terça-feira, maio 20, 2014

Música = como agradar a um parceiro sexual


                Por que motivo escrevemos romances, fazemos poesia, compomos belas músicas ou cantamos? Ao longo dos séculos, têm aparecido as explicações mais plausíveis e também as mais palermas: a arte é uma forma requintada de mostrar ao grupo a que eu pertenço que possuo uma mente superior; a arte é uma maneira de competirmos civilizadamente; a arte é uma forma de “escapismo”, de fugirmos deste mundo; a arte foi criada com o objetivo de legitimar o poder de um determinado clã ou facção poderosa; a arte foi-nos oferecida pelos deuses; etc.
No entanto, é no século XIX que o dedo é “colocado na ferida” e se fala daquilo que incomoda muita gente: a arte foi criada com um único e simples objetivo: captar a atenção do parceiro que nos atrai sexualmente. Quem sugeriu esta ideia pela primeira vez foi – como não podia deixar de ser – o pai da Teoria da Evolução, Charles Darwin, na sua obra A Descendência do Homem e Seleção Sexual. Segundo o mesmo, uma música mais complexa e mais melodiosa teria sido “inventada” por parceiros masculinos que, não possuindo características físicas associadas à proteção e segurança – um corpo alto ou grandes músculos – deram “a volta ao problema” através da criatividade e, assim, conseguiram seduzir as fêmeas que - não fosse a música - teriam ficado com o “gorila” meio apalermado do grupo. E o mesmo se poderá dizer de todas as restantes artes. (Não nos esqueçamos que, durante muito tempo, a arte de cortejar era um privilégio dos homens e não das mulheres. Com efeito, as mulheres ditas “sérias” não faziam “essas frescuras”. Curiosamente, as musas da Antiga Grécia – supostamente as inspiradoras de vários tipos de artes – são todas do sexo feminino…)
E parece que esta teoria é bem capaz de ser verdadeira: no passado mês, o psicólogo Benjamim Charlton, da Universidade de Sussex (Inglaterra), desafiou 1.400 mulheres a escutarem, no espaço de um mês, vários tipos de música. Chegou-se à conclusão que, durante o período menstrual, a esmagadora maioria dos membros do sexo feminino sentiram-se mais sexualmente atraídas por compositores cujas composições musicais eram as mais complexas! Este estudo – publicado na revista científica Proceedings of the Royal Society – veio, portanto, confirmar aquilo que Darwin já afirmava: toda e qualquer arte ou atividade que não pareça trazer qualquer benefício palpável, prático e imediato a um grupo tem como origem a seleção não do mais forte mas do “mais atraente” (poderão ler o estudo aqui ).
     Obviamente, com a evolução das nossas sociedades, estas artes passaram a ser usadas para outros benefícios como, por exemplo, alegrar uma multidão, agradar a um Deus, valorizar a importância de um determinado chefe de uma tribo, etc. Mas originalmente, foi criada para atrair parceiros sexuais. Aliás, um dos maiores sedutores da história da música foi o pianista e compositor Franz Liszt (século XIX) que, como vemos na imagem em baixo, foi dos primeiros a aturar aquilo que hoje chamamos as groupies

      Se calhar é daqui que vem o mito “tão bonito/a, tão burrinho/a”: como as pessoas bonitas não precisam de se esforçar muito para arranjar parceiros e grupos, não precisam de usar o cérebro e a imaginação com mais frequência. São os humanos mais feios e menos beneficiados pela mãe natureza que não têm outro remédio senão serem criativos… sob pena de não conseguirem espalhar os seus genes para as próximas gerações. 
       Em suma: terá sido o ciclo menstrual o verdadeiro papá da música?? 
       Aguarda-se o debate…

Imagens retiradas daqui e daqui

segunda-feira, maio 19, 2014

Parlamento dos Jovens, uma aventura!



Nos dias 5 e 6 de maio as alunas da Escola Secundária de Serpa Catarina Faquinéu e Vera Gomes (9ºA), deputadas eleitas do Círculo de Beja, Ana Xavier, repórter (9ºA) e a sua professora Susana Moreira, juntaram-se ao grupo de alunas e professora da Escola Frei António das Chagas, Vidigueira e desenvolveram um intenso trabalho que culminou na elaboração de um projeto de Recomendação à Assembleia da República, no âmbito do tema em discussão: "Drogas-Evitar e Enfrentar". O círculo de Beja iniciou os trabalhos na 1ª comissão, conjuntamente com Aveiro, Braga, Castelo Branco, Coimbra, Vila Real e Açores, perfazendo um total de 30 deputados.



Durante os trabalhos do 1º dia os professores e jornalistas participaram numa visita guiada ao Palácio de S. Bento. Após o lanche, os deputados de todos os distritos reuniram-se na Sala do Senado, onde assistiram à atuação da turma do 8º ano do ensino articulado da Escola Básica de Rio Tinto Nº2. Após o Jantar no Palácio de S. Bento, os alunos foram transportados para a Pousada de Almada que desfruta de uma vista maravilhosa sobre o rio Tejo e Lisboa. 

Restabelecidas de um dia cheio, de manhã cedo, regressaram à AR e retomaram-se os trabalhos, sempre na sala do Senado, durante todo o dia. Primeiro os deputados tiveram oportunidade de colocar questões aos deputados em representação dos Grupos Parlamentares, depois procedeu-se à conclusão do debate e votação final global da Recomendação. 
No final do dia, uma grande dor de cabeça, mas uma grande satisfação. 

Fizeram-se novas amizades, partilharam-se ideias e acima de tudo saímos com o sentimento de que PORTUGAL TEM FUTURO!







terça-feira, maio 13, 2014

A Biblioteca mais fabulosa do mundo é portuguesa!!

A Biblioteca mais fabulosa do mundo é portuguesa!!

Pelo menos, essa é a opinião do site Bookriot. Aliás, este site também já tinha eleito a Livraria Lello como sendo também a mais bela do mundo. Pelos vistos, os responsáveis por esta página parecem conhecer bem Portugal, e têm sido muitas as opiniões de estrangeiros, vindos de todos os cantos do mundo, que têm corroborado os seus pontos de vista.
Dona de 36.000 volumes, muitos deles raros e magníficos – por exemplo, possui uma coleção de incunábulos (as primeiras obras impressas, que imitam os manuscritos) - este espaço de estudo e prazer não guarda apenas obras de literatura: desde composições musicais até tratados de medicina, desde obras dedicadas ao estudo da Botânica até manuscritos de filósofos, sem falarmos de saberes como a Matemática ou Direito Civil, a biblioteca chega a rivalizar, segundo a wikipedia, com a famosa abadia de Melk, na Áustria. Foi construída pelo arquiteto Manuel Caetano de Sousa, e é uma das muitas maravilhas do Convento de Mafra, que começou a ser construído no ano de 1717.
Apesar de nós portugueses nos sentirmos muito babados com a eleição, convém lembrar que o site bookriot… é apenas um site. No entanto, convém referir que, sempre que se fala em belas bibliotecas e livrarias em todo o mundo, a nossa querida Lello e a nossa querida Mafra fazem sempre parte do bolo das “dez mais” ou “vinte mais”.
Só mais uma pequena curiosidade: o segredo da preservação destes documentos antiquíssimos e ultra-valiosos não se deve a químicos caros, nem a detergentes, nem a condições de arejamento especiais. Deve-se, isso sim, à velhinha e muito prática mãe natureza, que dá a sua “mãozinha” através de uma espécie fascinante chamada… morcegos. Isso mesmo!: estes mamíferos fabulosos e – tristemente! – muito mal compreendidos, vagueiam pela noite, comendo insetos e ratos. Aliás, eles gostam tanto desta iguaria que chegam a comer, todos os dias, metade do seu peso! Desta forma, preservam materiais tão frágeis como o papel. No entanto, e ao contrário do que muitos sites dizem, os morcegos não estão presos em caixas, sendo soltos de manhã. Pelo contrário, andam soltos pela biblioteca há mais de duzentos anos e, pelos vistos, ninguém parece muito incomodado da sua companhia… (para saberes mais, vê este vídeo da rtp, dedicado à biblioteca de Mafra e aos seus morcegos, aliados de há muito tempo, e que a preservam.


Para aqueles que têm pavor destes “bichinhos”, aqui vai uma palavrita de consolo: a não ser que lá queiram dormir uma noite, esta espécie – como toda a gente já devia saber – é notívaga. Por isso, estes mamíferos fascinantes nunca são vistos pelos visitantes. Pela minha parte, adoraria vê-los: os morcegos, como todos os mamíferos, são muitíssimo inteligentes, afetivos, e é bastante fácil criarmos laços de amor com estes animais.
Está decidido: vou arrastar o meu colchão para a biblioteca de Mafra e viver ali para sempre!

Imagens retiradas daqui e daqui .