É sempre assim: sempre que algum aluno ou professor deseja ilustrar alguns dos seus trabalhos com gravuras e imagens deslumbrantes, cedo ou tarde acaba por “tropeçar” neste movimento artístico da história da pintura. Mulheres belíssimas, cavaleiros puros de alta espada erguida, fontes e rios reflectindo virgens e deusas, histórias do Rei Artur e do feiticeiro Merlin, São Jorge e o Dragão, todo o universo pré-rafaelita possui uma beleza de cortar a respiração. Mas… Quem foram eles?
Custa a acreditar que estes pintores tenham causado escândalo, na época. Nós, que vivemos no século XXI e já vimos e ouvimos (quase) tudo, não podemos deixar de sorrir, quando ficamos a saber que a Royal Academy considerou as suas obras “perturbantes”. E, no entanto, eles foram, de facto, revolucionários: em vez de pintarem retratos de burgueses ricos e maçadores, os pré-rafaelitas pintavam sonhos, lendas, histórias do povo e a suprema beleza. A sua inspiração vinha das histórias do rei Artur, romances de cavalaria, amores trágicos e proibidos e, acima de tudo, este movimento de artistas buscava a pureza perdida do ser humano. Mais ainda, a forma como amavam Deus era muito pouco comum: acreditavam mais na energia da terra, na sabedoria dos antigos, do que em Deus ou Jesus Cristo. Por fim, estamos a falar de homens (e mulheres!) que, embora respeitassem o progresso e a Ciência, achavam horrível a produção em série, preferindo, em vez disso, o artesanato. Foram fotógrafos, poetas, escritores, ourives, oleiros, vidreiros.
É importante que nos lembremos que o século XIX, na Inglaterra, não era um século bonito e feliz: as centenas de fábricas à volta de Londres empestavam o ar e, anualmente, matavam dezenas de milhar de seres humanos. A esperança de vida era de 36 anos (para quem tivesse muita, MUITA sorte), e a esmagadora maioria dos londrinos vivia uma existência de escravo, enquanto que uma pequena minoria usufruía de uma vida cheia de luxo e de opulência.
Cansados de tanta fealdade, os pré-rafaelistas inspiraram-se na arte antiga, vinda do Renascimento. Imitavam a perfeição dos antigos, tentando ser melhor do que eles. Daí o nome “Pré-Rafaelita”, ou seja, antes do pintor Rafael.
Fizeram parte deste movimento génios como Edward Burne-Jones (dois quadros dele estão expostos no museu Gulbenkian), Dante Gabriel Rossetti, William Morris, William Blake, John Everett Millais, Christina Georgina Rossetti (excelente poetisa), entre outros.
Apresentamos-te uma galeria irresistível deste movimento. E se o visionamento destas obras te agradou, aconselhamos-te a visitar um site muito especial, criado por uma portuguesa, de nome Mariana. Chama-se Old Painting e trata-se de um blog que tem, como objectivo, expor uma obra de pintura POR DIA!!
É um verdadeiro jantar para os olhos!
Custa a acreditar que estes pintores tenham causado escândalo, na época. Nós, que vivemos no século XXI e já vimos e ouvimos (quase) tudo, não podemos deixar de sorrir, quando ficamos a saber que a Royal Academy considerou as suas obras “perturbantes”. E, no entanto, eles foram, de facto, revolucionários: em vez de pintarem retratos de burgueses ricos e maçadores, os pré-rafaelitas pintavam sonhos, lendas, histórias do povo e a suprema beleza. A sua inspiração vinha das histórias do rei Artur, romances de cavalaria, amores trágicos e proibidos e, acima de tudo, este movimento de artistas buscava a pureza perdida do ser humano. Mais ainda, a forma como amavam Deus era muito pouco comum: acreditavam mais na energia da terra, na sabedoria dos antigos, do que em Deus ou Jesus Cristo. Por fim, estamos a falar de homens (e mulheres!) que, embora respeitassem o progresso e a Ciência, achavam horrível a produção em série, preferindo, em vez disso, o artesanato. Foram fotógrafos, poetas, escritores, ourives, oleiros, vidreiros.
É importante que nos lembremos que o século XIX, na Inglaterra, não era um século bonito e feliz: as centenas de fábricas à volta de Londres empestavam o ar e, anualmente, matavam dezenas de milhar de seres humanos. A esperança de vida era de 36 anos (para quem tivesse muita, MUITA sorte), e a esmagadora maioria dos londrinos vivia uma existência de escravo, enquanto que uma pequena minoria usufruía de uma vida cheia de luxo e de opulência.
Cansados de tanta fealdade, os pré-rafaelistas inspiraram-se na arte antiga, vinda do Renascimento. Imitavam a perfeição dos antigos, tentando ser melhor do que eles. Daí o nome “Pré-Rafaelita”, ou seja, antes do pintor Rafael.
Fizeram parte deste movimento génios como Edward Burne-Jones (dois quadros dele estão expostos no museu Gulbenkian), Dante Gabriel Rossetti, William Morris, William Blake, John Everett Millais, Christina Georgina Rossetti (excelente poetisa), entre outros.
Apresentamos-te uma galeria irresistível deste movimento. E se o visionamento destas obras te agradou, aconselhamos-te a visitar um site muito especial, criado por uma portuguesa, de nome Mariana. Chama-se Old Painting e trata-se de um blog que tem, como objectivo, expor uma obra de pintura POR DIA!!
É um verdadeiro jantar para os olhos!
S.C
http://pt.wikipedia.org/wiki/Academia_Real_Inglesa
1 comentário:
Obrigada pelo "plug" e pelo belíssimo slide show. O Burne-Jones é com certeza um dos meus favoritos.
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