Ao longo dos anos, têm sido muitas as “estantes do mês”, e tentamos o mais possível abranger todo o tipo de tópicos: Ciência, Arte, Poesia, Direitos Humanos, etc.
Mas às vezes sabe bem brincar com as palavras, nada mais.
Ora uma das coisas que mais nos fascinam em todas as línguas é a plasticidade da mesma: é extraordinário como as palavras, dentro de um determinado contexto, passam a ter um sentido completamente diferente do simples “pão-pão-queijo-queijo”: uma árvore azul transforma-se numa metáfora da tristeza, a maçã-de-adão passa a ser uma parte localizada no corpo masculino, abrir a rosa representa alguém que finalmente mostra a seu verdadeiro eu, tempestade num copo de água remete-nos para alguém que se irrita com facilidade. É por isso mesmo que os computadores não conseguem nem traduzir nem compreender a poesia ou a alegoria ou a ironia ou o sarcasmo. A Alma Humana vive nas palavras, reflete-se nos sons e fonemas. A língua não é um privilégio da espécie humana, mas a nossa língua só pode ser entendida por outros humanos.
E foi divertido repararmos até que ponto os títulos das capas dos livros estão cheios de referências ao mundo animal, à flora, aos espaços geográficos, a elementos como a água. Uns nada mais são do que um pretexto para começar uma história (A Ilha do Tesouro, Danúbio), outros são enigmáticos e atraem a nossa curiosidade (O Vasto mar de sargaços, O nome da Rosa). No entanto, todos eles prometem boas horas de entretenimento, quer seja a literatura com maiúscula, quer seja a paraliteratura. Porque há espaços para estes dois mundos.
Deem uma espreitadela à nossa seleção e passem pela biblioteca!
Estante do mês- Ebook
Imagem retirada daqui .
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