quarta-feira, junho 24, 2020

Ainda há sonetos de amor! Parte I

Pintura Love among ruins, de Sir Edward Burne-Jones. Retirada daqui :

Amor. Que palavra mais traiçoeira! Este é um sentimento que mexe com todos nós, e é quase impossível descrevê-lo. Aliás – para sermos honestos – a única forma de lhe “fazer um retrato” é através de opostos e contradições. Por isso é que o soneto Amor é fogo que arde sem se ver, de Luís Vaz de Camões, é considerado pela maioria dos críticos literários mundiais como sendo um dos melhores – senão mesmo o melhor – poema de amor de todos os tempos.

E se já era difícil retratá-lo no tempo dos nossos avós, então como é que será possível, hoje? É que uma das grandes queixas dos jovens de hoje é já não terem histórias apaixonadas e sentimentos exaltados, como se sentia antigamente. Morria-se de amor, hoje não. Nota-se neles uma certa pena de não terem vivido o que os seus antepassados viveram. E, obviamente, há vantagens em não termos as nossas vidas arruinadas por causa de uma reação química entre dois seres humanos. Mas… mesmo assim…

Como é que eu vou falar de uma coisa que nunca senti?

Ora, a vida está cheia de surpresas: a propósito da análise e estudo da Lírica de Camões, a professora Filipa Figueiredo desafiou os seus alunos a criarem os seus próprios sonetos, cujo tema era… o amor. Depressa meteram mãos à obra e o resultado é inesperado, belo, cativante, emotivo. Se nunca sentiram amor, enganaram bem! Mas, como diz Fernando Pessoa, O poeta é um fingidor. Ainda bem.

Cada vídeo-poema é também uma homenagem a um pintor ou fotógrafo. Escolhemos este tema, de forma a criar um equilíbrio na estética do vídeo. E, claro!, as músicas são todas livres de direitos de autor e retiradas da Youtube audio library.

Deliciem-se!

 

Poema "Ai o amor..." - Carlota Fialho, 10º C


Poema "Amar de amor" -Liliana Rogado, 10º C


Poema "O que é o Amor?" -Tânia Marques, 10º C


 

Sem comentários: