Desta vez, recomendamos três livros, que não podem ser mais diferentes uns dos outros. Ora leiam com atenção:
Titus, o Herdeiro de Gormenghast, de Mervyn Peake
Sem dúvida uma obra do género fantástico, não se assemelha, no entanto, a nada do que já lemos: o castelo é belíssimo e sinistro, perfeito e decadente, glorioso e perfeccionista, sufocante e libertador.
Onde se passa esta história? Ninguém sabe. É como se Gormenghast fosse a única terra povoada no mundo inteiro. Acima de tudo, ficamos com a estranha sensação de que estamos a ser testemunhas de um reino que, outrora, foi deslumbrante e próspero, mas que, devido a razões que nos são desconhecidas, resvalou para a decadência. O castelo, de facto, parece um corpo biológico em decomposição. Porém, não deixa de ser extraordinariamente belo… Reino este que, actualmente, está minado pelos excessivos protocolos reais, a excessiva burocracia, e o total isolamento da família real, em relação ao próprio povo que a sustenta.
As próprias personagens são bizarras, irreais: temos um rei que leva a vida fechado numa sala, a limpar o pó a estátuas; temos duas gémeas sinistras, sedentas de poder; temos uma mãe que liga mais às aves do reino, do que ao próprio filho; temos uma ligação quase inexplicável de puro ódio entre o cozinheiro do reino e o criado-mor do príncipe; temos uma simples ama que só quer dar amor ao novo bebé que acabou de chegar; temos uma mulher que veio “do lado de fora”, ou seja, do povo, para amamentar a criança, já rejeitada pela mãe; e, finalmente, temos uma irmã de longos cabelos negros, que jurou odiar o seu irmão mas, pouco a pouco, acabará por aprender a amá-lo. E há uma zona secreta do castelo, aparentemente esquecida por todos…
Um crítico do jornal Times afirmou:
"Vou ser muito claro: este é, sem sombra de dúvida, o melhor livro que alguma vez li. E agora deixem-me convencer-vos do mesmo: Peake desafia, assalta e estimula os sentidos. Possui uma imaginação e um vocabulário vastíssimo e cria personagens maravilhosas neste mundo denso e desmoronado de Gormenghast.!”
A Oração dos Homens – Uma Antologia das Tradições espirituais
Titus, o Herdeiro de Gormenghast, de Mervyn Peake
Sem dúvida uma obra do género fantástico, não se assemelha, no entanto, a nada do que já lemos: o castelo é belíssimo e sinistro, perfeito e decadente, glorioso e perfeccionista, sufocante e libertador.
Onde se passa esta história? Ninguém sabe. É como se Gormenghast fosse a única terra povoada no mundo inteiro. Acima de tudo, ficamos com a estranha sensação de que estamos a ser testemunhas de um reino que, outrora, foi deslumbrante e próspero, mas que, devido a razões que nos são desconhecidas, resvalou para a decadência. O castelo, de facto, parece um corpo biológico em decomposição. Porém, não deixa de ser extraordinariamente belo… Reino este que, actualmente, está minado pelos excessivos protocolos reais, a excessiva burocracia, e o total isolamento da família real, em relação ao próprio povo que a sustenta.
As próprias personagens são bizarras, irreais: temos um rei que leva a vida fechado numa sala, a limpar o pó a estátuas; temos duas gémeas sinistras, sedentas de poder; temos uma mãe que liga mais às aves do reino, do que ao próprio filho; temos uma ligação quase inexplicável de puro ódio entre o cozinheiro do reino e o criado-mor do príncipe; temos uma simples ama que só quer dar amor ao novo bebé que acabou de chegar; temos uma mulher que veio “do lado de fora”, ou seja, do povo, para amamentar a criança, já rejeitada pela mãe; e, finalmente, temos uma irmã de longos cabelos negros, que jurou odiar o seu irmão mas, pouco a pouco, acabará por aprender a amá-lo. E há uma zona secreta do castelo, aparentemente esquecida por todos…
Um crítico do jornal Times afirmou:
"Vou ser muito claro: este é, sem sombra de dúvida, o melhor livro que alguma vez li. E agora deixem-me convencer-vos do mesmo: Peake desafia, assalta e estimula os sentidos. Possui uma imaginação e um vocabulário vastíssimo e cria personagens maravilhosas neste mundo denso e desmoronado de Gormenghast.!”
A Oração dos Homens – Uma Antologia das Tradições espirituais
Esta foto não faz justiça ao livro: todo ele é cheio de azul e de estrelinhas douradas. Só de olhar para a capa, temos logo vontade de o comprar, de o folhear, de o ler.
Oiçam a voz da Humanidade espiritual:
Oiçam a voz da Humanidade espiritual:
Orações para um funeral
Perdoa, não te zangues, nós gostamos de ti, nós temos respeito por ti,
Sê feliz na tua estada em Lahara ( reino das coisas invisíveis)
Dá-nos a chuva quando o Inverno chegar, dá-nos uma colheita
Abundante , uma velhice leve, filhos, mulheres, dá-nos o bem-estar.
Eis esta água, não te zangues, perdoa-nos. (…)
Era assim que o povo Bambara, no Senegal, se despedia dos seus mortos. A Oração dos Homens é, portanto, uma compilação de todo o tipo de rezas, vindas de todas as religiões de todo o mundo. Vale a pena lê-lo. E relê-lo. E relê-lo.
A Vida Aventurosa de Sparrow Drinkwater, de Trevor Fergunson
Para quem já leu Kafka e a Metamorfose, irá deliciar-se com este livro bastante kafkiano! Tudo começa num manicómio: uma mulher acredita que o seu bebé veio a este mundo, graças a um corvo que desceu do céu e das estrelas. A sua grande desilusão foi descobrir que o filho, afinal, não sabe voar…
O pobre Sparrow passou a infância num asilo para loucos. Para ele, a loucura é a realidade, não a sanidade. Até que um dia é finalmente levado para o exterior, perde o rasto da mãe e descobre-se sozinho numa enorme cidade e no meio de pessoas “aparentemente” normais.
Parte, então, para a aventura, à procura do pai que nunca chegou a conhecer, e da mãe que perdeu. E enquanto o faz, cruza-se com assustadores criminosos, viaja por túneis secretos e esquecidos das ruas de Montreal, encontra uma feiticeira e torna-se um brilhante estratega de Wall Street!
Como afirma a contra-capa deste livro, O Mundo surpreende Sparrow mas ele, por sua vez, surpreende ainda mais o mundo…
Ou como disse alguém, “O presente pertence às pessoas comuns, o futuro pertence aos visionários e aos loucos”.
O pobre Sparrow passou a infância num asilo para loucos. Para ele, a loucura é a realidade, não a sanidade. Até que um dia é finalmente levado para o exterior, perde o rasto da mãe e descobre-se sozinho numa enorme cidade e no meio de pessoas “aparentemente” normais.
Parte, então, para a aventura, à procura do pai que nunca chegou a conhecer, e da mãe que perdeu. E enquanto o faz, cruza-se com assustadores criminosos, viaja por túneis secretos e esquecidos das ruas de Montreal, encontra uma feiticeira e torna-se um brilhante estratega de Wall Street!
Como afirma a contra-capa deste livro, O Mundo surpreende Sparrow mas ele, por sua vez, surpreende ainda mais o mundo…
Ou como disse alguém, “O presente pertence às pessoas comuns, o futuro pertence aos visionários e aos loucos”.
3 comentários:
Olá!!
Parabéns pelo trabalho realizado!!
Estou a gostar muito e está a ser muito frutífuro!!!
Carmen (Frenquentadora assídua da Biblioteca).
este livro parece intereçante... (aponta o titulo)
interessante
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