quarta-feira, novembro 27, 2024

Um por mês - Dezembro

 


Dezembro 

Não levem a mal
Mas será 
No Carnaval
Que todos
Se mascaram
E fingem
Que não há 
Mais nada
Além 
Da consoada

Desculpem 
Se acredito
Que tudo
Fica igual 
Mas é Natal

Perdoem
A minha ironia
Mas sempre
Me dei mal
Com a hipocrisia

Jesus nasceu 
Em dezembro 
E renasce
Todos os dias
Quando 
Aquilo que praticas 
É o bem
Mesmo que não saibas
Onde fica
Belém 

Não sejas
Seu discípulo 
Por um mês 
Renasce
Outra vez
Tu consegues 
Ser melhor
Do que és 
C.A., 27-11-2024

sexta-feira, novembro 15, 2024

"Spooky joke, Spooky riddle"

Rir e adivinhar foi o desafio lançado pelo grupo de Inglês aos alunos da Escola Secundária de Serpa. 

11 alunos responderam ao desafio e entre 31 de outubro e 12 de novembro os trabalhos estiveram expostos no átrio dos blocos ABC. Os alunos votaram nos trabalhos expostos a partir de um QR code. O trabalho vencedor foi apresentado pelo aluno Salvador Bentes : " Why did the skeleton go to the Halloween party alone? Because he had no body to go with".
E foi assim que "rebentámos de tanto rir" neste Halloween! 
Sem dúvida que a boa disposição e o humor contribuem para um bom ambiente escolar. 
Obrigada a todos os participantes!

segunda-feira, novembro 11, 2024

Newsletter novembro

 


Um pouco mais tarde que o habitual, segue a nossa newsletter para Novembro, com muitas castanhas para todos!






À volta de Saramago... e das castanhas - Inauguração do Clube de Leitura na BE

 


Pelas 18:00 do dia de S. Martinho, 11/11, os alunos de Literatura Portuguesa do 11ºC, orientados pela professora da disciplina, Maria João Brasão, e acompanhados pela sua diretora de turma, Dulce Gomes, reuniram-se com alguns dos pais e encarregados de educação da turma à volta de castanhas, nozes, bolos... e Saramago.


Não foi a primeira reunião do Clube de Leitura, que já tinha iniciado os trabalhos alguns dias antes, mas foi esta a data escolhida para a sua inauguração oficial. Agradecemos a todos a presença na BE, aguardando ansiosamente o vosso regresso!





sexta-feira, novembro 08, 2024

E vão três.

 



Por ser novembro 
Os campos estendem-me
O tapete de esperança 
Que haviam guardado
No armazém 
Da memória 

Por ser novembro 
Volto a ver alguns frutos
Como quem reve 
Velhos amigos 

Por ser novembro 
Todos os insectos perturbam
A imobilidade dos corpos
Exigindo atenção imediata

Por ser novembro 
O vento é uma criança 
Que arranca folhas das árvores 
Como páginas de um livro 
Nunca lido

Por ser novembro 
Os dias são mais curtos 
Alongando
A memória 

Por ser novembro 
Abrimos repetidamente 
As portas do roupeiro 
Para nos certificarmos
De que 
Continuamos por lá 

Porque já é novembro 
As chaminés desprezadas 
Recomeçam a fumegar

Apenas por ser novembro 
O céu aproxima-se da terra
Chegará em dezembro
Pelo Natal 

Talvez por ser novembro 
Os corpos dormem 
Mais próximo

Enfim
Novembro 
Quem me dera 
Setembro 
C.A., 8-11-2024

segunda-feira, novembro 04, 2024

Dois... por mês?

 



Novembro

Tu e eu
Somos parecidos
Trazemos em nós 
Um pouco
Dos outros 

Talvez por não sabermos
A direção a tomar
Seguimos todos as direções 

Não tendo
A  certeza de nada
Duvidamos de tudo

Como não temos
A posse
De coisa nenhuma 
Desejamos todas
As coisas

Somos parecidos
Tu e eu
Ora nos afundamos
Na terra
Ou nos elevamos 
No céu 

Ás vezes toma-nos
Um sol radioso
Depois mergulhamos
Num escuro
Assombroso

Sem razão 
O calor
Nos invade
Será amor
De verdade

Logo depois
Um apelidado furacão 
Devolve-nos o frio
Da razão 

Entre nós 
Só vejo
Uma diferença 
Tu enches os campos
De esperança 
E eu
Já não acredito 
Na mudança 

C.A., 3-11-2024

sexta-feira, novembro 01, 2024

Um por Mês - Novembro

 

Novembro
Os meses
Custam a passar
Ás vezes
Em outubro
Já nada descubro
Os dias arrastam -se
Sempre iguais
Até parece
Que não
Correm mais
As noites
Mantêm a escuridão
Sem dela
Abrirem mão
As horas
Não chegam
A chegar
Ficando por ali
A cismar
Nem o vento
A assoprar
Leva a água
Daquele rio
Até ao mar
E a memória
Que devia
Ir ao fundo
Da história
Ficou presa
Numa espécie
De tristeza
E os anos
Tão compridos
Que deveriam ser
Interrompidos
Proponho
Que cada mês
Seja mais curto
Quinze dias
Em absoluto
Talvez assim
Outubro acabasse
E novembro
Chegasse

C.A., 24-10-2024