terça-feira, dezembro 16, 2008

De Onde É Que Vem A Expressão…

A Pensar Morreu Um Burro

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Utilizamos risonhamente esta expressão, quando nos referimos de alguém que leva imenso tempo a tomar decisões, por mais simples que elas sejam. Ou seja, nunca mais se chega a uma solução concreta, porque a pessoa que devia estar encarregada de a resolver, “empata” tudo com a sua lentidão.

A origem desta expressão vem famoso dilema criado pelo filósofo Jean Buridan (século XIV), de nome “O Asno de Buridan”. Ao querer condenar todos aqueles que levam imenso tempo a tomar decisões, este pensador imaginou um burro cheio de sede e cheio de fome. Pior ainda, a sua sede era tão forte e tão intensa como a sua fome. De repente, vê-se à frente de duas tigelas. Uma estava cheia de água e a outra de comida. O que fazer? Deverá beber primeiro? Mas a barriga aperta tanto…

Não é difícil adivinharmos o fim da história: o burro ficou confuso de tal maneira, que acabou por morrer devido às duas carências. Como nunca mais se decidia…

 

Depois De Mim, O Dilúvio

clip_image003 Esta é outra expressão que, infelizmente, já está a cair em desuso. No entanto, ainda pode ser encontrada em vários jornais e revistas deste país. Normalmente, esta é uma frase que muitos escritores de crónicas ainda gostam de utilizar nas suas opiniões. Mas… “Dilúvio” porquê?

Segundo o livro sagrado dos cristãos, a Bíblia, Deus fartou-se da crueldade dos homens e decidiu inundar o planeta de água, afundando, assim, todos os seres humanos que estavam cheios de maldade e de perversidades. Só uma família escapou à fúria do Criador: a família de Abraão escapou da tragédia porque construíra uma gigantesca arca, cheia de todas as espécies animais do mundo.

Rezam as más-línguas que quem proferiu esta frase pela primeira vez foi o Rei francês Luís XV (uma outra versão da história afirma que quem disse tal disparate foi a sua amante, a Madame Pompadour). No entanto, os estudiosos franceses são quase unânimes: Luís XV era um péssimo monarca. Só se interessava por caçadas e por viver no maior dos luxos, totalmente indiferente ao sofrimento do seu próprio povo, que morria à fome.

O sentido desta expressão já começa a ser claro: as pessoas que dizem “depois de mim, o dilúvio” são pessoas egoístas, que só se preocupam consigo mesmas e que não sentem qualquer emoção ou interesse pelos problemas ou sofrimento dos outros. É como se dissessem: o mundo pode explodir, que eu não quero nem saber.

S.C.

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