo do mar (ver foto no cimo deste artigo).

Belíssimo e divertido, este livro é um must da divulgação científica.

Imagem retirada daqui

De novo a crise!

 

Em Novembro de 2011 a Escola Secundária de Serpa aceitou o desafio proposto pela Universidade de Aveiro, participando no concurso nos@europe.

A equipa da biblioteca da escola tomou a iniciativa de participar neste concurso e convidou alunos a constituir uma equipa. Nasceu a equipa "Juntos Conseguimos".

Chegámos à última etapa de seleção regional. Produzimos um vídeo sobre inovação, conhecimento e empreendedorismo local como forma de ultrapassar a crise.

Conhece as nossas empresas, reflete sobre as nossas dicas e vota aqui (clica nas estrelinhas por baixo da palavra prova de vídeo correspondente à equipa Juntos Conseguimos) para levarmos Serpa à final nacional.

segunda-feira, janeiro 16, 2012

Bibliomúsica – Lacraus

 

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É um nome de facto estranho para um grupo mas a escolha não é feita ao acaso. Como o site Naturlink deixa bem claro, O Lacrau (Buthus occitanus) é o único escorpião existente em Portugal. Distribui-se por todo o território nacional, desde Trás-os-Montes ao Algarve, encontrando-se frequentemente em zonas áridas, com rochas expostas ao sol. Ocorrem sempre sozinhos e quando são observados dois debaixo da mesma pedra, um está com toda a certeza decidido a comer o outro ou anda à procura de parceiro sexual. A sua visão é tão pobre que não consegue reconhecer um indivíduo da mesma espécie, a não ser quando estão em contacto. (…) Constatou-se também que de Outubro a Março geralmente não se alimentam, rejeitando toda a comida que lhes é oferecida quando são alimentados em cativeiro, encontrando-se no entanto acordados e prontos a defender-se. Em Abril parece acordar o apetite, embora uma pequena quantidade de alimento seja suficiente para satisfazer as suas necessidades alimentares. O lacrau demora aproximadamente cinco anos a tornar-se adulto.

Pequeninos mas mortíferos, os escorpiões são animais fascinantes e ultrarresistentes, ao ponto de conseguirem ficar sem comer durante três anos. Ora, as multidões podem ser comparadas a lacraus: parece que é fácil qualquer troika ou qualquer governo pisá-las. O problema surge quando estas se viram contra o lobo que as tenta destruir…

Este álbum retorna às origens mais primitivas do rock: cru, direto, objetivo, sem efeitos especiais e gravado na hora, não há tratamento de som ou de ideias. É a música no estado mais animal e mais natural. E vale mesmo a pena ouvi-los!

As Cabanas do Tédio

 

Citação retirada daqui

sexta-feira, janeiro 13, 2012

Mais livros para este ano!

 

clip_image002 O Inverno chegou, e chegou mais frio do que nunca. Nada melhor, portanto, do que ficarmos sossegados no aconchego do sofá ou da cama, folheando as páginas de um livro ou desfrutando de uma leitura divertida. O Inverno é a estação do casulo, do cão aninhado ao pé da lareira, e das conversas entre membros da família e jantares de amigos. Saídas, só num espaço bem quentinho e passeios só lá para a chegada da Primavera.

A biblioteca já gastou o dinheiro que lhe foi dado para a aquisição de novas obras. Como sempre, tentámos agradar a todos os gostos, e as escolhas variaram entre livros de Ciência, leitura bem-disposta e grandes obras-primas da literatura.

Não é para espantar, por isso, que a requisição de livros, este ano, esteja a ser muito bem-sucedida: para além de uma escolha muito variada, a equipa da biblioteca tem andado incansável a fazer propaganda das obras de que dispõe no seu espaço. A novidade, agora, é carregar sacos de boa leitura e trazê-los para a sala de aula, para que os alunos fiquem informados da já vasta coleção de géneros literários que a biblioteca tem para lhes oferecer. A moda pegou e só nesta semana já quatro turmas tiveram acesso a estas novidades. E já foram muitos aqueles que levaram livros para casa…

Por outras palavras: se Maomé não vai à montanha…

Imagem retirada daqui

 

quarta-feira, janeiro 11, 2012

11 de Janeiro é o Dia Mundial do Obrigado

Nós já sabíamos que há dias para tudo, mas por esta não esperávamos. Pois é: hoje é dia para agradecer a todos os que nos amam e nos protegem e é também dia para dizermos obrigado às coisas boas da vida.

E não, não estamos a mentir, o dia é oficial. Verifiquem neste link:

Obrigado, de Carlos Drummond de Andrade

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Aos que me dão lugar no bonde      E que conheço não sei de onde,

Aos que me dizem terno adeus Sem que lhes saiba os nomes seus,

Aos que me chamam de deputado Quando nem mesmo sou jurado,

Aos que, de bons, se babam: mestre!

Inda se escrevo o que não preste,

Aos que me julgam primo-irmão

Do rei da fava ou do hindustão,

Aos que me pensam milionário

Se pego aumento de salário

- e aos que me negam cumprimento

Sem o mais mínimo argumento,

Aos que não sabem que eu existo,

Até mesmo quando os assisto.

Aos que me trancam sua cara

De carinho alérgica e avara,

Aos que me tacham de ultrabeócia

A pretensão de vir da escócia,

Aos que vomitam (sic) meus poemas

Nos mais simples vendo problemas,

Aos que, sabendo-me mais pobre,

Me negariam pano ou cobre

- eu agradeço humildemente

Gesto assim vário e divergente,

Graças ao qual, em dois minutos,

Tal como o fumo dos charutos,

Já subo aos céus, já volvo ao chão,

Pois tudo e nada nada são.

 

Obrigado (poema declamado pelo próprio)

 

Imagem retirada daqui

sábado, janeiro 07, 2012

Estante do Mês - CFQ

 

Estante do Mês – Ciências Físico-Químicas

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Como já vem sendo hábito, a estante do mês é dedicada a mais uma disciplina imprescindível para a nossa vida escolar. E há de tudo: desde a bem-disposta banda desenhada da “Ciência Horrível” até enciclopédias; desde livros que se leem de uma rajada até cds interativos; há escolha, cultura e diversão para todos.

Passem pela biblioteca e deem uma espreitadela!

 

 

quinta-feira, janeiro 05, 2012

Ontem foi o dia mundial da escrita Braille

 

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Para quem não sabe (será possível??!!) a linguagem Braille é o famoso código de escrita que se lê com os dedos e que qualquer cego ou não cego consegue perceber. Inventada no século XIX por Louis Braille, é graças a esta pessoa que tantos invisuais, no mundo inteiro, conseguem ter acesso à cultura, à informação, realizar testes numa sala de aula como qualquer aluno “normal”, ler e assinar documentos, entre muitas outras facilidades.

As linguagens escritas para invisuais sempre existiram, mas eram tantas e tão diferentes que um cego da Alemanha não conseguia comunicar pela escrita com um cego da Polinésia. Foi precisamente no século XIX que o Braille foi adotado como a escrita universal para todos aqueles que não podem ver como nós. E isto, como é óbvio, trouxe vantagens consideráveis. Hoje em dia, um cego português pode deslocar-se confortavelmente numa estação de metro da Hungria ou do Canadá e já não se perde, pois as leis atuais do Mundo Ocidental exigem que todas as novas construções de edifícios e instituições têm forçosamente que ter placas de Braille. E se não existem, é nosso dever denunciar este atropelo dos direitos humanos.

E esta linguagem é tão fácil que qualquer um pode aprendê-la. Muito útil para as noites escuras!

Ora vejam…

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Para saberem mais vá aqui 

clip_image004 Ou, então, podem tirar um curso online neste site

Imagens retiradas daqui

quarta-feira, janeiro 04, 2012

Livro da Semana

A Invenção de Hugo Cabret, de Brian Selznick

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Já tínhamos, há uns meses, falado no nosso blog de autómatos mágicos, verdadeiros brinquedos que causam sempre fascínio nos miúdos e graúdos. Desta vez, vamos falar de um livro que gira à volta de uma destas fantásticas máquinas.

clip_image003 O filme já está à porta e já foi estreado nos Estados Unidos da América, mas isto não é desculpa para não se “ler” o livro. E dizemos “ler” entre aspas porque A Invenção de Hugo Cabret é um livro em que a imagem e o movimento são tão ou mais importantes do que a palavra em si. Aliás, tendo em conta que esta maravilhosa obra-prima do género fantástico vive muito da imagem – para todos os efeitos, não passa de uma deslumbrante banda desenhada – quase que nem faz sentido transpor esta história para a sétima arte. Com efeito, as duas horas de cinema gastas numa sala 3D mais não são do que uma cópia decalcada deste romance fabulosamente ilustrado, romance este que, ironicamente, é uma homenagem à 7ªa arte, mais particularmente uma homenagem àquele que é considerado o pai do cinema fantástico, Georges Méliès. Daí que todas estas 500 páginas nos façam lembrar mais um filme do que propriamente a literatura no seu estado puro.

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Falemos um pouco deste livro: Hugo Cabret vive no ano de 1931 e parece ser um menino como tantos outros, mas as aparências iludem: para além de adorar relógios e de querer sempre consertá-los, Hugo vive numa estação de comboios e é um ladrão. Rouba carteiras, faz favores, manda recados, enfim, pequenos crimes para crianças sozinhas e meio-abandonadas. Rouba, sobretudo, peças de relógios e de máquinas estragadas, pois o seu sonho é consertar um maravilhoso brinquedo que está avariado: um autómato sentado numa cadeira, de pena na mão, pronto a escrever uma mensagem qualquer num pedaço de papel. E Hugo é curioso, muito curioso. Por isso mesmo, não descansará enquanto não voltar a dar “vida” ao boneco, pois está ansioso para saber que “recado” é que esta máquina tem para lhe dar. É que, viremos a saber mais tarde, este androide está ligado ao seu passado…

Este é um livro de 500 páginas que se lê numa só tarde. É mais imagem do que palavra, porém, não se iludam: a boa banda desenhada é sempre aquela que está ligada a uma boa história. E este romance é uma excelente viagem ao mundo dos sonhos.

A Invenção de Hugo Cabret, Booktrailer

 

A Invenção de Hugo Cabret, Trailer do filme

Imagens retiradas daqui e daqui