segunda-feira, dezembro 01, 2008

Livro da Semana

 

O Engenhoso Fidalgo D.Quixote de La Mancha, Miguel de Cervantes

clip_image002Ilustração de Lima de Freitas

Miguel de Cervantes de Saavedra nasceu a 29 de Setembro de 1547 e morreu em 23 de Abril de 1616. Para os nuestros hermanos, é um dos escritores mais importantes da literatura espanhola e aquele que mais fama ganhou no mundo inteiro, de tal forma que Hollywood já fez várias várias versões desta obra.

Mesmo nunca tendo lido D.Quixote, toda a gente conhece as duas personagens protagonistas: o franzino, sonhador, destemido e enlouquecido fidalgo e o seu criado fiel, Sancho Pança.

Do que fala o livro? Os romances de cavalaria que tinham surgido na Idade Média como um dos grandes expoentes da literatura, tinham-se tornado lamechas, pirosos e estereotipados, no século XVI. Cervantes resolve fazer uma obra, que tem como objectivo criticar e ridicularizar este género literário. Para isso, imagina um fidalgo, que já de certa idade, se entrega à leitura desses romances. Ora, tanto os leu, que pifou de vez… E passa a acreditar que ele mesmo é um cavaleiro andante.

Que faz ele? Decide inventar um nome para si mesmo (D.Quixote) e parte para o mundo à aventura, fazendo do seu pobre criado Sancho Pança o seu escudeiro, como mandava a etiqueta. Juntos, vivem várias aventuras, qual delas a mais fascinante. D.Quixote, com o tempo, tornou-se o símbolo da figura romântica do ser humano que se sacrifica em nome do que acredita, enquanto que Sancho Pança representa o ser humano prático, terra-a-terra e pragmático, que “tempera” os excessos do fidalgo. Os dois juntos, tornam-se o símbolo da verdadeira amizade.

O mais interessante de tudo isto é que, querendo ridicularizar os romances de cavalaria, muitos críticos consideram que Cervantes escreveu o melhor romance de Cavalaria de todos os tempos…

Apenas uma pequena curiosidade: o livro foi editado em 1605 e pretendia ser uma obra acabada. Porém, como o sucesso foi enorme, um certo Alonso Fernandez de Avellaneda escreveu uma falsa continuação, em que adulterava completamente o sentido da obra obrigando, assim, Cervantes a compor uma segunda parte em 1615, um ano antes da sua morte.

Para saberes mais informações de Cervantes, poderás consultar a página da Wikipédia: http://pt.wikipedia.org/wiki/Miguel_de_Cervantes

1 comentário:

Anónimo disse...

Dá para rir, para chorar, para nos emocionarmos... Um dos grandes livros jamais escritos. Maravilhosa sugestão!