Cada nação em período de revolução tem o/s seu/s escritor/es de canções: a França teve Léo Ferré, Juliette Greco, Georges Moustaki, entre outros; Os Estados Unidos da América tiveram Bob Dylan e Joan Baez; Espanha teve Patxi Andíon; o Canadá teve Leonard Cohen; o Egito teve a grande Oum Khultum… Se começarmos a enumerar todos os grandes senhores da música aliada à poesia e à luta dos direitos humanos nunca mais saímos daqui, e sabe-se lá quantos mais nomes a chamada “Primavera Árabe” não andou para aí a revelar, e que nós, ocidentais, desconhecemos completamente.
Portugal não escapou (e não escapa) à regra: desde Adriano Moreira até Sérgio Godinho; desde Mário Branco até ao Fernando Tordo; desde o grande Ary dos Santos até à Sophia de Mello Breyner… e Zeca Afonso, claro. Morreu há vinte e cinco anos, e ainda hoje deixa saudades. O país não o tratou bem – para não variar – mas deixou uma legião de fãs e uma marca inconfundível na música portuguesa.
Atualmente, em tempos de crise e de rutura com o velho sistema, uma nova geração de cantores/poetas deseja dar o seu contributo à “música de intervenção”, e há gostos para tudo: desde os Homens da Luta até aos Deolinda, desde os Xutos e Pontapés até ao Boss Ac, é só escolher e ouvir. Porém, Zeca Afonso será sempre Zeca Afonso, e a sua voz inconfundível, aliada a uma poesia clara e apaixonada, nunca será esquecida.
Deixamos aqui a nossa homenagem a este grande senhor, que bem falta faz ao nosso país.
Zeca Afonso – Traz outro amigo também
Zeca Afonso – Venham mais cinco
Zeca Afonso – Menina dos Olhos Tristes
Imagem retirada daqui.
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