Os alunos do curso profissional de técnico de gestão do ambiente da escola secundária de Serpa dinamizaram quatro sessões de sensibilização para a importância dos morcegos junto de quatro turmas do 1º ciclo. Aqui fica o registo da 1ª sessão.
Os alunos do curso profissional de técnico de gestão do ambiente da escola secundária de Serpa dinamizaram quatro sessões de sensibilização para a importância dos morcegos junto de quatro turmas do 1º ciclo. Aqui fica o registo da 1ª sessão.
Introdução: Com os objetivos de aferir o efeito que as barragens de Alqueva e Pedrogão estão a exercer na dinâmica populacional dos peixes que se encontram a jusante, conhecer as espécies autóctones e alóctones da bacia do Guadiana, e conhecer a técnica de pesca elétrica, os alunos do curso profissional de técnico de gestão do ambiente, acompanhados dos professores Carlos Moreira, e em parceria com técnicos do Parque Natural do Vale do Guadiana, participaram numa sessão de pesca elétrica na ribeira do Vascão.
Tal como ditam as regras do Programa Eco-Escolas, a coordenadora, Leonor Paiva, enviou, no passado dia 15 de março, para a coordenação nacional, a ficha de acompanhamento, que inclui o plano de ação para o corrente ano letivo. Assim se divulga o referido documento.
Com os objetivos de identificar espécies de avifauna, compreender o papel ecológico das aves e conhecer a técnica de anilhagem, os alunos do curso profissional de técnico de gestão do ambiente, acompanhados dos professores Carlos Moreira e Leonor Paiva, e em parceria com técnico do Parque Natural do Vale do Guadiana, participaram numa sessão de anilhagem na Herdade do Peixoto em Serpa.
No âmbito das disciplinas de Filosofia e Biologia e Geologia, e acompanhados pelas professoras Laura Sarroeira e Leonor Paiva, os alunos da turma B do 11º ano visitaram o Jardim Botânico de Lisboa. Foram objetivos desta atividade salientar a importância da conservação da biodiversidade vegetal, realçando o papel fundamental dos produtores nos respetivos ecossistemas.
No passado dia 21 de março, os alunos do curso profissional de técnico de gestão do ambiente, acompanhados dos professores Carlos Moreira e Leonor Paiva, em parceria com os técnicos do Parque Natural do Vale do Guadiana e com um conhecedor de borboletas noturnas, Dinis Cortes, realizaram uma atividade de observação destes insectos. Aqui fica um pequeno filme que dá conta desta ação
No âmbito do projeto Eco challenge, promovido pela EDP, e em resposta a um 2º desafio, alunos da turma B do 10º ano propuseram uma refeição tradicional, saudável e energeticamente sustentável. Aqui fica o documento elaborado e um pequeno filme demonstrativo de como se prepara um gaspacho à moda de Serpa.
A educação (...) criou uma vasta população capaz de ler, mas incapaz de reconhecer o que vale a pena ser lido."
Autor: G. M. Trevelyan, Historiador inglês
Ilustração da autoria de Elizabeth Shippen Green
O livro é um mudo que fala, um surdo que responde, um cego que guia, um morto que vive.
Padre António Vieira, escritor e filósofo português
Pintura de Pietro Antonio Rotari
Oração
Pai, eu escolhi acreditar.
Escolhi sentir nas palmas das mãos aquilo que é o mundo.
Sentir no bater do meu coração
E no meu sangue encarnado
Os enganos deste mundo tão errado.
Escolhi ver e não olhar.
Pai, eu escolhi acreditar.
Do cimo da minha consciência resolvi olhar em redor
E ver outra vez o mundo que já conhecia de cor.
Decidi experimentar
E atirar-me desse penhasco que é a minha mente,
Atirar-me para o vazio inseguro,
Esperando só e somente que houvesse alguém,
No fim da queda,
Que me amparasse em ombros,
Que me visse seguro,
E que me dissesse o quão valente eu tinha sido por abandonar a minha casa.
O quão valente.
Por abandonar a segurança do meu lar
Para partir,
Fazer uma vida diferente.
Uma vida que fosse minha,
Só minha,
De mais ninguém.
Dos penhascos que me lancei
Nunca, porém, duvidei,
E sempre acreditei, pai, que houvesse lá alguém.
Lancei-me cego de loucura,
Tremores doentes e paixão,
Lancei-me
E (já não sei contar as vezes que,
Pai),
Caí e consumi-me no chão
Apenas para me atirar outra vez,
Com os olhos fechados,
A rezar,
Nesse voo que nunca é o último.
André Afonso, 11º ano
Imagens:
Fotografia 1 - Anka Zhuravleva
Fotografia 2 – Dieter Appelt
Fotografia 3- Lyubomir Sergeev
Se um livro é mau, nada o pode desculpar; sendo bom, nem todos os reis o conseguem esmagar.
Voltaire, escritor e filósofo francês
Pintura da autoria de Dean Cornwell, artista norte-americano.
A reação do cérebro estimulado pela leitura foi tema de pesquisa realizada pelo Instituto Nacional da Saúde e Pesquisa Médica, na França. No lobo temporal esquerdo do cérebro, uma região atrás da orelha é ativada com a finalidade de levar a pessoa a entender o que lê, possibilitando sua viagem através das palavras. (…) De acordo com o coordenador da pesquisa, o psiquiatra Rafhael Gaillard, essa região é mais facilmente ativada quando o assunto dá ênfase à emoção.
Numa outra pesquisa, desta vez pela Universidade de Sussex, Inglaterra, descobriu-se que, através da leitura, é possível aliviar a tensão diária. A explicação para isso é também simples. O cérebro está totalmente voltado à interpretação do que está sendo lido. O corpo parece transferir toda sua atenção para as áreas cerebrais e visuais, deixando os músculos e coração mais relaxados. Quando se sente envolvido com um bom livro, o leitor desliga-se dos cinco sentidos físicos para um local e momento só dele, onde sua fantasia e criatividade possam atuar livremente. Como resultado, a sensação de prazer e de bem-estar aumenta. Isso repercute-se na saúde e pode evitar problemas futuros, consequências de preocupações e estresse.
O excerto deste artigo foi retirado daqui
Pintura da autoria de James Jebusa Shannon
E não há poeta que não tenha uma palavrita a dizer sobre o assunto…
Florbela Espanca – Primavera
É Primavera agora, meu Amor!
O campo despe a veste de estamenha;
Não há árvore nenhuma que não tenha
O coração aberto, todo em flor!
.
Ah! Deixa-te vogar, calmo, ao sabor
Da vida... não há bem que nos não venha
Dum mal que o nosso orgulho em vão desdenha!
Não há bem que não possa ser melhor!
.
Também despi meu triste burel pardo,
E agora cheiro a rosmaninho e a nardo
E ando agora tonta, à tua espera...
.
Pus rosas cor-de-rosa em meus cabelos...
Parecem um rosal! Vem desprendê-los!
Meu Amor, meu Amor, é Primavera!...
Hölderlin – A Primavera
De antigas alturas descende o novo dia,
desperta dentre as sombras a manhã,
a humanidade sorri junta e alegre,
em gozo está humanidade suavemente reunida.
Nova vida deseja ao prevenir abrir-se,
com flores, sinal de alegres dias,
cobrir parece a terra e o grande vale,
Alegrando a Primavera todo signo doloroso.
Miguel Torga – Anunciação
Surdo murmúrio do rio,
a deslizar, pausado, na planura.
dum recado comprido,
di-lo sem pressa ao alarmado ouvido
dos salgueirais:
a neve derreteu
nos píncaros da serra;
o gado berra
dentro dos currais,
a lembrar aos zagais
o fim do cativeiro;
anda no ar um perfumado cheiro
a terra revolvida;
o vento emudeceu;
o sol desceu;
a primavera vai chegar, florida.
Todas as ilustrações dos poemas são da autoria do pintor John William Waterhouse (século XIX, Movimento Pré-Rafaelita).
“Cardápio” da semana da leitura
Como já vem sendo hábito na nossa escola, a semana da leitura tem vindo a ocupar um lugar de relevo, quer nas atividades dos alunos quer na participação da comunidade escolar. Por isso mesmo, é com grande satisfação que vos apresentamos o “menu” das atividades/eventos que serão realizados nestes últimos dias do segundo período.
E há de tudo: ajuda personalizada para qualquer aluno levar para casa um livro para as férias; palestras sobre o universo e o mundo da literatura espanhola; o prazer de ouvir uma história tradicional e eterna; poesia inglesa vinda da boca sentida dos nossos alunos; concurso de um mini mini mini conto; uma vasta galeria de gente VIP que não larga a leitura por nada deste mundo…
Aqui está uma bela maneira de terminarmos este período: no meio de mil capas coloridas, ilustrações belas e muito amor às palavras.
Cá estaremos para vos encher a vida de sonhos!
Imagem retirada daqui
Bertolt Brecht: Perguntas a um operário letrado
Quem construiu Tebas, a das sete portas?
Nos livros vem o nome dos reis,
Mas foram os reis que transportaram as pedras?
Babilónia, tantas vezes destruída,
Quem outras tantas a reconstruiu? Em que casas
Da Lima Dourada moravam seus obreiros?
No dia em que ficou pronta a Muralha da China para onde
Foram os seus pedreiros? A grande Roma
Está cheia de arcos de triunfo. Quem os ergueu? Sobre quem
Triunfaram os Césares? A tão cantada Bizâncio
Só tinha palácios
Para os seus habitantes? Até a lendária Atlântida,
Na noite em que o mar a engoliu,
Viu afogados gritar por seus escravos.
O jovem Alexandre conquistou as Índias
Sozinho?
César venceu os gauleses.
Nem sequer tinha um cozinheiro ao seu serviço?
Quando a sua armada se afundou Filipe de Espanha
Chorou. E ninguém mais?
Frederico II ganhou a guerra dos sete anos.
Quem mais a ganhou?
Em cada página uma vitória.
Quem cozinhava os festins?
Em cada década um grande homem.
Quem pagava as despesas?
Tantas histórias,
Quantas perguntas.
Uma questão de cor, de Ana Saldanha
Eu não tenho nada contra os pretos, mas…
Eu até tenho amigos pretos, mas…
Enfim, eles lá são assim…
Está-lhes no sangue a música, não é? Isso já vem de longe, vem dos tambores das selvas…
Coitadinhos, eles precisam de quem tome conta deles. Os pretos até têm muitas qualidades, mas…
De todos os tipos de racismo existentes, o paternalismo é o pior de todos, e é sem dúvida o mais difícil de combater. “Racista, EU?????”, é a resposta chocada e indignada que este tipo de humanos profere, assim que são acusados de discriminar alguém que não seja da sua raça. Na verdade, a esta gente nem lhes passa pela cabeça de que estão de facto a discriminar: se vocês assistirem ao brilhante filme As Serviçais, do realizador Tate Taylor, encontrarão exatamente este tipo de mentalidade, e o mais chocante de tudo é verificarmos que estas mulheres americanas brancas de uma América (quase) desaparecida estão plenamente convencidas de que são muito “progressivas” e muito amigas dos “pretinhos”.
Ora Portugal não escapou nem escapa à regra: a memória de um império colonial português ainda está bem viva no nosso subconsciente, e não é por termos deixado as nossas colónias que, de um momento para o outro, passámos a ter uma mente mais aberta. Afinal, passaram-se menos de quarenta anos desde o 25 de Abril de 1974, e ainda precisamos de percorrer um longo, longo caminho. Com efeito, por detrás da aparência do “bom patrão branco”, a história do século XX está cheia de relatos de maus-tratos aos negros em nações como Angola ou Moçambique. Os portugueses foram, sem dúvida, mais moderados do que os ingleses ou os espanhóis, mas não fomos nem simpáticos nem igualitários.
Um Questão de Cor aborda precisamente estes dois tipos de racismo: o descarado, frontal e mais honesto (Vai para a tua terra! Estes pretos não fazem nada!, etc”) e o escondido, nunca assumido (Eu não sou racista, mas…). As duas personagens principais – Nina, a prima branca e Daniel, o primo negro – vão ter que aturar muito insulto e muita discriminação, e o racismo virá de todos os lados, até de quem menos se espera. É o caso de uma das professoras de Nina, que nem quer acreditar que uma branca possa ter um membro da família que seja negro, e virá também… da própria Nina, que se acha muito “práfrentex” e que, só muito mais tarde, se aperceberá que também ela é preconceituosa. Na verdade, a reputação de Portugal como sendo um país de brandos costumes e muito cosmopolita sai bastante chamuscada desta história. A imagem dos portugueses não é nem um pouco simpática.
Escrito para uma audiência de adolescentes, este pequeno livro é, no entanto, uma boa forma de abordarmos a questão da discriminação e deverá ser lido por todos, até por adultos. Ou muito me engano, ou muitos portugueses, já pais e mães, se reconhecerão facilmente em algumas das personagens que habitam esta obra literária juvenil…
As ilustrações são da autoria de José Miguel Ribeiro, um dos grandes ilustradores de nacionalidade portuguesa e que (nem de propósito…) estará na nossa escola até quinta-feira a realizar um workshop de animação à turma do Curso profissional de animação (2D3D).
Quando olhamos para estes cromos antigos, o único que fazemos é sorrir e achar que tudo isto é um disparate. Porém, e por muito estranho que hoje nos pareça, os homens, no início do século XX, estavam a lidar pela primeira vez com a libertação do sexo feminino e, como devem calcular, não se sentiam nada confortáveis com esta ideologia que começava a ganhar força, ideologia esta conhecida hoje pelo nome de Feminismo.
Há mulheres para tudo: soldados, bombeiras, tocadoras de tambor num exército, jóqueis, jornalistas, advogadas… No entanto, o comerciante, hoje desconhecido, que criou estes cromos não pretendia nem engrandecer nem criticar as mulheres. Muito provavelmente, o seu objetivo consistiu em pegar num assunto polémico no seu tempo e fazer dinheiro à custa dele. De facto, aos nossos olhos até pode ser ridículo, mas estas lindas e muito decentes cachopas do século passado eram o equivalente às nossas “boazonas” da revista Playboy: se nos lembrarmos que as distintas senhoras desse tempo arrastavam saias até aos pés, e que a exposição de um tornozelo era o suficiente para um cavalheiro ficar com “desejos carnais”, depressa verificamos que estas lindas meninas estavam um bocadinho descascadinhas para a época, especialmente as profissões que – vá-se lá saber porquê – estão ligadas a cargos militares. Será que este negociante achava que as fardas ficariam sexy nas mulheres?
Em todo o caso, não deixa de ser interessante repararmos num pequeno pormenor: 100 anos depois, as mulheres conseguiram de facto deixar uma marca em todas as profissões que aqui se encontram representadas.
E ainda falta o resto: presidente, arqueóloga, motorista, taxista, chef de cozinha fina, juíza, empresária, etc, etc, etc…
A coleção completa poderá ser vista no seguinte local.
Sisters (are Doing It For Themselves) (tradução)
Houve um tempo em que se costumava dizer
Que atrás de um grande homem
Existia sempre uma grande mulher.
Bem, estes tempos de mudança
Vocês sabem que já não são reais,
Por isso saiam da cozinha
Porque existe uma coisa que esquecemos de vos dizer.
As irmãs (mulheres) estão fazendo por elas mesmas
Mantendo-se sobre os seus próprios pés
E badalando os seus próprios sinos
As irmãs estão fazendo por elas mesmas.
Esta é uma música feita para celebrar
A consciência da libertação da condição feminina
Mães, filhas e as filhas delas
De mulher para mulher, nós estamos cantando para vocês.
Agora o sexo frágil adquiriu um novo exterior, sim
Tornámo-nos doutoras, juízas e também políticas,
Olhem à vossa volta,
E poderão ver
que há sempre uma mulher perto de vocês.
Nós estamos a fazer História
Nós estamos fazendo planos
Mas o homem amará sempre a mulher
E a mulher amará sempre o homem
(O mesmo de sempre…).
Letra original de Dave Stewart e Annie Lennox (Eurythmics)
Sisters are doing it for themselves (Eurythmics), 1984
Em colaboração com a Câmara Municipal, e no âmbito da nossa atividade Eco-escolas e ainda no âmbito do Programa JRA, predispôs-se a escola a colaborar numa ação de voluntariado para limpeza de alguns espaços circundantes à nossa cidade.
Segue em anexo o cartaz da referida atividade com os contactos da nossa colega Leonor Paiva.
A polémica estourou: o último anúncio publicitário da Comissão Europeia está a ser acusado de racismo grosseiro. Nesta pequena curta, um irado asiático, um assustador africano e um árabe façanhudo ameaçam de morte uma angélica, pura, indefesa e branca europeia que, sem qualquer arma, tentará, através do sorriso, da serenidade e do diálogo, convencer os “mastodontes” das civilizações “inferiores”, a criar um mundo de paz e de igualdade.
Através deste artigo de opinião, já ficaram a saber o que é que eu penso deste spot. A ideia original – segundo os responsáveis por este desastre televisivo - consistia em convencer outros países a aderir à Comunidade Europeia, em vez de estarem sistematicamente a atacá-la. Não sabemos muito bem em que faculdade é que esta gente tirou o curso de publicidade, mas o resultado final foi de um racismo claro e de bradar aos céus, tão racista que até os próprios europeus lourinhos de olhos azuis se sentiram incomodados: retratar “os outros” como sendo selvagens sedentos de sangue não é propriamente a melhor maneira de suscitar a sua simpatia. Isto é o equivalente a um político dizer horrores das mulheres… e depois pedir-lhes o voto para ganhar as eleições.
Há sem dúvida outras maneiras de “contar” a mesma história: se tivessem retratado a mulher deste anúncio como alguém que também carrega uma arma e também luta contra os “outros”, o spot teria tido uma reação completamente oposta. Afinal, nós, os europeus, também somos racistas e também não simpatizamos com a diferença. A intolerância existe em todos e não só em alguns. Teria sido bastante mais interessante colocar todas as personagens num cenário de luta para, no fim, todos chegarem à conclusão de que a paz e o diálogo são necessários para a criação de um futuro melhor.
As queixas foram mais do que muitas, e inclusivamente o público acusou a Comissão Europeia de dizer Amen a várias fações imperialistas, racistas e misóginas que, infelizmente, já estão em ascensão em vários países do continente europeu. Como dizia um comentário online do jornal inglês Telegraph, Não admira que o euro e a União Europeia estejam em colapso. Em vez de travarem a crise financeira estão a gastar dinheiro com propaganda racista".
A Comissão Europeia já pediu desculpas e a propaganda foi cancelada, mas o mal já está feito: vivemos no admirável mundo novo da internet e o que se diz e se faz hoje ficará gravado para a posteridade. Nunca foi tão importante, nos dias de hoje, mantermos a cabeça fria e pensarmos duas vezes. É que, por mais desagradável que isto nos possa ser, o que vemos no spot é exatamente a imagem que muitas fações extremistas têm dos povos estrangeiros, e estar a patrocinar estas ideias – mesmo que involuntariamente – é regar com gasolina um fogo que já está bem atiçado.
Esperemos que esta gaffe lhes sirva de lição.
Artigo de opinião de Sandra Costa
Crescendo Juntos, spot publicitário da Comissão Europeia
Imagem retirada daqui
Na sequência de uma visita de estudo à Mina de S. Domingos, os alunos da turma TGEI09 da Escola Secundária de Serpa, elaboraram um pequeno texto, em anexo, que pretendem apresentar ao concurso JRA - categoria artigo.
Nem de propósito: hoje a turma do 8º A, durante a disciplina de Formação Cívica, deu um passeio pela escola. Os alunos, acompanhados pela funcionária D. Maria do Carmo, percorreram todos os espaços e ficaram sabendo quantos extintores existem em cada bloco, que tipo de extintores devem ser colocados num refeitório ou numa biblioteca, e qual a validade dos mesmos. Para além disso, constatámos que as bocas de incêndio vão precisar de ser substituídas, e que há normas de segurança para tudo, como, por exemplo, verificar que o gás está desligado antes de sair do refeitório de uma escola. Estas pequenas prevenções podem fazer toda a diferença, quando se trata de salvar vidas em futuras situações de risco e de acidente.
Afinal, o que é então essa coisa chamada “proteção civil” e por que motivo precisamos de um dia anual para “festejar” este assunto? Como afirma – e muito bem – o site Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Proença- a – Nova, A proteção civil é a atividade desenvolvida pelo Estado, Regiões Autónomas e Autarquias Locais, pelos cidadãos e por todas as entidades públicas e privadas, com a finalidade de prevenir riscos coletivos inerentes a situações de acidente grave ou catástrofe, de atenuar os seus efeitos, proteger e socorrer as pessoas e bens em perigo quando aquelas situações ocorram. (podem ler o resto deste excelente post no seguinte link.
A prática de prevenir possíveis desastres tem salvado anualmente milhões de vidas no nosso planeta, e não é por acaso que desastres como o do famoso naufrágio do Titanic têm sido cada vez mais raros. Infelizmente, ainda há muito para fazer, e muitos cidadãos e muitos países continuam a não seguir as regras mais básicas de segurança como, por exemplo, colocar extintores numa escola ou instalar uma vedação à volta da piscina, para evitar que crianças, velhos e animais se afoguem.
E quando, damos pelo mal, muitas vezes já é tarde demais…
Deixamos aqui três vídeos que poderão – nunca se sabe! – salvar a vossa própria vida, ou a vida de alguém.
Quando a Terra tremer… (o que fazer num terramoto)
Evacuação de uma escola numa situação de emergência
Dicas que salvam: prevenção de incêndios
Imagem retirada daqui :