Somos a única espécie do planeta que não se contenta apenas com um teto para nos abrigarmos. A nossa casa – ou escolas, hospitais, bibliotecas, entre outros espaços – têm que nos inspirar, acalmar, fazer-nos sentir em casa. Somos obcecados por designs, decorações, bibelôs, paredes vazias ou pintadas, e enfeitamos o nosso “lar doce lar” consoante a nossa personalidade e as nossas crenças.
Sim, é verdade: a nossa casa reflete a nossa individualidade, mas a Humanidade não se fica por aqui: tudo o que é um lugar com quatro paredes – quer seja para uma pessoa, família ou grupo – tem que ter o seu “toquezinho” especial. E este “toque” também nos diz muito sobre a civilização em que vivemos, os avanços tecnológicos que foram “inventados”, e o quanto o nosso país ama ou não o seu passado e a arte. Basta entrarmos na livraria Lello, no Porto (imagem ao lado) para sermos transportados para o passado, e só nos apetece viver e morrer neste lugar especial, onde os livros são tratados como objetos sagrados.
Por isso mesmo, para celebrarmos o dia mundial da arquitetura, deixamos aqui 5 maravilhas arquitetónicas do mundo, que todos precisamos de ver, antes de morrermos! Não foram escolhidas apenas por serem bonitas. Todas elas representam uma revolução na tecnologia e na engenharia espacial. Representam, no fundo, o melhor que o ser humano consegue criar!
Um- O Cromeleque dos Almendres, Portugal
Sim, nós também temos o nosso Stonehenge, e situa-se na zona de Évora. Dezenas de pessoas festejam os solstícios de Verão e de Inverno neste lugar muito especial, sendo este espaço sagrado um dos maiores complexos megalíticos da Península Ibérica. Dedicado ao sol e à lua, ainda hoje é capaz de nos maravilhar!
Dois- Panteão de Roma, Itália
Ainda hoje é uma das maiores maravilhas arquitetónicas: como é que aquela maldita cúpula ainda hoje não caiu, é o que toda a gente pensa. Só mesmo uma civilização já bastante avançada em cálculos matemáticos poderia criar uma estrutura gigantesca como esta, um edifício que – passados tantos séculos – ainda não colapsou. E os Romanos eram simplesmente brilhantes nestas “brincadeirinhas” da engenharia.
Três – Catedral de Notre Dame, França
Estávamos no período da Idade Média. Era preciso glorificar, celebrar Deus e ascender aos céus, purificarmos as nossas almas de todo o mal, fugirmos do mundo terreno. Nesta altura, os templos sagrados espelham precisamente isso: renegar a vida na Terra para alcançarmos a eternidade, através da Fé Cristã. Paredes finas e decoradas, como se fossem feitas de papel, grandes janelas que deixam entrar a luz da manhã, abóbadas cada vez mais elevadas… Nestes locais de culto, sentimo-nos pequenos e humildes…
Quatro – Capela Sistina, Vaticano
Sim, é importante celebrarmos Deus, mas o Renascimento trouxe algo de novo ao mundo: o otimismo e confiança no ser humano. Basta olharmos para os frescos desta fabulosa capela – pintados por Miguel Ângelo num “curto” espaço de 20 anos - para nos apercebermos de que o Homem, lado a lado com Deus, consegue ser tão criativo e tão divino como Ele. O Homem, como diz a Bíblia, foi feito à imagem e semelhança do seu Criador. Já estamos longe das magníficas catedrais góticas. O ser humano já não tem se sentir miserável e pequeno. Agora, o objetivo é celebrarmos Deus através do nosso “engenho e da arte”.
Cinco – Ópera de Sydney, Austrália
Parece um navio de papel à beira-mar, mas esta estrutura arquitetónica estupenda foi criada através das novas técnicas modernas da engenharia, da Matemática e da Física, e utiliza materiais modernos. Ao contrário de muitos edifícios contemporâneos, o arquiteto dinamarquês Jon Urtzon usou a abusou da linha curva, em vez da linha reta. Talvez seja precisamente essa a a razão que faz com que tanta gente ame este monumento à Arte, particularmente a música: é que a linha curva faz parte da natureza…
Recinto Megalítico e Menir dos Almendres
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