sexta-feira, abril 30, 2021

A liberdade foi celebrada na biblioteca.

 

E muito foi conseguido, no espaço de um século!: o fim da segregação racial, o voto das mulheres, o privilégio de podermos revelar em público a nossa sexualidade, a conquista da democracia, o direito de mudarmos de religião ou de, simplesmente, não a termos. Há muito para fazer? Sem dúvida. Porém, olhando para trás, ficamos abismados com o muito que já conquistámos. No entanto, visionários como Nelson Mandela já avisaram: A liberdade nunca pode ser tomada por garantida. Cada geração tem de salvaguardá-la e ampliá-la. Os vossos pais e antepassados sacrificaram muito para que pudésseis ter liberdade sem sofrer o que eles sofreram. Usai este direito precioso para assegurar que as trevas do passado nunca voltem.

Foi no dia 23 de Abril, no horário da manhã. Antes da sessão, só faltou à equipa da biblioteca contratar a NASA para desinfetar todo o espaço, desde cadeiras até livros, desde o chão até à obrigatoriedade de trazer a máscara e desinfetar as mãos à entrada desta sala. E, no fim da atividade, lá voltámos à limpeza total. É verdade que a Liberdade é crucial para todos nós, mas esta maldita pandemia que nunca mais acaba restringiu muitos dos nossos movimentos. Assim, a palavra “responsabilidade” foi também valorizada no nosso vocabulário. Como já toda a gente devia saber, os nossos direitos terminam quando põem em risco a saúde dos outros.

As professoras Maria João Brasão e Susana Moreira realizaram, em conjunto com a turma 12ºC e quatro alunos da Academia Sénior de Serpa, um momento lindíssimo, dedicado a muitos poetas que cantaram e celebraram a Liberdade, o desejo de vivermos num mundo onde todos têm o direito de escolher o seu caminho e o seu destino, independentemente da pele, género, escolha sexual ou religião. Depois do recital, seguiu-se um debate com os alunos do 9º A e do 10ºC, e questões como “O que é a Liberdade, para ti? ou “Quando é que tu te sentes livre”? foram abordadas e comentadas. A sessão terminou com a icónica canção Grândola, Vila Morena, de Zeca Afonso, e foi um prazer descobrirmos que as gerações mais jovens ainda sabem de cor este “grito de guerra” que fez parte do 25 de Abril.

Deixamos aqui um vídeo comemorativo desta sessão, para que todos possam ter um “cheirinho” deste evento. Infelizmente, a banda sonora do mesmo não contemplou nenhuma canção icónica, porque o youtube anda obcecado com os “direitos de autor”. E só isto já é assunto para outro post


1 comentário:

Susana Catarina Lisboa Sequeira Moreira disse...

Fantástica produção de vídeo. Parabéns!