sábado, março 06, 2010

Os Óscares são amanhã!!

Pela primeira vez em muitas décadas são dez os felizardos candidatos à categoria de “melhor filme”, ao contrário do que se tem feito nos últimos anos: 7 candidatos no máximo dos máximos. Tal só tinha sido visto em 1944, quando essa grande obra-prima da sétima arte, Casablanca, levou ara casa este galardão tão desejado.

É também a primeira vez em muito tempo que um filme de animação, Up, tem a grande oportunidade de ser a película do ano (segundo a Academia, é claro). No ano passado, foram muitas as críticas por Wall-E não ter merecido este destaque especial. Mas, de facto, este ano, há “para o menino e para a menina”. Senão, vejamos:

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Avatar, de James Cameron

É, sem dúvida, o grande preferido e o mais amado de todos os candidatos. Tem tudo para agradar: uma bela história de amor, a mensagem do costume (Salvem a Natureza), muitas batalhas, muitos efeitos especiais de estarrecer qualquer um... Mas tem uma desvantagem muito forte: nunca alguma vez na vida um filme ganhou esta categoria sem ter um único actor candidato ao óscar da melhor interepretação. Além disso, temos um problema: há uma mulher a concorrer...

Em Estado de Guerra, de Kathryn Bigelow

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Preparem as bombas, limpem as armas, enterrem as minas: a brigada dos defensores da igualdade dos sexos está a trabalhar no duro para que Kathryn Bigelow seja a primeira mulher a ganhar o óscar do melhor filme. Se, de facto, levar para casa a estatueta, poucos irão reparar nesta triste verdade: dos dez candidatos, esta realizadora é, segundo a opinião de muitos, a que mais merece levar o prémio para casa, juntamente com o Distrito 9.

Sacanas Sem Lei, de Quentin Tarantinoclip_image006

Para quem gosta de puro humor negro, misturado com muita violência e alguma inteligência (Tarantino tem um estilo, temos que o admitir, muito próprio), Sacanas Sem Lei são duas horas bem passadas. Mas a Academia de Óscares, apesar de já ter provado ter sentido de humor, não gosta lá muito de piadas parvas com sangue a esguichar. Prefere os realizadores “conservadores” e os “temas sérios”.

 

 Distrito 9, de Neil Blomkampclip_image008

Se não ganhar o óscar do melhor filme, será um dos grandes injustiçados: Distrito 9 é o filme de ficção-Científica mais surpreendente de há décadas atrás (a nossa criítica pode ser lida aqui: http://bibliotecaportaberta.blogspot.com/2009/09/nao-isto-nao-e-um-filme-de-extra.html ). Mas, infelizmente, a sua grande falha é ser... um filme de ficção-científica. Os júris dos Óscares não gostam deste género cinematográfico e consideram-no um género “menor”, juntamente com os filmes de terror ou, até mesmo, a comédia.

Precious, de Lee Daniels

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Como dizia a crítica na revista Visão, há cerca de três semanas atrás, isto é mesmo o “fado da desgraçadinha”: violações, incesto, alccolismo, filha autista, violência doméstica... É só escolher. O filme não é mau, é péssimo. Mas como a actriz principal é uma negra muito gorda, é capaz de agradar às minorias...

Uma Educação, de Lone Scherfigclip_image012

Não aquece nem arrefece: é igual a 557.979, 6 filmes alusivos aos anos sessenta e à descoberta do sexo e da liberdade. É bem interpretado, ao menos podemos dizê-lo...

Up, Altamente, de Pete Docteur e Bob Peterson

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Não chega aos calcanhares de um Wall-E mas é um filme muito ternurento e muito bem-disposto. E é interessante repararmos que um dos heróis desta história é um velhinho rezingão e não um jovem louro de olhos azuis. Se ganhar o galardão de melhor filme, não vai ser por aqui que os parentes cairão na lama.

Blind Side, de John Lee Hancock

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Outra história de puxar a lagriminha: um jovem negro, gigante e musculoso, meio “burrinho” é ajudado por uma branca rica, “ boa cristã”, uma zelosa mamã cheia de filhos. Esta acha que “Big Mike” só precisa de um empurrão para vencer na vida.

Nas Nuvens, de Jason Reitmanclip_image018

Aguém ouviu falar deste filme? Pois, nós não. Segundo as críticas, é um filme que começa muito bem (o genérico, dizem eles, é excelente) mas descamba na banalidade. Trata-se da história de um homem que é um excelente profissional, quando se trata de... despedir trabalhadores. George Clooney vai bem, como sempre.

Um Homem Sério, dos Irmãos Coenclip_image020

Os irmãos Coen são os Irmãos Coen e está tudo dito. São brilhantes, hilariantes, surpreendentes. E o humor não pode ser mais judeu. Eis um filme que merecia mesmo ganhar o óscar do melhor filme.

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