domingo, maio 31, 2009

O Dia Que Pertenceu às Línguas

 

No dia 19 de Maio, a Escola Secundária engalanou-se toda para clip_image002o “Dia Das Línguas”, à semelhança do que tem sido feito nos anos anteriores.

E o espectáculo teve início na biblioteca da escola, com a casa cheia, melhor dizendo, a rebentar pelas costuras. Era a “abertura oficial” de uma série de actividades que iriam preencher este dia.

clip_image004Duas turmas de Literatura Portuguesa, sob a direcção do professor Vítor Brasão dedicaram cerca de quarenta minutos à poesia pré e pós 25 de Abril. Pelo caminho, grandes poetas foram homenageados: Alexandre O’Neill, Ary dos Santos, Sophia de Mello Breyner Andersen, Mário de Sá Carneiro, Fernando Pessoa… entre outros. Recitou-se, cantou-se, ouviram-se músicas de Zeca Afonso.

Houve de tudo neste dia: booktrailers exibidos na biblioteca, durante os intervalos; “Olimpíadas do Conto” (a cerimónia de entrega dos prémios será já na terça-feira!); torneios de Karaoke; teatro do grupo da escola “En Cena” (“Alto! Que a Barca Vai para o Inferno!”); danças de sevilhanas… Mini-feira do livro, patrocinada pelo saudoso “Projecto Lê”…clip_image006

Foi pena ter sido apenas um dia. Mas o ano lectivo já vai no fim e muitas outras actividades serão realizadas. Para o ano há mais!

Terminamos este texto com um pequeno vídeo da abertura oficial do Departamento de Línguas. clip_image008Infelizmente, a câmara de vídeo não estava a funcionar bem, pelo que só nos foi possível apresentar pequeninos trechos deste evento. No entanto, a homenagem, da nossa parte, é sincera!

 
 

Agradecemos, por fim, a todos os professores que colaboraram neste dia, assim como aqueles que, não sendo do Departamento de Línguas, gentilmente cederam as suas aulas e o seu tempo, de forma a proporcionarem bons momentos aos alunos e a toda a restante comunidade escolar.

sexta-feira, maio 29, 2009

Voar em Grupo (1)

Uma vez que as turmas do sétimo ano estão, neste momento, a estudar a poesia (e a lê-la e a escrevê-la e a ouvi-la e a compreendê-la), a professora desafiou os alunos a criarem um poema em conjunto.

O tema e as fotografias eram exactamente os mesmos… Mas as turmas eram diferentes! Por isso mesmo, os resultados não podiam ser mais inesperados e mais deslumbrantes!

Deixamos aqui a pequena jóia criada pela turma A do 7º ano. Amanhã, será a vez dos alunos do B. Comparem e decidam quem são os melhores poetas!

quinta-feira, maio 28, 2009

Lição de Vida – Ser “original” ou fazer “figuras tristes”?

 

clip_image001 Durante muito tempo, as perucas fizeram moda, quer entre homens quer entre mulheres. Porém, no século XVIII, esta mania atingiu as raias do ridículo: os cabeleireiros de então (eram conhecidos como “os arquitectos do cabelo”) imaginavam penteados com perucas, que chegavam a atingir mais de um metro de altura.

O grande poeta satírico Nicolau Tolentino escreveu um poema que apresentamos abaixo, provavelmente a sua criação poética mais conhecida e famosa. Nela, encontramos uma mãe desesperada, porque descobre que há um colchão a menos na sua casa…

Por isso, da próxima vez que fores a uma festa, presta atenção aos conselhos do teu espelho. Existe uma diferença muito grande entre a originalidade e a figura triste!

 

O colchão dentro do toucado

clip_image003Chaves na mão, melena desgrenhada,
Batendo o pé na casa, a Mãe ordena
Que o furtado colchão, fofo e de pena,
A filha o ponha ali ou a criada.


A filha, moça esbelta e aperaltada
Lhe diz co´a doce voz que o ar serena:
“Sumiu-se-lhe um colchão, é forte pena!
Olhe não fique a casa arruinada …”


“Tu respondes assim? Tu zombas disto?
Tu cuidas que, por ter pai embarcado,
Já a mãe não tem mãos?” E dizendo isto,

Arremete-lhe à cara e ao penteado.
Eis senão quando (caso nunca visto)
Sai-lhe o colchão de dentro do toucado.

Ilustrações retiradas de:

http://ann-lauren.blogspot.com/search?q=

www.marieantoinette.info

terça-feira, maio 26, 2009

Bibliomúsica

Como tínhamos prometido na semana passada, colocamos neste blog mais uma música do grande cantor/poeta Patxi Andión, desta vez dedicada aos professores. Para ouvir muito atentamente...

 

Patxi Andion- El Maestro (O professor)

Con el alma en una nube
y el cuerpo como un lamento
viene el problema del pueblo
viene el maestro

el cura cree que es ateo
y el alcalde comunista
y el cabo jefe de puesto
piensa que es un anarquista
le deben 36 meses
del cacareado aumento
y el piensa que no es tan malo
enseñar toreando un sueldo
en el casino del pueblo
nunca le dieron asiento
por no andar politiqueando
ni ser portavoz de cuentos

las buenas gentes del pueblo
han escrito al "menestrerio"
y dicen que no esta claro
como piensa este maestro
dicen que lee con los niños
lo que escribió un tal Machado
que anduvo por estos pagos
antes de ser exilado

les habla de lo innombrable
y de otras cosas peores
les lee libros de versos
y no les pone orejones
al explicar cualquier guerra
siempre se muestra remiso
por explicar claramente
quien vencio y fue vencido
nunca fue amigo de fiestas
ni asiste a las reuniones
de las damas postulantes
esposas de los patrones

por estas y otras razones
al fin triunfó el buen criterio
y al terminar el invierno
le relevaron del puesto
y ahora las buenas gentes
tienen tranquilo el sueño
porque han librado a sus hijos
del peligro de un maestro

con el alma en una nube
y el cuerpo como un lamento
se marcha,se marcha el
padre del pueblo
se marcha el maestro.

segunda-feira, maio 25, 2009

Hoje é o Dia Internacional da Criança Desaparecida

Um homem vagueia pela cidade de Lisboa. Ao contrário dos alegres e solarengos postais para os turistas, a capital de Portugal é um atoleiro de carros, carros, carros. As pessoas são zombies, não são seres humanos. Não sorriem, não falam umas com as outras, não parecem ter sentimentos. Tão novas e já tão esvaziadas das suas almas…

Um homem vagueia pela cidade de Lisboa. A sua menina Alice desapareceu. Desapareceu, ponto final. Esfumou-se, saiu deste mundo sem deixar qualquer rasto. Nem uma impressão digital, nem um fio de cabelo, nem uma voz, nem uma testemunha.

E este pai vagueia pela cidade de Lisboa. Morto-vivo, quase sem dormir, recusa-se a desistir. Coloca câmaras por todos os cantos da capital, e todas as noites vê as cassetes, à espera de “tropeçar” na imagem da filha.

Até que um dia, parece que a viu mesmo…

Alice é um filme baseado numa trágica história verdadeira: o desaparecimento do Rui Pedro, há mais de dez anos. Hoje é o Dia Mundial da Criança Desaparecida. Em Portugal, desaparecem por dia duas crianças. Felizmente, a maior parte dos casos resolvem-se depressa. Mas há TANTAS que se esfumam, minuto a minuto…

Livro Da Semana

 

clip_image002Um Crime no Expresso Oriente, de Agatha Christie

Todo o criminoso tem sempre um grande amigo, afirma esta grande escritora. Agatha Christie elevou o romance policial à categoria de “literatura de qualidade”. Antes dela, este tipo de histórias não eram consideradas obras de arte, eram vistas pelos intelectuais e académicos como sendo entretenimento de segunda classe, um divertimento feito para agradar as massas. Não eram romances dignos de ficarem para a História da Literatura.

Hoje, sabemos que estamos errados. Grandes mestres como Raymond Chandler (imperdível, O Grande Adeus), Georges Simenon, Rex Stout, Patricia Highsmith e Ruth Rendell, entre outros, demonstraram que as famosas murder stories podem ser verdadeiros rasgos de literatura da boa e da melhor que para aí se faz.

clip_image004 Inglesa até à raiz dos cabelos, Agatha Christie, no entanto, era exímia em criticar a sua própria sociedade. Criticava a mentalidade xenófoba dos ingleses que consideravam os estrangeiros pessoas suspeitas e inferiores (Poirot nunca será um ser humano visto como um “igual entre iguais”, quanto muito será tolerado pela classe alta da Inglaterra); criticava a mentalidade de castas sociais, bastante forte no seu tempo; criticava o machismo dos “cavalheiros” (e das próprias inglesas!); e são muitas as referências a personagens “dúbias”, meio masculinizadas ou efeminadas. Acima de tudo, Agatha Christie foi uma das grandes senhoras do romance policial “dedutivo”, ou seja, o crime descobre-se através da lógica e não através de perseguições com carros policiais, balas de um lado para o outro e xerifes fanfarrões e destemidos. São as famosas “células cinzentas” que desvendam a chave desse grande enigma que é sempre o crime.

Mas falemos da história: durante uma viagem no famoso “Expresso do Oriente” (a propósito: ainda se pode fazer esse percurso! Consulte a agência de turismo mais próxima), um americano antipático e arrogante é assassinado na sua cama. O cadáver é encontrado crivado de facadas. Há doze passageiros, para além do célebre detective Poirot, e todos têm um álibi, todos são insuspeitos! Como se tudo isto não bastasse, o comboio fica entalado na neve, em terra de ninguém. Poirot terá de desvendar o crime, antes de as autoridades chegarem e os passageiros dispersarem, cada um à sua vida…

Uma história empolgante, personagens fabulosamente descritas e um fim absolutamente inesperado. Agatha Christie, “A Rainha do Crime”, “A Duquesa da Morte”, no seu melhor!

domingo, maio 24, 2009

Vejam e Leiam (IV)

Aqui vai mais um "Booktrailer", desta vez dedicado à obra "Viagem ao Centro da Terra", de Júlio Verne.  (Madalena Figueira, João Batista, Diogo Infante e Beatriz Mestre)

sábado, maio 23, 2009

Foi encontrado o “Elo Perdido”!!!! (Ou não?....)

clip_image002Desde que o grande Charles Darwin desenvolveu a sua Teoria das Espécies, a justificação dos religiosos fanáticos, para contrariar as suas ideias tem sido sempre esta: se as espécies evoluem ao longo dos tempos, têm que existir “seres mistos”, isto é, animais que comprovem essa evolução, pelo simples facto de serem híbridos. E embora a teoria da Evolução seja, de facto, aquela que cientificamente é a mais correcta, encontrar espécies intermédias tem sido um bico-de-obra para os cientistas de todo o mundo.

Para começar, os fósseis são raríssimos, verdadeiras preciosidades que, miraculosamente, sobreviveram ao tempo e chegaram até nós. Além disso, muitos mas muitos destes espécimes encontram-se debaixo da terra e só acidentalmente é que são descobertos. Por fim, sempre que um objecto raro como este é encontrado, os cientistas dividem-se. O que torna tudo muito confuso para o público leigo (nós), que acompanha estas notícias.

Jorn Hurum, investigador do Museu de História Natural em Oslo (Noruega) chama-lhe “um sonho tornado realidade”, mas Jenz Franzen vai mais longe: as ossadas de Ida são, na sua opinião “a oitava maravilha do mundo”.

Para quê este “banzé” todo? A pequena Ida pode muito bem ser a ligação entre os actuais lémures… e os primeiros primatas humanos. “Este fóssil foi, até agora, o que pudemos encontrar mais próximo de um ancestral directo do Homem”, afirmou Jorn Hurum à televisão inglesa BBC.

À primeira vista, parece que estamos à frente de um esqueleto de um lémure (foto dois). Porém, o olhar atento e sábio dos cientistas fizeram-nos concluir que há ali qualquer coisa que não bate certo: o seu esqueleto assemelha-se mais aos dos primatas humanos, tem unhas em vez de garras, o polegar, à semelhança dos humanos, é oponente, os olhos não são laterais mas encontram-se, isso sim, no mesmo plano, possui talos nos tornozelos. O que nos faz chegar à conclusão de que estes ossos não pertencem a um primata humano, são os dentes, estes muito iguais aos de um lémure. clip_image002[1]Como diz Jens Franzen, “não se trata de um antepassado directo dos humanos, sendo mais uma tia do que uma avó”.

Como era de se esperar, os cientistas estão muito, muito cautelosos. O esqueleto encontrado tem fortes probabilidades de ser um “elo perdido”, mas ainda há muito a estudar. Além disso, a gigantesca campanha publicitária, desenvolvida pelos jornais, internet e televisões de todo o mundo, pode criar uma reacção contrária: depois do enorme entusiasmo, podemos passar por uma enorme desilusão e uma maior descrença nas virtudes da Ciência. Não nos esqueçamos que os fanáticos religiosos andam, há mais de cem anos, a tentar desacreditar a Teoria da Evolução (os religiosos mais agressivos preferem acreditar na famosa e controversa Teoria do Criacionismo: http://pessoas.hsw.uol.com.br/criacionismo1.htm). Um passo em falso, expectativas goradas e a Ciência sofreria um abalo muito forte…

Esperemos pelas conclusões finais…

Fotos retiradas de:

Semanário Expresso (esqueleto de Ida)

http://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%AAmure

sexta-feira, maio 22, 2009

O “Adeus” do Projecto/Lê

clip_image002

Num país onde o futebol é mais importante do que a descoberta da cura de uma doença; num país onde os centros comerciais são as novas catedrais e os cartões de crédito os novos deuses: num país onde o medo de perder o emprego leva-nos a pisar o colega do lado e a declarar guerra a quem não pensa como nós; num clip_image008país onde a palavra “jornalismo” é sinónimo de “obediência aos poderosos” ou “vamos lançar o escândalo para as audiências”; num país onde as escolas são vistas como lugares inúteis e os professores como mandriões que não sabem inspirar os alunos; eis que, neste estabelecimento escolar, um clip_image005grupo composto por quatro alunos de uma turma do 12º ano (Ana Aragão, Andreia Sebastião, João Pereira e Margarida Pires) escolheram como Área de Projecto o impensável: falar de livros e incentivar a comunidade escolar a descobrir o prazer da leitura.Foi hoje a “festa de despedida”… e a sala estava cheia. Cheia de turmas dos 7ºs aos 12ºs anos. Durante 90 minutos, o “quarteto-maravilha” expôs as razões que os levaram a escolher uma Área de Projecto tão insólita, explicaram os benefícios da leitura desde tenra idade, mostraram mini-filmes que corroboram a sua opinião e, acima de tudo, tiveram o cuidado de chamar duas pessoas que enriqueceram a sua palestra: a Dra. Cristina Galvão, membro do Plano Nacional de Leitura e o professor Vítor Encarnação, também ele escritor.

clip_image014 Foram 90 minutos bem passados, e quase que nem se deu pela passagem do tempo. Mostrou-se, através de exemplos práticos, como conquistar uma criança para o gosto dos livros desde muito pequena, truques para os pais poderem incentivar os seus petizes a se habituaram alegremente à presença destes instrumentos que nos proporcionam tantas horas de prazer, ouviram-se as opiniões de um escritor que iniciou a alegria da escrita graças a um desgosto de amor, e daí nunca mais parou… E foi um prazer enorme ver pais presentes, professores presentes, membros do Conselho Executivo presentes, elogios dos quatro cantos do País, um blog que, desde Novembro, chegou aos 5.400 visitantes… E a lagriminha no olho da nossa querida colega Dília Fournigault, a coordenadora da disciplina da Área de projecto.

Discretamente, e ao longo dos meses… Deram nas vistas. Foram excelentes clip_image011profissionais, dedicaram-se de corpo e alma à sua longa actividade, ouviram com humildade e entusiasmo os conselhos de pessoas mais experientes, foram elogiados e respeitados por todos aqueles que tiveram contacto com o seu trabalho. Foram de um rigor e de um brio a toda a prova. Por isso mesmo, a equipa da Biblioteca, Centro de  Recursos e Plano Nacional de Leitura dedica este artigo a quatro “miúdos” que conseguiram surpreender sempre, e nunca esperaram mais deles mesmos do que a perfeição. A todos eles, um grande bem-haja!

Que pena já ser o 12º ano…

quarta-feira, maio 20, 2009

Bibliomúsica

O fim do Amor

Esta lindíssima canção, escrita por um “rapaz” de 23 anos, fala-nos de um casamento que, ao fim de 20 anos de existência, já não tem nada para dar ou oferecer. Passou a ser uma espécie de rotina tolerada entre duas pessoas.

Mostramos uma das grandes músicas de um dos cantores do século XX mais fabulosos… E injustamente muito esquecidos…

Na próxima semana, convidamos-te a ouvir a a canção “El Maestro” (O professor), também uma das mais emblemáticas deste cantor-poeta.

Patxi Andión, 20 Aniversário

Letra da Música

clip_image00220 Aniversario-Palabras
20 años de estar juntos,
esta tarde se han cumplido,
para ti, flores, perfumes.
Para mí.......! Algunos libros!
No te he dicho grandes cosas
porque, porque no me habrían salido.
Ya sabes cosas de viejos!
Requemor de no haber sido!

Hace tiempo que intentamos
abonar nuestro destino,
tú bajabas la persiana,
yo, yo apuraba mi último vino.
Hoy, en esta noche fría,
casi como ignorando el sabor
de soledad compartida,
quise hacerte una canción,
para cantar despacito,
clip_image004como se duerme a los niños.
Y... y ya ves, sólo palabras
sobre notas me han salido,
que al igual que tú y que yo,
ni se importan, ni se estorban,
se soportan amistosas,
mas, mas no son.....no son una canción.

Que helada que está esta casa!
Será que está cerca el río!
O es que entramos en invierno
y están llegando......están llegando
los fríos!

Fotos de:

http://jefftovar.com/wp-content/uploads/2007/07/fv_2005-06-23_loneliness-is-a-place.jpg

www.21st-century-citizen.com

terça-feira, maio 19, 2009

Vejam e Leiam (III)

 

Aqui vai mais um booktrailer, da autoria de Pedro Rações, 7ºA… com música!

Divirtam-se!!!

segunda-feira, maio 18, 2009

Livro Da Semana

 

clip_image002O Erro De Descartes, António R. Damásio

 

Estamos no ano de 1848. O calor aperta na Nova Inglaterra (Estados Unidos da América), o ar condicionado não existe e a multidão refresca-se como pode.

Phineas P.Gage não se pode dar a esse luxo: excelente “capitão” de uma equipa de trabalhadores encarregados de construir o futuro comboio que atravessará a cidade de Vermont, divertido, bem-disposto, um líder nato, bom colega de trabalho, é considerado pelos seus patrões o homem mais eficiente e capaz que se encontra a trabalhar para a Companhia Rutland & Burlington.

Mas este destino promissor irá mudar para sempre: no dia 13 de Setembro, um terrível acidente de trabalho marcará a história da Neurologia. Uma barra de ferro entra pela face esquerda de Gage, trespassa a base do crânio, atravessa a parte anterior do cérebro e sai a alta velocidade pelo topo da cabeça (ver segunda imagem). Gage aterra no chão a mais de trinta metros de distância do local do acidente e, para espanto de todos, está vivo e consciente. Horas depois, caminha, fala, ouve muito bem, consegue ver (se bem que apenas de um dos olhos) e parece estar na posse das suas faculdades.

Mas, como dizem os nossos avós, “quando a esmola é grande, o pobre desconfia”: a personalidade amável e profissional de Phineas Gage esfumou-se. Tornou-se um homem caprichoso, egoísta, insensível aos problemas dos outros, utilizava uma linguagem cheia de palavrões e insultos extremamente agressivos, e não durou muito tempo para ser despedido, por “conduta imprópria”. Acabou os seus dias num bairro de má reputação, alcoólico, epiléptico e irascível. Tinha 38 anos de idade.

Foram precisos mais de 100 anos para que todas as peças deste puzzle se começassem a unir: Elliot, um paciente de António Damásio sofreu um acidente bastante semelhante ao de Gage. Para espanto de todos, os sintomas foram exactamente os mesmos: mudança repentina da personalidade, agressividade, ausência de sentimentos bons, um intelecto perfeitamente preservado. Foi a partir deste momento que Damásio começou a colocar uma hipótese: e se as emoções são as grandes criadoras do ser humano?

Somos educados a pensar que as emoções são, no geral, negativas.clip_image004 A Razão, pelo contrário, sempre foi glorificada. As nossas avozinhas sempre nos ensinaram que as pessoas “com cabecinha” vão longe e a mente torna-nos mais inteligentes, mais humanos. Quanto aos outros que se deixam levar pelas emoções, esses são uns “totós”, uns fracos que não sabem controlar o seu destino. Pelo menos era assim que todos nós pensávamos, graças a um filósofo chamado Descartes: “Penso, logo Existo”, dizia ele. O corpo só funcionava porque a mente era dona e senhora dele. O corpo era um pacote para alma, nada mais.

No entanto, e através de muitos relatos coleccionados de acidentes de trabalho e de estranhas lesões cerebrais, os neurologistas não só compreenderam que a nossa mente é um aglomerado de zonas interligadas entre si como, inclusivamente, conseguiram detectar qual é a zona da fala, a zona do movimento, das memórias, das emoções, entre muitas outras.

E descobriram, completamente espantados, uma verdade que há cinquenta anos atrás seria inconcebível: são as emoções que nos ensinam a escolher os bons caminhos e as boas decisões da nossa vida, ao contrário da razão e da lógica. Este livro prova cientificamente que a “razão do coração” é correcta e real, não é uma história de contos de fadas e de pirosices de novelas da TV. Este livro explica-nos como o cérebro humano funciona, que partes do mesmo estão envolvidas na criação das emoções e das nossas escolhas pessoais, que “explosões químicas” ocorrem quando passamos por períodos de dúvida e de contemplação. E mostra-nos A+B que quem tem a última palavra é sempre a “Senhora Dona Emoção”, não a chata, altiva e arrogante “Doutora Razão”.

Afinal, os nossos avós é que eram sábios: segue o teu coração.

Quanto ao coração ser um segundo cérebro… Bem, essa é matéria para outro texto.

S:C:

domingo, maio 17, 2009

De Onde É Que Vem A Expressão…

Para Inglês Ver

clip_image002Presa nos elos de uma só cadeia,
A multidão faminta cambaleia,
E chora e dança ali! 
Um de raiva delira, outro enlouquece,  
Outro, que martírios embrutece, 
Cantando, geme e ri! 

No entanto o capitão manda a manobra,
E após fitando o céu que se desdobra,
Tão puro sobre o mar, 
Diz do fumo entre os densos nevoeiros: 
"Vibrai rijo o chicote, marinheiros! 
Fazei-os mais dançar!..." 

E ri-se a orquestra irónica, estridente. . . 
E da ronda fantástica a serpente 
          Faz doudas espirais... 
Qual um sonho dantesco as sombras voam!... 
Gritos, ais, maldições, preces ressoam! 
          E ri-se Satanás!... 

(Excerto do poema Navio Negreiro, de Castro Alves)

Para quem está ou esteve atento às aulas de História, as palavras “navio negreiro” não são desconhecidas. Tratava-se de embarcações que tinham como objectivo capturar negros e “despachá-los” para as zonas de comércio de escravatura.

As condições desses mesmos barcos são lendárias e ainda hoje arrepiam: estes pobres seres humanos eram amontoados como se fossem sacos de batatas, não recebiam quaisquer tratamentos médicos, morriam de fome e as mulheres negras eram sistematicamente violadas pelos marinheiros (para quem quiser saber mais pormenores, consultem o artigo http://www.geocities.com/zumbi2000/trafico.htm). É triste dizer isto, mas foi graças aos portugueses e o seu vasto império que a escravatura foi reintroduzida na Europa e, mais tarde, nos Estados Unidos da América. É uma herança muito dura que o nosso país carrega. Porém, a História é a História, não se pode branqueá-la ou modificá-la. Serve-nos o consolo de sabermos que o Passado oferece-nos sempre lições de vida e pistas para aquilo que será o futuro da Humanidade.

clip_image004 Por volta do século XVIII, o Brasil firmou laços diplomáticos, políticos e económicos com a Inglaterra. Supostamente, um desses tratados tinha como objectivo reprimir o tráfico de escravos. Era suposto as duas nações estarem atentas às chegadas desses navios e impedir que estes “empresários” enriquecessem à custa do sofrimento de muitos seres humanos. O governo brasileiro tinha a obrigação expressa de patrulhar os mares e avisar os ingleses de qualquer embarcação suspeita.

Porém (onde é que já ouvimos isto…), ficou tudo no papel. Segundo o filólogo brasileiro R. Magalhães, (…) o tráfico continuava, fazendo o governo vista grossa à traficância. Dizia-se, por isso, que o nosso patrulhamento era fictício, isto é, apenas para inglês ver, como uma satisfação platónica aos acordos oficialmente firmados.

Desde então, a expressão “para inglês ver” serve para falarmos de algo que é “só fachada”, algo que não passa de uma mentira, de uma farsa. Ou, utilizando uma expressão que já referimos, “atirar poeira para os olhos”.

Ilustrações retiradas de:

http://flickr.com/photos/75347676@N00/265656027

www.maltabrasil.de

sábado, maio 16, 2009

Boa Leitura!

A equipa da Biblioteca/Centro de Recursos recomenda-vos três livros para as futuras tardes solarengas que se adivinham nos próximos meses. Os autores e os temas não podem ser mais diferentes uns dos outros, mas são garantia de umas horas de leitura bem agradáveis.

As Cantinas” e Outros Poemas do Álcool e do Mar, Malcolm Lowry

clip_image002

- Bêbados de água salgada, sedentos de desastre,

Restos de naufrágios de barcos nunca sonhados.

A calamidade jamais os abandona

Não os troca pela calma dos veleiros e pela vigília: (…)

É assim que começa o poema Ao Balcão, um poema de uma tristeza profunda, cheio de almas perdidas e afogadas nos seus sonhos frustrados, afogadas na melancolia da Condição Humana, que sempre desejou o voo, mas quase nunca conseguiu concretizá-lo.

Malcolm Lowry foi um dos mais geniais escritores e poetas ingleses do século XX. Nunca foi feliz, e sente-se essa tristeza a transpirar em toda a sua obra. Alcoólico incorrigível desde os 22 anos, as suas duas grandes obsessões – a escrita e a garrafa – destruíram a sua vida aos 48 anos. Morreu de uma overdose de álcool e de comprimidos para o sono. A sua segunda mulher, Margerie Bonner, foi uma excelente influência para Malcolm. Porém, não conseguiu salvá-lo dos seus fantasmas…

A editora Assírio & Alvim fez-lhe uma justa homenagem e, como é costume, a edição é bilingue: na página esquerda temos acesso ao poema original, na direita podemos lê-los na nossa língua. E tendo em conta que esta editora não brinca em serviço, o tradutor (José Agostinho Baptista) foi escolhido a dedo.

Para ler num dia de contemplação.

 

Quando Éramos Peixes, de Neil Shubin

clip_image004

Ora aqui temos mais um livro de divulgação científica, que se devora como um guloso bolo de chocolate.

Por que motivo os humanos têm o aspecto que têm – um pau esticado com dois pauzinhos no meio (braços) com duas extremidades muito estranhas (mãos), dois buracos para ver (olhos), um buraco para falar (boca), dois buraquitos para respirar (nariz), duas cartilagens esquisitas (orelhas) e uns bocados de carne estranhos, que parecem suportar todo o peso desta coisa bizarra que somos nós (pés)? Por que motivo os homens têm mamilos que, pelos vistos, não servem para nada? E, mais estranho ainda, existirá alguma ligação entre os seios, as glândulas suporíparas… e as escamas?

Desde que o ADN foi descoberto, os cientistas não têm feito outra coisa senão descobrir elos nunca antes imaginados entre o Homem e várias outras espécies deste planeta (a obra O Conto Ancestral, de Richard Dawkins, é imperdível!). Neil Shubin, um conceituado paleontólogo e professor de Anatomia prova, através deste livro, que os ditos “órgãos humanos” já existiam neste mundo, ainda antes de os primeiros “caminhantes da terra” começarem a respirar o oxigénio das árvores. Demonstra que as nossas mãos são bastante semelhantes às barbatanas dos peixes e que a nossa cabeça está organizada exactamente da mesma forma que a de um peixe sem maxilar, há muito desaparecido.

Este livro é uma verdadeira injecção de sabedoria e de boa disposição. Neil Shubin não escreve para os seus colegas cientistas, escreve para um público vasto, isto é, nós. E é verdadeiramente impossível não nos deixarmos arrastar pelo entusiasmo deste paleontólogo. A Natureza ainda tem muito para nos contar.

Para ler num dia de boa disposição.

 

clip_image002Nómada, de Stephenie Meyer

Para quem já leu o livro Crepúsculo e viu o filme e leu a Lua Nova e leu o Eclipse e já anda com o look de um vampiro e já tem a t-shirt do lindo par de namorados e já comprou a caneca com a cara dos namorados e já tem a mochila com a cara dos namorados e já comprou a Bravo Especial, dedicada à loucura do momento e… Bom, para quem já tem isto tudo, o nome Stephenie Meyer é tão conhecido como os Gato Fedorento ou os Xutos e Pontapés. Porém, a obra Nómada só agora começa a ser falada no nosso país. Aproveitando a boleia do vampiro mais romântico do século, a editora 1001 Mundos traduziu este gigantesco romance de ficção-científica para a nossa língua.

E, de facto, o tamanho mete medo: 836 páginas!! Tentem ler este livro deitados numa cama e logo descobrirão que, ao fim de duas horas de leitura, os músculos dos vossos braços cresceram dois centímetros. Porém, raramente o tamanho de um livro é sinónimo de “aborrecimento”: há obras gigantescas que se devoram, como se fossem pãezinhos com queijo, e há contos diminutos que são soporíferos e nunca mais parecem terminar. Nómada é o exemplo perfeito de um “tijolo” viciante, que não se larga nem quando vamos tomar banho.

De que trata a história? Ao princípio, parece que estamos a ler um típico romance americano, estilo “eles vieram para nos invadir”. E, com efeito, é disso mesmo que o livro fala: uma espécie alienígena invade planetas e coloniza-os, não para lhes fazer propriamente mal, mas porque precisam de corpos para se manterem vivos. Trata-se de seres que precisam de “hospedeiros” pois, sem eles, não conseguem sobreviver de uma forma autónoma. Esta maldição obriga-os a “escravizar” os corpos das espécies que colonizam, apagando-lhes as memórias e permitindo, assim, que os novos ocupantes possam viver alegremente… até o hospedeiro morrer. Não é um destino lá muito feliz, mas enfim…

Chegou, portanto, a nossa vez. E, como era de se esperar, somos um osso duro de roer. Por isso mesmo, as almas preferem encarnar em “hospedeiros imaturos”, isto é, crianças. Só que Nómada, uma das almas mais velhas e mais experientes, exigiu ser colocada no corpo de uma fêmea adulta (o livro explica porquê). Após a transformação descobre, completamente estupefacta, que Melanie Stryder, a humana cujo corpo está a ocupar, permanece viva e bem teimosa no seu novo cérebro.

Gera-se, então, uma verdadeira batalha mental entre a mente da alienígena e a mente da mulher humana. Pior ainda, as memórias de Melanie revelam-lhe sentimentos e recordações que, muito a custo, Nómada consegue controlar. E o corpo em que ela agora habita também não a ajuda muito. O paladar, a audição, o toque e, sobretudo, o desejo físico, são sensações que Nómada nunca teve que enfrentar. Não de uma forma tão violenta. Todavia, e mais importante que tudo, a nossa invasora começa a sentir amor pelo humano que lhe surge no cérebro a toda a hora: Jared, um membro da Resistência…

Para ler naqueles dias em que só queremos entretenimento.

sexta-feira, maio 15, 2009

Hoje É O Dia Internacional Da Família!!

E aqui temos nós a música mais feliz, dedicada a todas as famílias deste mundo!clip_image002

Vá, cantemos todos juntos:
(CHORUS:)
We are family
I got all my sisters with me
We are family
Get up everybody and sing
Everyone can see we're together
As we walk on by
(FLY!) and we fly just like birds of a feather
I won't tell no lie
(ALL!) all of the people around us they say
Can they be that close
Just let me state for the record
We're giving love in a family dose
(CHORUS x2)
Living life is fun and we've just begun
To get our share of the world's delights
(HIGH!) high hopes we have for the future
And our goal's in sight
(WE!) no we don't get depressed
Here's what we call our golden rule
Have faith in you and the things you do
You won't go wrong
This is our family Jewel

Lição de Vida - Dá o Melhor de Ti Mesmo/a

clip_image002Se não puderes ser um pinheiro no topo da colina,

Sê um arbusto no vale, mas sê

O melhor arbusto `a margem do regato.

Sê um ramo,

se não puderes ser umaclip_image004 árvore.

Se não puderes ser um ramo, sê um pouco de relva

E dá alegria a algum caminho.

Se não puderes ser uma estrada,

Sê apenas uma senda.

Se não puderes ser sol, sê uma estrela.

clip_image006

Não é pelo tamanho que terás êxito ou fracasso…

Mas sê melhor no que quer que sejas!

 

 

Douglas Malloch

Todas as ilustrações foram retiradas do site http://drawingsongs.wordpress.com/

O Nosso Curso!

Resolvemos dar a conhecer à comunidade escolar, aquilo que de melhor fazemos no Curso Tecnológico de Acção Social. Para tal, resolvemos organizar uma exposição envolvendo várias disciplinas. Para a disciplina de Educação Física, e por sugestão do professor Carlos Azedo, temos expostas fotografias relacionadas com a natureza, às quais demos o nome de: “Primavera no Alentejo”. Para a disciplina de Técnicas de Expressão e Comunicação resolvemos expor alguns dos trabalhos realizados ao longo do ano lectivo: Vestidos & Adereços, Esculturas, Brinquedos, Utensílios do Quotidiano, Instrumentos Musicais feitos a partir de Materiais Recicláveis e alguns dos nossos portefólios. Para a disciplina de Práticas de Acção Social decidimos colocar alguns dos nossos Dossiers Temáticos e um placard com um dos projectos que estamos a desenvolver presentemente: O Projecto sobre Sexualidade na Adolescência, de seu nome “Coiso e Tal”. Na disciplina de Psicologia estão expostos todos os nossos trabalhos realizados durante o 2ºPeríodo: Comunidade Cigana, Toxicodependentes, Emos, Cidadãos Portadores de Deficiências e Comunidade Emigrante em Portugal.

Desta forma, temos como objectivo divulgar o que fazemos no nosso curso, para que futuros interessados a ingressar nele, o possam fazer conhecendo-o um pouco mais.

Esperamos por vocês, na Biblioteca da Escola e no átrio do Bloco A (1º andar).

Sejam Bem-Vindos!

Carmen Orelhas, 11ºE

quarta-feira, maio 13, 2009

Baú Da Avozinha

Injustamente Esquecido: Dune, de Frank Herbert

 

clip_image001

Mesmo não tendo lido os livros, toda a gente já ouviu pelo menos falar de vários universos épicos como, por exemplo, O Senhor Dos Anéis, Eragon, Harry Potter, As Crónicas de Nárnia, entre outros. Todavia, em 1965 foi publicada uma obra, considerada a Bíblia da ficção-científica, de nome Dune (“Duna”, em Português), obra esta que, à excepção de alguns apaixonados pela verdadeira literatura, praticamente que foi esquecida.

O seu autor, Frank Herbert, imaginou toda uma história que poderá acontecer daqui a 22.000 anos. Trata-se, portanto, de um futuro muito distante. Neste mundo, as máquinas já não são bem-vindas. Os humanos já sofreram o que tinham a sofrer com elas, e usam-nas simplesmente para poderem viajar de planeta em planeta, cavar grandes superfícies de terra, ou então usam-nas como um sistema de defesa (é o caso dos escudos, por exemplo). Toda a tecnologia existente tem como única função tratar daquilo que é essencial e que pode facilitar a vida dos humanos. clip_image003Não há computadores, não há robôs, não há “quinquilharias” electrónicas que, no fundo, só poluem e só causam danos físicos e psicológicos à Humanidade. As batalhas são corpo-a-corpo, à maneira medieval como, aliás, todas as guerras deviam ser.

Neste universo, existem três “Casas” (nesta obra, o termo “casa” é o mesmo que dizermos “família poderosa”) de grande força e importância: a Casa Atreides, a Casa Harkonnen e a Casa Corrino, lar do Imperador Shaddam IV. Ora, acontece que o Imperador tem a certeza absoluta de que a Casa Atreides pode ser uma série ameaça ao seu poder. Porém, está de mãos atadas: se atacar abertamente esta família poderosíssima, arriscar-se-á a ser cilindrado por outras casas nobres, igualmente proeminentes. Se não fizer nada, poderá vir a perder clip_image004o seu trono. É então que Shaddam IV, inteligente e manhoso, toma a decisão de “dividir para reinar”: ao incentivar o Barão Harkonnen a destruir a família Atreides, não só garantirá o seu poder como nem sequer poderá ser acusado de nenhuma matança.

O plano tinha tudo para dar certo. Só que ninguém estava à espera da rebeldia de Paul, o filho de Leto Atreides. Ainda antes de esta personagem ter nascido, corriam rumores e profecias de um futuro Messias (o Kwizats Haderach) que iria repor a paz e o equilíbrio, neste mundo. De tal forma estas profecias assustavam, que a Irmandade das Bene Gesserit, uma ordem de mulheres guerreiras e também detentoras de grandes poderes psíquicos, exigiram que a mãe de Paul só concebesse meninas. É que, segundo os cálculos delas, a Casa candidata ao Messias era a Casa Atreides.

clip_image006E tinham razão: Paul escapa ao atentado, é acolhido por um estranho povo do deserto, os fremen e, a partir daí, a profecia começará a ser não um sonho, mas uma realidade…

Este grande romance sofreu uma explosão de êxito em 1984, quando um génio excêntrico chamado David Lynch decidiu transportar este universo para o cinema. Quem viu o filme, reconheceu de imediato o talento do realizador, mas a obra cinematográfica ficou muito, mas muito aquém da obra literária. Com efeito, para lhe ter sido feita uma justa homenagem, teriam sido necessários três filmes e não um, à semelhança da trilogia d’O Senhor Dos Anéis, de Peter Jackson. Mas Lynch, nessa altura, ainda era um nome quase desconhecido, e poucos quiseram investir no seu projecto, apesar de esta película estar cheia de estrelas famosas dos anos oitenta…

Estranho, bizarro, soberbamente escrito, eis um romance épico que devia estar nas bibliotecas de todo o mundo, privadas e pessoais…

S.C.

terça-feira, maio 12, 2009

Vejam e Leiam (II)

Aqui vai mais um booktrailer, da autoria de Ana Bettencourt, Filipa Engrola e João Brito.
Música de Toto, da banda sonora "Dune"

segunda-feira, maio 11, 2009

10.000!!

Não falamos de Política.

clip_image002 Não falamos de Futebol.

Não falamos de Religião.

Não vivemos de escândalos e de coscuvilhices.

Não somos um site de descarregar jogos, música e filmes.

Não somos uma página de um jornal famoso online.

Não somos um clube de fãs qualquer.

(Não, a malta da foto não somos nós)

Somos “apenas” um blog de biblioteca de uma escola no interior de Portugal.

“Só” falamos de livros.

“Só” publicamos poemas.

“Só” falamos de Ciência.

“Só” falamos de cultura geral.

“Só” falamos das actividades da escola.

E mesmo assim, ao fim de sete meses, 10.000 pessoas visitaram-nos!!!!!

E ainda dizem que as escolas do interior não conseguem ser tão boas como as das cidades!

E ainda dizem que as escolas públicas não conseguem chegar aos calcanhares das escolas privadas!

E ainda dizem que a cultura não dá audiências!

Pois bem. Aqui está a prova de que tínhamos razão, desde o início.

clip_image004 Apostámos no rigor científico, na informação cultural, no gosto pelo ensino, apostámos numa visão optimista da vida. Publicámos poesia, contos, publicidade de livros, booktrailers, elogiámos os nossos jovens cientistas, valorizámos os projectos dos nossos colegas. Apostámos na ligação afectiva entre pais, professores, alunos e funcionários. Apostámos no prazer da aprendizagem e no prazer de questionarmos o mundo à nossa volta.

Muito obrigado a todos os nossos “fãs” que nos acompanharam, que nos premiaram pela qualidade (especialmente o “Projecto Lê”), que colaboraram com o nosso projecto, que estiveram sempre atentos às novidades e que fizeram do nosso blog um vício diário!

Um bem-haja a todos!!!!

Agradecimentos da equipa da biblioteca, Centro de Recursos e PNL

Imagens retiradas de:

http://www.say-yes-to-tennis.com/laughter.html

http://www.laughternetwork.co.uk/people.html

Eu Tenho Orgulho De Ser Europeia!!

clip_image002

 

Eis uma das notícias recentes, que mais felicidade trouxe a milhões de europeus: a partir de agora, todas as marcas de cosméticos fabricadas neste continente estão virtualmente proibidas de utilizar animais para experiências de laboratório, ou mesmo comprarem derivados animais em outros países, onde esta prática é legal. A lei foi aprovada pelo Parlamento Europeu, no dia 11 de Março deste ano e, como dizem os mais entusiastas, veio revolucionar o mundo (ler o artigo do site http://quatroerres.blogspot.com/2009/04/testes-em-animais.html).

clip_image004Os próprios americanos admitem estar cheios de inveja dos europeus: durante décadas, têm lutado pelo bem-estar dos nossos irmãos de quatro patas, mas têm conseguido fazer pouca frente às grandes corporações das Indústrias farmacêuticas e de cosméticas, apesar de as novas gerações das terras do Tio Sam serem das mais ferozes e das mais implacáveis, no que se refere à protecção dos animais. A título de exemplo, foram dos primeiros cidadãos mundiais a lutarem contra os casacos de peles (ver este anúncio chocante: http://www.youtube.com/watch?v=pghc9x8OgTs).

Quanto aos testes científicos, que têm como objectivo descobrir novos medicamentos e curas para doenças, a questão torna-se muito mais complexa: nãoclip_image006 se trata de ficarmos com a pele mais jovem e a casa mais limpinha. Trata-se de salvar vidas. A Ciência tem sofrido grandes avanços tecnológicos, graças ao uso de cobaias nos laboratórios. O que não quer dizer que estes “homens sábios” se sintam muito felizes pelo que fazem. O Site brasileiro do instituto Nina Rosa (http://www.institutoninarosa.org.br/) demonstra-nos uma série de vídeos sinistros como, por exemplo, “Não Matarás”, onde se vê a crueldade a que os animais são submetidos nos laboratórios. Tudo em nome da Humanidade, e raramente da Natureza.

Actualmente, a tendência é para criar tecnologias alternativas que possam evitar a “matança” de animais ou, pelo menos, reduzir drasticamente o seu número. Uma das esperanças reside precisamente no estudo das células estaminais, verdadeiros paraísos para os cientistas de todo o mundo (http://www.bionetonline.org/portugues/Content/sc_cont1.htm). Robert Langer, professor de Engenharia Biomédica no instituto MIT, está convencido de que estas células são a chave para se construir, por exemplo, corações artificiais, fígados, e até ossos (digam adeus ao mercado negro dos órgãos!) Segundo o mesmo, já é possível fazer nova pele para pacientes com queimaduras ou úlceras diabéticas. Tudo isto, já sem praticamente recorrermos a mortes desnecessárias…

Segue-se uma lista dos produtos que NÃO são testados em animais, segundo a organização PETA (People for Ethical Treatment of Animals):

http://www.guiavegano.com.br/vegan/produtos-veganos/empresas-que-nao-testam-em-animais/lista-da.html

Fotos: Campanha da NOAH, associação defensora dos direitos dos animais

Livro Da Semana

clip_image002Breve História De Quase Tudo, Bill Bryson

 

Há que admitir que a literatura, actualmente, está a passar por uma grave crise de criatividade. Basta darmos um pulinho à FNAC para constatarmos esta triste verdade: as prateleiras estão cheias de livros e praticamente nenhum deles merece ser lido. De facto, o que mais encontramos é obras estilo “Teoria da Conspiração”, policiais cuja história é sempre a mesma (“era-uma-vez-o-cadáver-de-uma-menina-encontrada-morta-no-bosque-de-uma-aldeia-qualquer” ou então “era-uma-vez-um-assassino-em-série-que-aterroriza-uma-cidade”), livros de cozinha saudável, livros de auto-ajuda (“Seja feliz”, “Controle o stress”, “Como ser bem-sucedido no seu trabalho”, “Como aprender a comunicar bem”) e, por fim, a literatura light, estilo Nora Roberts, Juliet Marriner, Dan Brown e Marion Zimmer Bradley. Resumindo: muita parra e pouca uva.

Para onde foi a boa literatura? Aquela, que nos faz pensar? Aquela que desvenda a alma humana? Aquela que nos maravilha? Aquela que deixa uma marca forte na história da Humanidade e nas nossas vidas?

Só há, neste momento, dois tipos de livros que ainda nos conseguem surpreender: a literatura de divulgação científica, política ou sociológica e a literatura do género fantástico. Quanto ao romance dito “sério”, ficamos com a sensação de que os escritores mais idosos estão todos a morrer, e os novos autores não são suficientemente bons para ficarem para a História.

Breve História de Quase Tudo não é um romance literário, é uma obra de divulgação científica, escrita por um homem que, não sendo cientista, decidiu escrever um livro que demonstrasse até que ponto este ramo da Sabedoria pode ser fascinante e viciar-nos. Está escrita de uma forma tão clara e tão divertida, que qualquer leitor, mesmo sabendo pouco de Ciência, consegue passar umas boas horas estiraçado numa cama, agarrado ao livro, como se este fosse um policial de intriga e acção. E se você pensa que os cientistas são tipos muito chatos, muito previsíveis, pouco religiosos, carrancudos e sem uma pinga de criatividade, prepare-se para o choque: a história da Ciência está carregada de episódios de intrigas, guerras de bastidores, génios megalómanos e mal-educados, visionários tímidos e fascinantes, episódios hilariantes e surrealistas, descobertas acidentais, expedições terrivelmente azaradas, teorias absurdas (dignas de uma série de ficção científica), guerra de sexos e rasgos de génio que mudaram a História da Humanidade.

Os livros não são apenas poesia e romance. São também injecções de cultura. Este, é um curso intensivo de História da Ciência. E é impossível largá-lo.

Enquanto esperamos pelo próximo Shakespeare…

Estante Do Mês

O título desta estante é muito sugestivo: Os Livros Que Fizeram Filmes. Desta vez, decidimos juntar o agradável ao prazer: horas de leitura, finalizadas com um bom filme.

Adaptar uma obra para cinema não é nem um pouco fácil: é preciso sabermos condensar em duas/Três horas uma narrativa que levou, no mínimo, vinte e quatro horas a ser lida. É preciso transportar as descrições para a atmosfera da película, é preciso retirar aquilo que é pormenor e basearmo-nos no essencial, para que um filme seja eficaz. É preciso escolhermos os actores certos e, por fim, realizarmos uma montagem que se adeqúe ao tema do livro. Tudo isto sem desvirtualizar ou danificar a história original. Por isso mesmo, o cinema é também, como a literatura, arte.

Os livros são acompanhados pelo respectivo filme (nem todos: uns estão alugados, outros não os temos). Tivemos o cuidado, desta vez, de colocar na “montra”, obras que foram de facto adaptadas para livros, e que fizeram história. Os alunos poderão levar o romance e o vídeo para casa… E compará-los no aconchego do lar!

sábado, maio 09, 2009

Hoje É O Dia Da Europa!

E, como não poderia deixar de ser, aqui está uma música dedicada à Comunidade Europeia. Ganhou o Festival da Eurovisão, no ano de 1990 e fez um bruto sucesso internacional.

Toto Cutugno - Insieme (“Juntos”, em italiano)

http://www.youtube.com/watch?v=G8256ETqf1E

 

E Que Tal Ouvir O Hino Da Comunidade Europeia?

Ludwing Von Beethoven – Ode à Alegria (Excerto)

http://www.youtube.com/watch?v=bpzx0PPnOsw&feature=related

 

…E Desta Vez, A Brincar!

Ode à Alegria, versão dos Marretas e de um Scanner

http://www.youtube.com/watch?v=xpcUxwpOQ_A

http://www.youtube.com/watch?v=n8W2AxXfbvM

sexta-feira, maio 08, 2009

Bibliomúsica

Absolutamente genial, o poema desta música, assim como o video! Os Depeche Mode continuam a fascinar e a perturbar o mundo.

Depeche Mode – Wrong (Com legendas)

quinta-feira, maio 07, 2009

Ganhámos!!!!

clip_image002

Serve este pequenino texto para avisar que a turma A do 7º ano, da Escola Secundária de Serpa, ganhou o segundo lugar no concurso Inês de Castro, patrocinado pelo Plano Nacional de Leitura em conjunto com a Fundação Inês de Castro, (grupo do 3º ciclo).

Como não podia deixar de ser, aproveitamos para dar os parabéns a todos os outros blogues que também foram contemplados com o primeiro, o segundo e o terceiro prémios.

De uma coisa termos nós temos a certeza absoluta: se no próximo ano lectivo, o Plano Nacional de Leitura decidir ir para a frente com um projecto semelhante a este, a futura turma do oitavo ano irá esmerar-se para conquistar não o segundo “galardão”, mas o primeiro!

Deixamos aqui a lista dos blogues premiados:

2º ciclo

1º prémio: http://pedroinesdeportugal.pt.to/

2º prémio: http://www.os-amores-de-pedro-e-ines.blogspot.com/

3º prémio: http://inesdecastro35.blogspot.com/

3º ciclo

1º prémio: http://sites.google.com/site/inesdecastro01/

2º prémio: http://lagrimasdafonte.blogspot.com/

3º prémio: http://amor-e-terno.blogspot.com/

Ensino Secundário

1º prémio: http://inesdecastro.pt.vu/

2º prémio: http://www.clube-de-leituras.pt//blogs/avefiaes/

3º prémio: http://www.duroferoamor.blogspot.com/

 

Foto: “Inês de Castro”, de Luís Filipe Coito

Vejam e Leiam

As alunas Carolina Valente e Mariana Dias, da turma A do 7º ano, criaram um booktrailer de se tirar o chapéu: pegando em imagens de outros filmes e envolvendo-os numa banda sonora poderosa, eis uma bela homenagem ao segundo volume da série Crepúsculo, de Stephenie Meyer: Lua Nova.

Divirtam-se e comprem este belo romance que tem tudo para agradar: acção, aventura, suspense, perigo… E muito, muito, muito romantismo.

terça-feira, maio 05, 2009

Livro Da Semana

clip_image002Crime e Castigo, de Fiódor Dostoiévski

 

É fácil matar? Ora, aí está uma pergunta muito interessante e, ao mesmo tempo, assustadora. Normalmente, os professores de Filosofia adoram colocá-la aos seus alunos e, sempre que o fazem, estão garantidos uns bons trinta minutos de aceso e apaixonado debate.

O sentimento da culpa tem sido sempre analisado e discutido no mundo da Literatura, mas nunca foi o tema central de uma narração ou poema. Normalmente, os remorsos (ou a ausência dos mesmos) surgiam já no fim da história, quando o “mau da fita”, já velho e abandonado, pedia desculpas à pobre vítima por tudo o que fez. Foi Dostoiévski (ver imagem, em baixo) o primeiro escritor a dissecar este “peso na consciência” de uma maneira bastante revolucionária e moderna, ou não fosse ele considerado, actualmente, como um dos pais do “romance psicológico”. Escrito no ano de 1866, a obra Crime e Castigo aborda o sentimento da culpa, e faz deste o tema central deste romance: poderá alguém matar alguém e nunca sentir remorsos pelo que fez?

A personagem principal deste livro, Raskolnikov, é um professor de línguas. Todavia, a sua extrema pobreza revolta-o, a cada dia que passa (não nos esqueçamos que, durante milhares de anos, o salário dos professores foi verdadeiramente miserável. Ainda hoje o é, em muitos países). O curso de Medicina que está tentando acabar é extremamente dispendioso e Raskolnikov, cheio de vergonha, sente-se um fardo para a família, pois é esta que está a pagar, à custa de muitos sacrifícios, os seus estudos. A indignação aumenta quando esta personagem descobre que a sua irmã vai ter que casar sem amor com um homem riquíssimo, de forma a poder equilibrar as finanças dos seus parentes. Sentindo nojo do mundo que o rodeia, Raskolnikov fecha-se no seu quarto e entra num estado de depressão profundo.

É então que lhe surge a ideia de matar uma velha agiota, imprestável e perversa, que vive da miséria e do desespero dos outros e cobre juros impensáveis por cada moedinha que empresta. Raskolnikov planeia o crime e consegue, de facto, assassinar esta mulher. Só que, a meio do caminho, acaba por tirar também a vida à irmã da vítima, pois esta quase que o apanhou em flagrante delito.clip_image004

Com um punhado de jóias valiosas na mão e duas mulheres mortas na sua consciência, o resto da história será passada numa atmosfera negra e sufocante. Para começar, o polícia detective que o interroga (e desconfia dele desde o início) é um homem muito humano, o que faz com que Raskolnikov se sinta ainda pior consigo mesmo. Mais tarde, um inocente confessa ter morto as duas mulheres (o livro explica porquê). O mal-estar apodera-se dele. E o cerco aperta-se, aperta-se, aperta-se… Confessará o seu crime?

Apesar de esta história já ter passado para o cinema e para a televisão inúmeras vezes, não há filme ou série que consigam ultrapassar a genialidade da escrita de Dostoiévski, não há nada que substitua a leitura deste livro. Pela primeira vez na história da Literatura, a personalidade das personagens são analisadas até ao último pormenor, numa perspectiva bastante “psicanalítica” e “psiquiátrica”. É como se o leitor fosse uma espécie de deus, que entra para dentro da cabeça de alguém, e consegue ler os seus pensamentos até ao último pormenor.

Angustiante e clarividente, eis um romance a não perder!

S.C.

domingo, maio 03, 2009

Feliz Dia Da Mãe!!!

clip_image002

Mãe!

Vem ouvir a minha cabeça a contar histórias ricas que ainda não viajei.

Traze tinta encarnada para escrever estas coisas! Tinta cor de sangue, sangue!

Verdadeiro, encarnado!

Mãe! Passa a tua mão pela minha cabeça!

Eu ainda não fiz viagens e a minha cabeça não se lembra senão de viagens!

Quando voltar é para subir os degraus da tua casa, um por um. Eu vou aprender de cor os degraus da nossa casa. Depois venho sentar-me a teu lado. Tu a coseres e eu a contar-te as minhas viagens, aquelas que eu viajei, tão parecidas com as que não viajei, escritas ambas com as mesmas palavras.

Mãe! Ata as tuas mãos às minhas e dá um nó-cego muito apertado! Eu quero ser qualquer coisa da nossa casa. Como a mesa. Eu também quero ter um feitio, um feitio que sirva exactamente para a nossa casa, como a mesa.

Mãe! Passa a tua mão pela minha cabeça!

Quando passas a tua mão pela minha cabeça é tudo tão verdade!

Almada Negreiros, A Invenção do Dia Claro, 1921.

clip_image004

À minha querida Mãe

Eis-me aqui em Portugal

Nas terras onde nasci.

Por muito que goste delas

Ainda gosto mais de ti.

Fernando Pessoa

(Tinha sete anos quando dedicou esta quadra à Mãe)

Foto de Rarindra Prakarsa e desenho de Kathy Pilgrim

sábado, maio 02, 2009

E Que Tal Um Trailer Para Um Livro?

clip_image002São poucas as pessoas que detestam trailers. Quase todas adoram chegar a horas à sala de cinema para ver aqueles dois minutos mágicos do próximo filme que fará as nossas delícias. Mas… E se os livros também oferecessem este aperitivo?

Chama-se Booktrailer e é uma das grandes loucuras do momento: inventado (como não podia deixar de ser!) pelos americanos, o objectivo é imaginar um mini-filme que motive o público para a leitura. As técnicas são exactamente iguais à arte de fazer um bom “anúncio cinematográfico”: não pode ter mais do que dois minutos; deve suscitar a curiosidade e o fascínio no espectador; tem que possuir uma “banda sonora” envolvente”; por fim, o título deve ficar (não é obrigatório) no fim do trailer.

Neste momento, há duas turmas nesta escola que estão a preparar booktrailers, que serão apresentados na Semana Da Leitura e no Dia das Línguas. Até lá, fiquem com estes pequenos e excelentes mini-filmes!

Bom visionamento… E boas leituras!

http://blogtailors.blogspot.com/2009/04/booktrailer-mao-esquerda-de-deus-de.html

http://www.youtube.com/watch?v=m3OKM4Q18V4

http://www.book-trailers.net/2007/09/test.html

http://blogtailors.blogspot.com/2009/04/booktrailer-galope-booksmile.html

http://blogtailors.blogspot.com/search/label/booktrailers

Foto retirada de: http://philip.greenspun.com/writing/reading

sexta-feira, maio 01, 2009

Hoje É O Dia Mundial Do Trabalhador!

 

Desde criança, adoro esta música do Mick Jagger. Embora não seja uma obra-prima, esta é daquelas canções optimistas e felizes, que iluminam um dia cinzento. E, neste vídeo, todos nós somos importantes, desde a simples mulher-a-dias até ao doutor cirurgião. Vale a pena ver e ouvir!

Mick Jagger- Let´s Work

http://www.contactmusic.com/videos.nsf/stream/mick-jagger-lets-work

Tradução da letra da canção:

Não vale a pena ficares sentado/a,

O mundo não te deve nada.

Não vale a pena bradares,

Quero mostrar-te algo.

Não gastes as energias

A fazeres inimigos.

Simplesmente respira fundo

E luta pelo que é teu.

Refrão

Vamos trabalhar!

Tem orgulho de ti mesmo/a!

Anda direito/a, toca as nuvens.

Sejas homem ou mulher,

Sê livre!

Vamos trabalhar,

Matar a pobreza!

Se estiveres sentado/a sem fazeres nada

Tornar-te-ás ganancioso/a.

Começarás a perder o juízo,

Começarás a “semear” ideias más.

A generosidade ensina-te a humildade,

Por isso, respira fundo.

Ninguém vai suar por ti,

Ninguém vai suspirar por ti,

Ninguém vai chorar por ti

Se és preguiçoso/a.

Ninguém vai trabalhar duro por ti,

Ninguém vai magoar-se no teu lugar,

Nada irá resultar para ti

Se fores preguiçoso/a.

Refrão

Arregaça as mangas e vamos trabalhar,

Levanta-te, sê livre,

Arregaça as mangas,

Tira a tua camisa,

E vamos trabalhar!