segunda-feira, dezembro 22, 2008

PESSOA ASTROLÓGICO – NO REINO DE CAPRICÓRNIO

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Chegados ao solstício de Inverno, entramos no reino de CAPRICÓRNIO (de 22/Dezembro a 20/Janeiro), um novo ciclo celebrado no poema que, significativamente, dá título ao segundo livro da “Mensagem” - “Mar Português”.

Neste poema, alusivo ao décimo signo do Zodíaco (que completa, com Touro e Virgem, a trilogia dos signos associados ao elemento Terra), o poeta não exalta reis, homens de Estado ou, sequer, navegadores… Neste poema, é a “conquista” do Oceano que é celebrada, com todos os sacrifícios e gratificações envolvidos.

X. MAR PORTUGUÊS

Ó mar salgado, quanto do teu sal

São lágrimas de Portugal!

Por te cruzarmos, quantas mães choraram,

Quantos filhos em vão rezaram!

Quantas noivas ficaram por casar

Para que fosses nosso, ó mar!

Valeu a pena? Tudo vale a pena

Se a alma não é pequena.

Quem quer passar além do Bojador

Tem que passar além da dor.

Deus ao mar o perigo e o abismo deu,

Mas nele é que espelhou o céu.

Representado por uma curiosa figura mitológica que combina corpo de cabra (evocando os picos rochosos da montanha) e cauda de peixe (reconduzindo-nos às profundezas abissais do oceano), Capricórnio realiza a síntese da altura e da profundidade, na perseverante escalada do Ser Humano em direcção à Luz.

Capricórnio convida-nos a redescobrir, em nós próprios, o imenso potencial, que todos temos, para alcançar o topo, o cume, o pico… o que é ainda mais alto (e mais profundo) do que o que julgáramos ser o mais alto… Uma caminhada de auto-aperfeiçoamento que requer paciência e persistência, tal qual a caminhada da semente no interior da terra enregelada, na sua longa marcha em direcção à longínqua germinação e à ainda mais longínqua frutificação (e gloriosa colheita!).

É nas profundezas da terra invernal que se elabora esta lenta e delicada obra de crescimento. Do mesmo modo, a natureza do nativo de Capricórnio constrói-se sobre um primeiro movimento de contracção, de retraimento sobre si, para depois se exteriorizar num processo de elevação e expansão no Mundo, manifestando e afirmando o seu valor profundo, geralmente ignorado durante muito tempo pela própria pessoa.

Há dores envolvidas nesta realização de si mesmo: lágrimas, preces ignoradas, sacrifícios de toda a ordem… Mas "tudo vale a pena / se a alma não é pequena.". E é a alma grande de Capricórnio que assegura a força interior indispensável para enfrentar, sem desanimar ou soçobrar, os inúmeros obstáculos que o ameaçam ao longo da jornada.

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É hora de evocar GIL EANES, navegador português e escudeiro do Infante D. Henrique, primeiro a navegar além do Bojador (1434), dissipando o terror supersticioso que este promontório inspirava.

Segundo “reza” a História, entre 1424 e 1433, Gil Eanes terá participado de quinze expedições com a missão de sobrepujar o cabo maldito. Todas fracassaram, o que não surpreende… O Cabo Bojador era, popularmente, conhecido como “Cabo do Medo”. A 5 quilómetros da costa, em pleno alto mar, a profundidade era de apenas 2 metros, provavelmente devido ao assoreamento provocado por milhares de anos de tempestades de areia oriundas do deserto saariano. Ondas alterosas e recifes de arestas pontiagudas fervilhavam naquela região, tornando a navegação particularmente arriscada.

Mas nada disto fez desanimar o persistente Gil Eanes! Como lembra o poeta, "quem quer passar além do Bojador / tem que passar além da dor.” Em Maio de 1434, Gil Eanes aparelhou uma barca de 30 toneladas, com um só mastro e uma única vela redonda, movida a remos e parcialmente coberta. Ao chegar às proximidades do “Cabo do Medo”, manobrou, determinado, para Oeste, afastando-se da costa africana. Após um dia inteiro de navegação longe da costa, deparou com uma baía calma e abrigada. Dobrou então para Sudeste e percebeu que havia, enfim, deixado o Cabo Bojador para trás. Assim descobria Gil Eanes – e, com ele, toda a nação portuguesa, e toda a humanidade – que “Deus ao mar o perigo e o abismo deu, / mas nele é que espelhou o céu."

sexta-feira, dezembro 19, 2008

Lição de Vida

A Dor

clip_image001Deixei os meus amigos,

A minha família,

O meu lar,

A minha terra,

O meu país…

Cheguei…

Fui Ignorado.

Fechei-me sozinho,

Chorei e chorei,

Com a esperança que algo

Me libertasse.

A minha cor,clip_image003

A minha língua,

A minha maneira de ser,

A minha dignidade,

O meu direito de viver,

Tudo me tiraram!

Abandonada,

Sem casa,

Sem trabalho,

Sem nada,

Sozinha num país.

Num país que eu não conheço.

Poema de Jessica Agostinho, 7º B



…E a Turma do 7º B celebrou o Dia Internacional Das Migrações

clip_image002 São cada vez mais as pessoas que se vêm obrigadas a sair dos seus próprios países: as guerras, as mudanças climáticas, as intolerâncias étnicas e religiosas, a fome e os problemas económicos, todos estes factores têm vindo a aumentar o número de “refugiados”, em todo o mundo. Portugal é uma destas nações: os emigrantes portugueses, quer sejam da primeira ou da segunda geração, já somam cerca de quinze milhões de cidadãos, espalhados pelos quatro cantos do planeta. No entanto, os nossos problemas, comparados com os de muitas nações, são minúsculos. A título de exemplo, é imperativo vermos o filme Hotel Ruanda, disponível na nossa biblioteca.

É por isso que a turma B do 7º ano nos alerta para o dever de respeitarmos a diferença dos outros. Todos nós queremos ser amados e valorizados, especialmente num país que não é nosso. Convém recordarmo-nos sempre que todas estas pessoas estão a passar por um período muito conturbado nas suas vidas: não conhecem a língua, não conhecem os nossos usos e costumes, e deixaram para trás famílias e amigos, porque desejam um futuro melhor. É preciso ajudá-los, apoiá-los, guiá-los. Porque a intolerância de hoje constrói os monstros do futuro!

Deixamos aqui um poema do aluno Pedro Soares. Ficarão, para os próximos dias, os restantes trabalhos. Porque o Natal já está perto…

 

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O Medo Na Guerra

Se te encontrares cercado

Pelo Exército Inimigo

E tiveres medo,

Não temas o medo,

Confia nos teus amigos.

Eles são o teu orgulho,

A tua alegria,

Luta contra toda a tirania

Usa toda a capacidade e força

Para derrotares clip_image005esse inimigo,

O medo.

Quando o derrotares,

Reinarás com orgulho e pureza,

Com saúde e sem tristeza.

Para saberes mais sobre o filme Hotel Ruanda:

http://hollywood.weblog.com.pt/arquivo/2005/02/hotel_rwanda_a.html

quinta-feira, dezembro 18, 2008

A Turma A do 7º Ano Explica o Que É o Natal…

O Departamento de Línguas da nossa escola decidiu festejar o final do primeiro período, com uma série de actividades relacionadas com o dia de Natal, de nome Natal Europeu. Houve um pouco de tudo: receitas alusivas à quadra, vindas de vários países; representações de várias peças de teatro do clube de teatro da nossa escola ((En)Cena); exposição de brinquedos antigos e novos, montada pelos alunos do curso profissional TAP; e foram também desenvolvidos trabalhos de pesquisa sobre os usos, cantares e tradições deste dia especial, em vários países da Comunidade Europeia. Todas estas actividades tiveram lugar na sala de convívio dos alunos, com muita decoração e alegria à mistura. Em breve, falaremos mais destes três dias…

No caso da disciplina de Inglês do 7º ano, a professora sugeriu à sua turma que se fizesse um pequeno filme. Nele, os alunos explicariam por que razão o Natal é ainda hoje um dia tão especial, para todos nós. Quase todos realçaram o valor da família e alguns (é claro!) falaram do prazer de receber presentes. Porém, não nos devemos esquecer de um pormenor importante: o Natal celebra o nascimento de Jesus Cristo. E embora todos saibamos, actualmente, que esta data é fictícia (ainda hoje não se sabe ao certo quando nasceu o Filho do Homem), este feriado deve servir, acima de tudo, para pensarmos no valor que damos às coisas verdadeiramente importantes da vida: o desejo de partilharmos e a força do perdão.

Resta-nos agradecer à equipa do Centro de Recursos, por nos terem disponibilizado a câmara de Filmar e o tripé, precisamente numa altura em que quase todas as turmas estavam mergulhadas em mil e uma actividades e, por isso mesmo, estavam sempre a requisitá-la!

S.C.

quarta-feira, dezembro 17, 2008

A Ciência Explica

Por que razão os focinhos dos cães são pretos?

 

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Nem todos os cães têm focinho preto (é o caso de algumas raças, como a Weimaraner, de focinho acinzentado ou até rosado), embora a esmagadora maioria deles possuam esta característica. A razão é muito simples: o corpo de um canídeo está coberto de pêlo da cabeça até às patas. O focinho é a única parte que não está protegida por este mecanismo de defesa.

Se não fosse uma proteína chamada Melanina, os focinhos dos cães (tal como os humanos de tez clara) poderiam facilmente sofrer de um cancro de pele. Aliás, os nossos “amigos de quatro patas” da raça acima mencionada (ver foto) têm que usar protector solar nos seus “narizes”. A Melanina é uma espécie de armadura eficaz: à falta de pêlo ou de asas, a pele fica exposta à violência dos raios solares. Para se proteger, acciona esta substância, escurecendo, assim, as zonas do corpo mais frágeis. É por isso que, no Verão, nós ficamos bronzeados!

No entanto, à medida que os séculos passam, e consoante o tipo de clima vivenciado por cada espécie ou raça, as doses da Melanina podem ser maiores ou menores. No caso dos cães, o seu código genético já “programou” o escurecimento do focinho, assim que estes atinjam as quatro semanas de vida. Finalmente, se algumas espécies não cumprem esta regra da Natureza, tal facto deve-se mais ao capricho do ser humano, que gosta de fazer selecções, para “apurar” uma raça. Com o tempo, uma característica física “anormal” de um grupo, passa a ser a norma…

S.C.

terça-feira, dezembro 16, 2008

De Onde É Que Vem A Expressão…

A Pensar Morreu Um Burro

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Utilizamos risonhamente esta expressão, quando nos referimos de alguém que leva imenso tempo a tomar decisões, por mais simples que elas sejam. Ou seja, nunca mais se chega a uma solução concreta, porque a pessoa que devia estar encarregada de a resolver, “empata” tudo com a sua lentidão.

A origem desta expressão vem famoso dilema criado pelo filósofo Jean Buridan (século XIV), de nome “O Asno de Buridan”. Ao querer condenar todos aqueles que levam imenso tempo a tomar decisões, este pensador imaginou um burro cheio de sede e cheio de fome. Pior ainda, a sua sede era tão forte e tão intensa como a sua fome. De repente, vê-se à frente de duas tigelas. Uma estava cheia de água e a outra de comida. O que fazer? Deverá beber primeiro? Mas a barriga aperta tanto…

Não é difícil adivinharmos o fim da história: o burro ficou confuso de tal maneira, que acabou por morrer devido às duas carências. Como nunca mais se decidia…

 

Depois De Mim, O Dilúvio

clip_image003 Esta é outra expressão que, infelizmente, já está a cair em desuso. No entanto, ainda pode ser encontrada em vários jornais e revistas deste país. Normalmente, esta é uma frase que muitos escritores de crónicas ainda gostam de utilizar nas suas opiniões. Mas… “Dilúvio” porquê?

Segundo o livro sagrado dos cristãos, a Bíblia, Deus fartou-se da crueldade dos homens e decidiu inundar o planeta de água, afundando, assim, todos os seres humanos que estavam cheios de maldade e de perversidades. Só uma família escapou à fúria do Criador: a família de Abraão escapou da tragédia porque construíra uma gigantesca arca, cheia de todas as espécies animais do mundo.

Rezam as más-línguas que quem proferiu esta frase pela primeira vez foi o Rei francês Luís XV (uma outra versão da história afirma que quem disse tal disparate foi a sua amante, a Madame Pompadour). No entanto, os estudiosos franceses são quase unânimes: Luís XV era um péssimo monarca. Só se interessava por caçadas e por viver no maior dos luxos, totalmente indiferente ao sofrimento do seu próprio povo, que morria à fome.

O sentido desta expressão já começa a ser claro: as pessoas que dizem “depois de mim, o dilúvio” são pessoas egoístas, que só se preocupam consigo mesmas e que não sentem qualquer emoção ou interesse pelos problemas ou sofrimento dos outros. É como se dissessem: o mundo pode explodir, que eu não quero nem saber.

S.C.

Os Cães é Que Sabem!!

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Você já se imaginou a agir com a Sabedoria Canina ?
A vida teria uma perspectiva muito mais amistosa.

1. Nunca deixe passar a oportunidade de sair para um passeio.
2. Experimente a sensação do ar fresco e do vento na sua face por puro prazer.
3. Quando alguém que você ama se aproxima, corra para saudá-la(o).
4. Quando houver necessidade, pratique a obediência.
5. Deixe os outros saberem quando invadiram o seu território.
6. Sempre que puder tire uma soneca e se espreguice antes de se levantar.
7. Corra, pule e brinque diariamente.
8. Coma com gosto e entusiasmo, mas pare quando estiver satisfeito.
9. Seja sempre leal.
10. Nunca pretenda ser algo que você não é.
11. Se o que você deseja está enterrado, cave até encontrar.
12. Quando alguém estiver passando por um mau dia, fique em silêncio, sente-se próximo e, gentilmente, tente agradá-lo.
13. Quando chamar a atenção, deixe alguém tocá-lo.
14. Evite morder quando apenas um rosnado resolve.
15. Nos dias mornos, deite-se de costas sobre a relva.
16. Nos dias quentes, beba muita água e descanse em baixo de uma árvore frondosa.
17. Quando você estiver feliz, dance e balance todo o seu corpo.
18. Não importa quantas vezes for censurado, não assuma a culpa que não tiver e não fique amuado... Corra imediatamente de volta para seus amigos.
19. Alegre-se com o simples prazer de uma caminhada.

(Autoria de James Pizarro)

segunda-feira, dezembro 15, 2008

Lição de Vida – Ary Dos Santos

Kyrie (“Senhor” na língua grega)

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Em nome dos que choram,
Dos que sofrem,
Dos que acendem na noite o facho da revolta
E que de noite morrem,
Com a esperança nos olhos e arames em volta.
Em nome dos que sonham com palavras
De amor e paz que nunca foram ditas,
Em nome dos que rezam em silêncio
E falam em silêncio
E estendem em silêncio as duas mãos aflitas.
Em nome dos que pedem em segredo
A esmola que os humilha e os destrói
E devoram as lágrimas e o medo
Quando a fome lhes dói.
Em nome dos que dormem ao relento
Numa cama de chuva com lençóis de vento
O sono da miséria, terrível e profundo.
Em nome dos teus filhos que esqueceste,
Filho de Deus que nunca mais nasceste,
Volta outra vez olhos e arames em volta.
Em nome dos que sonham com palavras
De amor e paz que nunca foram ditas,
Em nome dos que rezam em silêncio
E falam em silêncio
E estendem em silêncio as duas mãos aflitas.
Em nome dos que pedem em segredo
A esmola que os humilha e os destrói
E devoram as lágrimas e o medo
Quando a fome lhes dói.
Em nome dos que dormem ao relento
Numa cama de chuva com lençóis de vento
O sono da miséria, terrível e profundo.
Em nome dos teus filhos que esqueceste,
Filho de Deus que nunca mais nasceste,
Volta outra vez ao mundo!

(Fotografia de Yannis Kontos)


e uma musiquita para alegrar depois do poema


domingo, dezembro 14, 2008

Livro Da Semana

Romeu e Julieta, de William Shakespeare.

clip_image001 É extraordinário como toda a gente já ouviu falar deste par amoroso, nem que tenha sido pela feliz música de Daniela Mercury. E quase todos conhecem a história: dois jovens de duas famílias poderosas e rivais apaixonam-se perdidamente um pelo outro, a ponto de preferirem morrer juntos do que viverem separados um do outro. Por que razão, então, este blog está a aconselhar a leitura de um livro, cujo fim já todos conhecem?

Em primeiro lugar, Shakespeare, após tantos séculos passados (foi um escritor inglês do século XVI/XVII) continua a ser, na opinião de muitos, o maior dramaturgo de todos os tempos: ninguém como ele conseguia entender tão bem a alma humana; ninguém como ele entendia tão bem os jogos de poder, criados nos bastidores de palácios ou de famílias aristocráticas; por fim, ninguém como ele entendia tão bem a força do Amor.

Para terminarmos, Shakespeare foi um génio da literatura. Os seus dramas, comédias e poemas estão esplendorosamente escritos. É essa a grande razão porque este autor continua a ser lido por sucessivas gerações de leitores. As suas obras passam de pai para filho, de avô para neto, como se fossem jóias raras e valiosas, vindas de uma herança de família. Em todas as bibliotecas do mundo, privadas ou públicas, há sempre um Romeu e Julieta nas estantes, nem que este já tenha a capa gasta e rota, de tanto ter sido lido e manuseado… E nem precisamos de falar das vezes em que esta peça de teatro já foi em cena, sempre com as salas cheias!

No mundo consumista e superficial em que vivemos, onde já não parece haver espaço para o Amor, vale a pena relermos esta obra eterna, que celebra o melhor que existe no ser humano: a nossa capacidade de nos entregarmos aos outros e a força do Perdão.

Deixamos aqui uma sugestão: vale sempre a pena vermos ou revermos a famosa adaptação moderna (uma entre muitas) para cinema de Romeu e Julieta, do realizador Baz Luhrmann, o mesmo que fez o filme Moulin Rouge.

http://br.youtube.com/watch?v=-pkiy2dFUag&feature=related

BIBLIOMÚSICA,

Descobrimos a música do anúncio do El Corte Ingles!

sábado, dezembro 13, 2008

Baú da Avozinha

Michelangelo Merisi da Caravaggio

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Se existe um artista que representa na perfeição o mito de “que só os loucos é que fazem Arte”, Caravaggio é o exemplo perfeito. Brilhante, genial, controverso, este pintor nasceu na cidade de Caravaggio, no ano de 1571 (daí o seu apelido: Miguel da cidade de Caravaggio) e morreu em 1610. Muito jovem, portanto. O que não é para espantar, tendo em conta o estilo de vida que levava.

Já desde a sua infância, levava a pintura muitíssimo a sério, e todos os estudiosos da sua vida concordam que era um perfeccionista. O seu estudo exaustivo do corpo humano fez com que ele pintasse todo o tipo de seres humanos: jovens e velhos, homens e mulheres, doentes e sãos, amputados e deficientes. Com efeito, a sua procura incessante pela perfeição gerou todo o tipo de boatos sinistros. Um deles foi acusarem-no de “pescar” uma prostituta morta no rio Tibre, para pintar uma das suas obras mais famosas: A Morte da Virgem. Se tal é verdade, não o sabemos. Porém, temos que admitir que a vida deste pintor convidava a todo o tipo de estranhos rumores: Caravaggio era um homem que, quando o desejava, conseguia ser bastante violento. Andava envolvido com pessoas muito duvidosas, frequentava os lugares mais duvidosos e, inclusivamente, teve a sua cabeça a prémio em Roma, por ter assassinado um jovem (não foram poucas as vezes em que ele esteve quase para ser morto por pintores rivais). Em suma: o seu génio e o seu carácter produziam inimigos em toda a parte e muitos poucos amigos.

Porém, ninguém lhe negava o génio e, embora toda a sua vasta obra reflicta o lado triste e amargurado da sua alma, ao mesmo tempo está cheia de uma luz imensa, que parece vir das profundezas. Caravaggio via beleza em tudo e todos, e até o corpo mais deformado, pintado por ele, parecia ter caído do céu. Aliás, o estilo Barroco, que surgiu no século XVII, pelas mãos de Itália, era perfeito para criar a atmosfera que ele desejava para as suas obras: um imenso mar de sombras, quase a engolir um pedaço de sol e um oceano de cores fortes e quentes.

Mas o sol vence sempre…

Deixamos-te aqui uma galeria de retratos deste grande génio.

 Marta e Maria Madalena (2) os jogadores de cartas (2)a negação de pedro (2) abundância Narciso (2)  a anunciação (2)

Link para saberes mais do estilo Barroco:

http://www.notapositiva.com/trab_estudantes/trab_estudantes/historia/historia_trab/barroco.htm

sexta-feira, dezembro 12, 2008

A Ciência Explica

Por Que Razão, Quando Estamos Nervosos, Ficamos Com a Garganta Seca??

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Toda a gente já vivenciou esta sensação bastante incómoda: deve ter sido naquela ocasião em que nos pediram para falar para o público. Ou então, foi naquele momento em que ficámos com a sensação de que alguém mal-encarado parecia estar a perseguir-nos na rua… Ou terá sido naquele dia em que viajámos de táxi ou de autocarro e deixámos lá ficar o computador? Seja como for, o efeito é sempre o mesmo: suores frios e uma garganta seca como a cortiça. Mas… Por que razão isto acontece?

Quando estamos tensos e só pensamos em “fugir” de uma situação embaraçosa, o corpo humano reage de uma forma bastante instintiva: pura e simplesmente “desliga” os órgãos que, nesse momento, estão a trabalhar e que são desnecessários para a “fuga”. O aparelho digestivo é um deles. Ora, as glândulas salivares fazem parte dele. Se queremos fugir, não precisamos de comer e, por isso, a produção da saliva cessa momentaneamente. Ao mesmo tempo, o sangue é irrigado para as partes necessárias, que nos poderão ajudar a “escapar” do problema. Quanto ao suor, este é estimulado, para “olear” os músculos do corpo.

Em poucas palavras: o ser humano, numa situação de grande stress, reage como qualquer animal neste planeta: pernas para que te quero!

Projecto: Segurança Rodoviária

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Caros alunos, professores, funcionários e todos aqueles que visitam este blog, nós, alunos do 12º ano, no âmbito da disciplina de Área de Projecto, nos próximos dias: 15, 16, 17 e 18 de Dezembro iremos estar na Biblioteca da Escola, ao mesmo tempo que estará a decorrer a Feira do Livro e dos Minerais, a fim de angariar fundos para a Associação Salvador. (http://www.associacaosalvador.com/)

Todos devem conhecer o Salvador, um jovem que com apenas 16 anos de idade ficou tetraplégico, como consequência de um acidente de viação. Sendo o nosso projecto – “Segurança Rodoviária” – achámos que o Salvador era, sem dúvida um forte testemunho pela sua experiência, assim, o Salvador irá estar presente na nossa escola no mês de Maio para dar uma palestra sobre “Segurança Rodoviária”, para isso é necessário o nosso contributo para esta Associação que muitas acções tem promovido.

Apareça e contribua, se possível!

Para mais informações visitem em: http://www.apsegurancarodoviaria.blogspot.com/

Projecto: Segurança Rodoviária

quinta-feira, dezembro 11, 2008

De Onde É Que Vem A Expressão…

Não Poder Ver Uma Camisa Lavada (A Um Pobre)

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Foto retirada do Site O Covil

Usamos esta expressão quando nos referimos a alguém que está sempre “de olho gordo”, a morrer de inveja de tudo aquilo que os outros têm, ao ponto de se tornar uma pessoa ridícula e digna de desprezo.

Mas a sua origem é trágica e refere-se aos tristes tempos da Inquisição., instaurada, como já dissemos, no século XVI. Ora, estes “santos padres” estimulavam as denúncias, mesmo que fossem anónimas. Ou seja, bastava um indivíduo detestar o vizinho, para imediatamente denunciá-lo à Igreja Católica, acusando-se de ser judeu ou bruxo. Na verdade, não era raro, durante as partilhas entre membros da família, alguém “livrar-se” de um maçador tio, filho ou primo através desta via terrivelmente injusta, ficando, assim, com a fortuna que lhe cabia.

Um dos meios de identificar um “Herege”, isto é, um não-cristão, era através… da roupa lavada. Os judeus foram sempre um povo extremamente limpo, com hábitos de higiene muito arreigados, ao contrário dos cristãos que, durante séculos, não tomavam banho porque era pecado (os padres acreditavam que tal acto podia estimular “pensamentos sujos”). E apesar de as bruxas serem retratadas como sendo mulheres sujas, de cabelos desgrenhados, também havia aquelas que gostavam dos secretos e proibidos prazeres de um banho quente…

Em suma: se alguém na casa do lado lavava as roupas mais vezes do que devia, isso era um indício de que podiam ser judeus ou bruxos…



Despedir-se à Francesa

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É o que dizemos daquelas pessoas que, de mansinho, desaparecem de uma festa, reunião ou evento, sem se despedirem de ninguém. O “Despedir-se à Francesa” está ligado à má educação, a convidados ingratos que, depois de se fartarem de comer e de beber, nem sequer agradecem com decência a simpatia dos donos da casa. Enfim: é dedicado a todos aqueles que se vão embora sem dizerem “Obrigado” ou “Até Amanhã”…

Porém, há cerca de duzentos anos atrás, em França, esta atitude era sinal de cortesia e de boa educação! Expliquemos: se alguém pretendia abandonar uma sala a abarrotar de convidados, despedir-se de todos seria considerado “indelicado”, pois essa pessoa estaria, provavelmente, a interromper uma conversa estimulante, um jogo que exigia concentração, um namorico que estava a começar, uma coscuvilhice entre duas solteironas ou, quem sabe, uma discussão científica…

Este costume acabou por se generalizar em muitos países e, com o tempo, passou a adquirir o sentido exactamente contrário: quem não se despede não tem “boas maneiras”.

S.C.

quarta-feira, dezembro 10, 2008

Declaração Universal Dos Direitos Humanos

 

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Prémio World Press Photo 2004. Foto de Jean-Marc Bouju

Foi há sessenta anos. No dia 10 de Dezembro de 1948, a ONU (Organização das Nações Unidas) concebeu um conjunto de leis universais, que têm como objectivo proteger homens e mulheres, crianças e velhos, ricos e pobres, livros e prisioneiros, brancos e negros, religiosos e ateus…

Aos olhos desta “declaração”, todos somos iguais, independentemente da raça, da religião, do sexo, da idade, da classe social.

Mas sessenta anos depois, será que o mundo mudou para melhor? Esta é uma questão que, hoje, todos devemos colocar a nós mesmos…

A Declaração Universal dos Direitos Humanos:

http://sitio.dgidc.min-edu.pt/PressReleases/Paginas/60AniversarioUniversaldosDireitosHumanos.aspx

E um excelente vídeo, em homenagem a este dia:

http://www.youtube.com/watch?v=RDN4rF3rS_4&eurl=http://sinistraministra.blogspot.com/search?q=

terça-feira, dezembro 09, 2008

Feira de minerais e fósseis



Receita Da Amizade

 

Mas por que razão todos pensam

clip_image002[4]Que a amizade é uma sobremesa?

Uns dizem que é porque é doce,

Outros dizem que é porque é bela.

 

Todos dizem

Que se fizermos uma receita,

Temos que juntar

Tudo numa panela,

Assim será melhor,

Assim terá mais sabor.

 

Enquanto estiver na panela,

clip_image004Quando todos juntos

Estarão a cozinhar,

Não se esqueçam de juntar

Uma pitada de canela,

Que é como amor e magia

Jogados para um lago de sonhos.

 

Minha visão não é esta,

Embora seja perfeita.

Para mim,

A amizade é uma onda de verdade,

É o que cada um quer,

É o que cada um imagina.

 

Poema conjunto de:

Clara Rações, Mélinda Ramani, Margarida Garcia, 7º B

 

 

segunda-feira, dezembro 08, 2008

Já Neva No Nosso Blogue!!!

Fotografia da autoria de Ian Britton

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Agora já só falta uma musiquita….

Foi há mais de 20 anos…

http://br.youtube.com/watch?v=8jEnTSQStGE&feature=related

E agora aqui temos a nova versão legendada!