segunda-feira, dezembro 19, 2011

Cá estaremos em 2012, Boas festas para todos!

 

Natal, e não Dezembro

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Entremos, apressados, friorentos, 
numa gruta, no bojo de um navio, 
num presépio, num prédio, num presídio 
no prédio que amanhã for demolido... 
Entremos, inseguros, mas entremos. 
Entremos e depressa, em qualquer sítio, 
porque esta noite chama-se Dezembro, 
porque sofremos, porque temos frio. 

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Entremos, dois a dois: somos duzentos, 
duzentos mil, doze milhões de nada. 
Procuremos o rastro de uma casa, 
a cave, a gruta, o sulco de uma nave... 
Entremos, despojados, mas entremos. 
De mãos dadas talvez o fogo nasça, 
talvez seja Natal e não Dezembro, 
talvez universal a consoada.

De David Mourão-Ferreira

Imagens retiradas daqui e daqui

sábado, dezembro 17, 2011

Anúncios divertidos de Natal!

 

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Os maus da fita festejam o Natal

 

Preparada para as compras do Natal?

 

Postais de Natal

 

Um dos mais famosos anúncios de Natal da Coca-cola

sexta-feira, dezembro 16, 2011

O menino nas palhinhas deitado

 

Uma vez que o Natal está à porta e não há dinheiro para ninguém, que tal juntar o útil ao agradável, ou seja, fazermos o nosso próprio presépio e poupar dinheiro?

E ideias não faltaram: os alunos do 3º ciclo, na clip_image002disciplina de Religião e Moral, fizeram os presépios mais engraçados que se possa imaginar. Uns seguiram o velho estilo clássico, mas outros recriaram a cena da natividade num igloo, numa ambulância, ou então as personagens nada mais eram do que… palitos ou pirilampos.

Entretanto, uma árvore ecológica, feita de garrafas de plástico, e da autoria dos alunos da disciplina de Educação Tecnológica, enfeitou a entrada da nossa escola.

Tanto as professoras destas disciplinas como as turmas estão de parabéns!

quarta-feira, dezembro 14, 2011

Lição de Vida – Como sobreviver ao stress do Natal

 

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Dica nº 1 – Antes de começar a fazer compras para o Natal, estabeleça um orçamento. O Natal é sempre uma fonte de gastos exorbitantes e passamos os meses seguintes a pensar no que gastámos e muitas vezes a pagar o que gastámos a mais. Antes de começar a comprar os presentes de Natal faça uma lista de todas as pessoas para as quais tem que comprar presentes e estabeleça um orçamento para cada uma delas. (…) Mantenha-se fiel ao seu orçamento e vai ver que chega ao fim com as finanças muito melhores.

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Dica nº 2 – Organize-se! Faça uma lista de todas as pessoas a quem tem que oferecer presentes com o respetivo orçamento, faça outra lista com todas as compras de mercearia que também tem que fazer e uma lista de todos os lugares a que tem de ir. Traga sempre esta informação consigo porque nunca se sabe quando é que vai ter um espacinho na sua agenda para eliminar alguma tarefa da lista. Se conseguir chegar ao início de Dezembro com todas as compras feitas, nem imagina o alívio que vai sentir!

clip_image008Dica nº 3 – Saiba de antemão quais são os planos da sua família. Por incrível que pareça, a família é uma das principais fontes de stress do Natal. (…) Não deixe as decisões para a última hora, comece a planear como tudo vai ser feito o mais cedo possível. Como ficará desde logo a saber para onde irá e com quem vai passar o Natal, o seu stress será com toda a certeza menor.

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Dica nº 4 – Evite as pessoas que já são stressadas por natureza. (…) Estas são aquelas que devemos evitar a todo o custo porque nos podem estragar o Natal. Devemos visitar aqueles que achamos que devemos visitar e não aqueles que nos sentimos obrigados, seja qual for a razão. A mensagem é simples: passe o Natal e os dias que o precedem com as pessoas de quem gosta realmente.

Dica nº 5 – Se tiver que viaclip_image012jar, marque tudo atempadamente. Viajar na altura do Natal é caro e é sempre uma grande confusão. O melhor que tem a fazer é marcar todas as viagens com a maior antecedência possível de forma a conseguir os bilhetes que precisa (podem mesmo esgotar se deixar para a última!).

 

clip_image014Dica nº 6 – Fique em paz com todos. A vida é curta demais para guardar rancores. O tempo passa rápido por isso nunca é cedo para conversar e fazer as pazes com as pessoas com as quais se zangou e que têm significado para si. Ficar de costas voltadas para alguém é uma fonte de stress perfeitamente desnecessária.

O Natal é uma época que deve ser de alegria e festa. Pegue nestas dicas para transformar o seu Natal numa altura serena e feliz e vai ver que vai ser um Natal melhor.

Texto retirado do seguinte site:

Imagens retiradas de:   1   2   3   4    5    6    e   7

terça-feira, dezembro 13, 2011

Livro da semana

 

Proteja o seu filho do Bullying, de Allan L. Beane

Finalmente este assunto começa a ser debatido em Portugal. Já não era sem tempo. Finalmente os pais já podem chegar a uma livraria ou biblioteca, e requisitarem leitura apropriada para este assunto. clip_image002Finalmente as escolas já começam a fazer palestras e cursos práticos acerca deste tema para pais, professores, funcionários e alunos. Finalmente os jornais e as televisões já mencionam este problema. E estão a levá-lo a sério. Finalmente.

Deixemos uma coisa bem clara: “gozar com o colega”, “fazer queixinhas”, dizer piadas parvas e, de vez em quando, acabarem todos à batatada é, sem dúvida, “coisa de crianças”. É certo e sabido que todos os meninos e meninas deste mundo hão de, um dia, ter as suas quezílias com os amigos ou inimigos e, cedo ou tarde, haverá um ou outro confronto. Se isto já acontece com adultos, mais ocorrerá entre as crianças, que só agora é que estão a aprender as regras de bem conviver numa sociedade. Mas há uma diferença colossal

segunda-feira, dezembro 12, 2011

Faltam 200 milhões de mulheres neste planeta

 

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“É uma menina!!”, sorri a enfermeira ou o médico. E logo a casa explode de alegria, os avós abraçam-se, os manos sorriem, a vizinha do lado lá puxa do lencinho. E a mãe e o pai, sorrindo, embalam a pequerrucha nos braços.

Linda imagem, não é? Pois. Mas esta linda imagem só existe no mundo ocidental e em algumas restantes nações do mundo inteiro. Os dados são assustadores: desde que a máquina ultrassons foi inventada (um aparelho que nos permite dar uma espreitadela no ventre e ver o sexo da criança), há cerca de 200 milhões de mulheres “desaparecidas” no mapa. Há 200 milhões de homens que não conseguirão arranjar nem sequer uma simples namorada, quanto mais uma parceira para a vida. Há 200 milhões de homens hoje conhecidos pelo nome de “ramos secos” na China, pois a árvore que eles são não irá nunca florescer. Em poucas palavras: há cerca de 100 raparigas para cada 124 rapazes na China e há cerca de 100 raparigas para cada 117 rapazes na Índia.

Vamos por partes:

quarta-feira, dezembro 07, 2011

Hoje é o Dia Nacional do Deficiente

 

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A deficiência é, antes de mais, uma construção social.

Retirado do jornal Público

Em cada um de nós, falta alguma coisa. A gente só será completa, quando todos unirem suas deficiências.

Carolina Custódio, vereadora de Paraguaçu Paulista

Nunca usem a deficiência como desculpa para o quer que seja.

Ricardo Teixeira, responsável pela empresa DigitalWorks e deficiente motor.

Na primeira vacina, a enfermeira exclamou: «Mas ela é um bocadinho mongolóide!». «Um bocadinho? É toda!», respondeu-lhe. «Esta atitude, vinda de uma enfermeira, é inacreditável».

Maria Figueiredo, mãe de uma criança que sofre de Trissomia 21.

Testemunho de Nick Vujicic (legendado)

Imagem retirada daqui

terça-feira, dezembro 06, 2011

Muito cuidado com estes novos “jornalistas”

 

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No final do mês passado, o canal de televisão CNN despediu cerca de 50 jornalistas e correspondentes profissionais porque, segundo o mesmo, a chegada da internet e das notícias fresquinhas, captadas por amadores entusiastas, tornou este grande número de repórteres “irrelevante”. Como resultado, Stephen Colbert (imagem em baixo), um dos maiores comediantes americanos do momento, arrasou a CNN e profetizou

segunda-feira, dezembro 05, 2011

Livro da semana

 

Abraço, de José Luís Peixoto

Desta vez vamos fazer uma coisa diferente: vamos deixar o livro respirar e vamos deixar aqui uma pequena amostra das mil e uma recordações da sua infância. Esta foi dedicada ao seu pai e à sua carpintaria.

Porque há livros que dispensam outras palavras.

A mão que me fez

Uma tanganhada. Muitas vezes vi o meu pai estender a mão direita para crianças, até para mim quando era pequeno, e dizer: dá cá uma tanganhada. Havia umclip_image002 compasso em que as crianças se surpreendiam em silêncio, ficavam a olhar e, depois, devagar, estendiam-lhe também a mão.

Eu tinha três ou quatro anos quando, em horas paradas da tarde, uma mulher aflita atravessou as ruas da vila e o nosso quintal para dar a notícia que o meu pai tinha tido um acidente, uma máquina tinha-lhe arrancado a mão direita. A minha mãe não conseguia respirar. A mensageira era capaz de traçar com o dedo a linha na zona do pulso onde a lâmina lhe tinha acertado.

As máquinas da carpintaria do meu pai eram feitas do mesmo sonho que o levou a tentar terminar por correspondência um curso de desenho técnico. Essa força fazia parte da sua natureza e, quando se mostrava, era como um balão. Levantava um voo ligeiro, tranquilo, como se planasse sobre os campos. Eram imensas as paisagens que víamos através dos olhos do meu pai a sonhar, eram sem fim os horizontes que a sua vontade erguia. À hora de jantar, a minha mãe receava a realidade e tentava abrandar-lhe o optimismo, mas nunca conseguia completamente. O meu pai sonhava há muitos anos. Como prova, havia o livro que guardava desde rapaz em que se ensinava a fazer sabão e havia a história muito repetida da invenção que idealizara com o irmão mais velho: fazer gasolina a partir de cascas de laranja.

No pátio da carpintaria do meu pai, havia o barulho de máquinas. Havia a serra alta que atravessava troncos presos a um pequeno vagão que deslizava sobre carris. Havia motosserras com correntes de lâminas que, em certas ocasiões, se rebentavam e saltavam desgovernadas. No interior da carpintaria, havia mais máquinas. A rotação das suas lâminas hipnotizava. Eram máquinas que, ao atravessarem ripas, gritavam sons nasais. Lançavam jorros de maravalhas e um nevoeiro de serradura que enchia toda a carpintaria, que se respirava. Foi numa dessas máquinas que o meu pai teve o acidente.

Nessa tarde, a minha mãe esteve mais de duas horas submersa em angústia, a imaginar imagens de clip_image004sangue, até ligarem do hospital para o telefone da vizinha e se saber que não tinha sido assim. O meu pai tinha tido um acidente com uma máquina, tinha sido grave, mas não tinha perdido a mão e havia esperança de que pudesse voltar a usá-la.

Afinal, a lâmina não lhe tinha cortado o pulso, mas sim a palma da mão e a cabeça de alguns dedos. Depois de tirar as ligaduras, a mão foi cicatrizando. Havia um aparelho feito de alumínio e molas, com partes em cabedal para prender o antebraço e os dedos. Esse aparelho servia para recuperar um pouco da forma da mão. Forçava os tendões, era doloroso. Anos depois, quando eu o encontrava abandonado dentro de algum armário, brincava com ele. Parecia a mão de um robot.

O meu pai e os homens que trabalhavam com ele na carpintaria aleijavam as mãos a cada passo. Nenhum se queixava demasiado quando entalava os dedos entre chapas de madeira ou quando lhes acertava com uma martelada e ficava com as unhas negras, sangue pisado. Era incontável o número de lascas de madeiras que se espetavam nas suas mãos ou a quantidade de vezes que os formões ou os serrotes deslizavam e lhes faziam cortes até ao osso. Se não bastasse soprar ou enrolar a mão num lenço de assoar, havia um armário branco, coberto de pó, entre calendários de mulheres nuas, 1979, 1985, 1982, onde havia álcool e, às vezes, algodão.

Numa ocasião em que estavam a descarregar pinheiros no pátio, houve um tronco que esmagou o mão de um homem. A aliança de casado cortou-lhe o dedo. Foi o meu pai que o recolheu num frasco e que conduziu o homem até ao hospital. Contava sempre essa história como justificação para não usar aliança.

O meu pai conseguia segurar em tudo, fazer tudo, mas o corte enrolou-lhe a mão direita, encaracolou-lhe os dedos e nunca conseguia abri-la completamente. As unhas cresciam à volta da cabeça dos dedos mindinho, anelar e médio, que eram menores do que o seu tamanho natural. Era essa mão, de pele grossa e áspera, que o meu pai usava para fazer acções melindrosas, pentear as sobrancelhas, contar moedas. Era essa mão que usava para fazer festas no rosto terno das netas. Era essa mão que me dava quando íamos à cidade, passeávamos juntos e acreditávamos que o tempo não tinha fim.

José Luís Peixoto, in Abraço (Quetzal, Outubro 2011)

Imagem do escritor retirada de:

http://armonte.wordpress.com/category/livro/

domingo, dezembro 04, 2011

Bibliomúsica - Trolle Siebenhaar e Zola Jesus

 

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Os nomes deste grupo e desta compositora são estranhos para os nossos ouvidos, mas a música é do mais interessante que, neste momento, existe. No primeiro caso, há qualquer coisa de jazz, de Portishead e lounge, tudo misturado num caldo bem-disposto e relaxante. No segundo caso, temos uma cantora e compositora com um tom de voz muito particular e um som muito indie, que deixa uma marca particular nos nossos ouvidos. Para quem gosta de sons tipo Joy Division; Lydia Lunch ou Bauhaus, Zola Jesus é uma boa referência para quem ainda não a conhece.

São novidades pouco conhecidas porque nenhum destes honrados senhores é grande fã da atual indústria de música, um monstro que atualmente só está interessado em fazer dinheiro. Goste-se ou não, têm qualquer coisa de diferente e de novo e, por isso, o nosso blog decidiu prestar-lhes uma pequena homenagem.

Sweet Dogs – Trolle Siebenhaar

 

Zola Jesus – Somebody to Love

sábado, dezembro 03, 2011

Estante do mês – Religião e Moral

 

Uma vez que o Natal está à porta, esta é uma boa ocasião para nos debruçarmos sobre as clip_image002religiões e várias fés que existem neste planeta. E na nossa biblioteca não faltam livros e videos relacionados com este tema: desde o Xamanismo ao estudo do Budismo; desde o Islamismo ao Judaísmo; desde o Hinduísmo aos deuses africanos; desde o Panteísmo ao Deísmo; desde o Ateísmo às grandes discussões morais e éticas da Humanidade; enfim, não nos falta nada.

Já agora, e a título de curiosidade: sabem quantas religiões existem atualmente no nosso planeta? Há 22 religiões “maiores” que se encontram de boa saúde, mas pensa-se que haja mais de 60, sem falarmos das mais de 100 fés que são consideradas “seitas”, e não “religiões”.

Para saberes mais… aqui:

Imagem retirada daqui

sexta-feira, dezembro 02, 2011

Foi inventada a melodia mais relaxante de sempre!!!!

 

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Ou pelo menos é isso que uma equipa de terapeutas jura a pés juntos: terapeutas da Academia Britânica da Terapia do Som (é verdade, isto existe mesmo), juntaram-se a uma banda musical – Marconi Union – para criar uma melodia que produzisse um estado de calma e paz absolutas.

A “cantiga de ninar” foi dada a conhecer a 40 mulheres, e os resultados foram, no mínimo, intrigantes: a música (que pode ser ouvida aqui )revelou ser 11% mais relaxante do que Enya, Coldplay ou até mesmo… Mozart.

Mas voltemos ao início da história. Toda a gente sabe que a música produz todo o tipo de emoções num ser humano. Sabe-se, por exemplo, que o reggae – que tem raízes sagradas – imita a batida do coração e, por isso mesmo, produz uma sensação de bem-estar e de boa disposição. Os Mantras, por outro lado, criam em nós um estado mental alterado, como se estivéssemos a ser semi hipnotizados. Já o Heavy Metal faz com que as térmitas de uma casa comam com quatro vezes mais voracidade do que comeriam num ambiente cercado de sons quotidianos, e geram euforia nos seres humanos. Mas será possível, através de todos estes dados recolhidos ao longo dos tempos, criar uma espécie de “prozac” musical?

Antes destas 40 mulheres escutarem Weightless – a “cantiga de ninar” clip_image004milagrosa – foram submetidas a atividades que provocassem stress como, por exemplo, acabar um puzzle difícil num curtíssimo prazo, com o cronómetro a fixar cada segundo e a emitir sons irritantes, sempre que o tempo terminava. De seguida, foram apresentadas a estas cobaias várias melodias de vários autores, desde Coldplay até Enya, desde All Saints até Mozart. E o resultado foi aquele que nós já mencionámos: Weightless foi 11% mais relaxante do que Mozart!

Claro que estes resultados não são para ser levados a sério: para já, a terapia de som ainda é bastante contestada - e até ridicularizada – entre o mundo da Ciência Ortodoxa. Para todos os efeitos, encontra-se ao nível de uma Aromaterapia ou de uma Cronoterapia. Pegar em “lugares comuns” e fazer uma mistela de sons relaxantes não é propriamente Ciência. Em segundo lugar, o gosto varia de pessoa para pessoa. Há quem adore Enya e há quem não tenha paciência nenhuma para aturar as suas melopeias já lambidas e relambidas (no meu caso, depende do álbum). Por fim, a própria disposição das músicas pode determinar o relaxamento: se Mozart foi apresentado antes de Weightless, isto pode ter feito com que estas mulheres já se encontrassem suficientemente relaxadas para acolherem de braços abertos este prozac musical.

Ironia das ironias, as cobaias que até agora melhor comprovaram os benefícios de uma determinada melodia foram… os legumes e as vacas. É verdade!! Sabiam, por exemplo, que os tomates adoram Vivaldi e as vacas veneram Mozart?? Se querem que estas últimas produzam bom leite, e se querem que os vossos espinafres cresçam depressa a fortes, toquem música clássica na vossa quinta. Já o jazz faz mirrar as cebolas…

Moral da história: até pode existir um fundo de verdade nesta história toda. Mas ainda é cedo para cantar vitória. Muito, muito cedo.

Artigo completo aqui .

Imagens retiradas de: 1   e    2

quinta-feira, dezembro 01, 2011

Hoje é o dia mundial da luta contra a SIDA

 

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Streets of Philadelphia/Ruas de Filadélfia

 

Eu sentia-me machucado e agredido

Eu não podia dizer o que sentia,

Eu estava irreconhecível até para mim mesmo.

Eu vi meu reflexo numa janela

E não sabia que era o meu próprio rosto

Oh irmão, vais deixar-me aqui enfraquecido

Nas ruas da Filadélfia?

 

Eu andei pela avenida até as minhas pernas se parecerem com pedras,

Eu ouvi as vozes de amigos desaparecidos e idos.

À noite eu podia ouvir o sangue nas minhas veias

Tão negro e sussurrando,

Como a chuva

Nas ruas da Filadélfia.

 

Nenhum anjo irá saudar-me,

Somos só tu e eu, meu amigo.

E as minhas roupas já não me servem,

Eu andei mil milhas

Só para fugir da minha pele.

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A noite está a cair,

Eu estou deitado e acordado.

Vou desaparecendo pouco a pouco.

Por isso,

Recebe-me, meu irmão, com o teu beijo infiel

Ou deixemos de nos ver

Nas ruas da Filadélfia.

 

Poema de Bruce Springsteen

Streets of Philadelphia (traduzido)

Imagens retiradas de:  1   e   2

quarta-feira, novembro 30, 2011

Lição de Vida – O frio já começou

 

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Manhã de Inverno

Coroada de névoas, surge a aurora
Por detrás das montanhas do oriente;
Vê-se um resto de sono e de preguiça,
Nos olhos da fantástica indolente.


Névoas enchem de um lado e de outro os morros
Tristes como sinceras sepulturas,
Essas que têm por simples ornamento
Puras capelas, lágrimas mais puras.


A custo rompe o sol; a custo invade
O espaço todo branco; e a luz brilhante
Fulge através do espesso nevoeiro,
Como através de um véu fulge o diamante.

Vento frio, mas brando, agita as folhas 
Das laranjeiras húmidas da chuva; 
Erma de flores, curva a planta o colo                                                   
E o chão recebe o pranto da viúva. 

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Gelo não cobre o dorso das montanhas,
Nem enche as folhas trêmulas a neve;
Galhardo moço, o inverno deste clima
Na verde palma a sua história escreve.


Pouco a pouco, dissipam-se no espaço
As névoas da manhã; já pelos montes
Vão subindo as que encheram todo o vale;
Já se vão descobrindo os horizontes.


Sobe de todo o pano; eis aparece
Da natureza o esplêndido cenário;
Tudo ali preparou co’os sábios olhos
A suprema ciência do empresário.

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Canta a orquestra dos pássaros no mato
A sinfonia alpestre, — a voz serena
Acorda os ecos tímidos do vale;
E a divina comédia invade a cena.

 

Machado de Assis, in 'Falenas'

Imagens retiradas de:  1     e       2

terça-feira, novembro 29, 2011

Livro Da Semana

 

O Espetáculo da Vida, de Richard Dawkins

Vivemos num mundo onde o código genético é uma realidade; onde as viagens clip_image001espaciais já são o “pão nosso de cada dia”; onde cientistas já conseguem fazer crescer ossos, graças à descoberta das células estaminais; vivemos num mundo onde já foi clonado um ser vivo; onde a informação e o saber estão ao alcance de qualquer ser humano (ou quase todos); onde os direitos humanos e os dos animais são cada vez mais uma realidade inquestionável; onde a vida de um ser humano já pode chegar quase aos 100 anos. Sim, este é um mundo de progresso, de ciência, de civilização.

E no entanto…

E no entanto, mais de 50% da humanidade ainda acredita que o mundo foi construído em apenas seis dias, cristãos, judeus e muçulmanos incluídos. Para esta gente, a Teoria da Evolução é um insulto a Deus porque, na sua opinião, acaba com a fé no Criador do Universo. Ora, esta ideia não pode ser mais ridícula porque aquilo que interessa à Evolução é saber como é que a Vida – que já cá estava - evoluiu neste planeta, não é saber quem é que a fez. Com efeito, Deus pode muito bem ter concebido Vida através do método evolucionista. E aqui entre nós: se Deus é eterno, para quê a pressa?

clip_image002 Estes fiéis fecham os olhos à realidade e recusam-se terminantemente a aceitar qualquer prova que os cientistas lhes tragam, boicotam sistematicamente as aulas dos professores de Ciências, possuem um rancor profundo à Ciência e tentam à força implementar a tese criacionista (hoje em dia conhecida pelo nome de Design Inteligente) nas escolas de todo o mundo. Até agora não têm tido sorte alguma nos países ocidentais. Mas nada nos diz que um dia eles não consigam finalmente vingar o seu Deus e negar a Verdade às futuras gerações…

Precisamente para evitar esta tragédia, Richard Dawkins, entre muitos outros cientistas de renome, escreveu um livro que explica passo a passo, e de uma forma bastante objetiva e fácil, o que é a Teoria da Evolução, porque recebeu o nome de “Teoria”, por que motivo tantos cientistas e sábios já a aceitam como sendo uma realidade. Por fim, quebra com uma série de mitos e mentiras relacionados com a Evolução. É uma espécie de “guia para totós”, e eu incluo-me neste grupo. E, por isso mesmo, é um prazer lê-lo e devorá-lo em poucos dias.

Polémico, brilhante e provocador, Richard Dawkins no seu melhor.

O Génio de Charles Darwin (Legendado), parte I

domingo, novembro 27, 2011

Ah, Fadista!!!!

 

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No passado dia 10 de Novembro (noite de S. Martinho), as turmas A e C do 11ºano, dinamizaram uma iniciativa aberta à comunidade, que contou com um jantar e um espetáculo de modas e fados (pelo grupo Ecos do Enxoé).

A iniciativa teve a participação do nosso ex-colega de Pias, Jorge Rocha, que manifestou o seu agrado com a declamação de um poema dedicado ao aluno responsável pela confeção do jantar, Rafael Palma. O público divertiu-se bastante, cantou, aplaudiu e passou um serão esplêndido entre a boa cozinha alentejana e o melhor que a nossa tradição musical oferece às velhas e novas gerações.

Esperemos que este evento se repita e deixamos aqui o dito poema, que tanto furor fez neste jantar e que foi escrito a la minute.

Noite de fados

Gosto de jogar bilhar,

Poker, bisca e sueca

chinquilho, malha, matraquilhos

e ainda sobra tempo para os filhos!

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Gosto de mudar fraldas, dar biberons

de cantigas de adormecer,

e tudo isto sei fazer!

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Assar chouriças, partir nozes e

cantar fado a duas vozes!

Varejar uma nogueira, fazer corte

a uma velha e segredos de boca a orelha!

Ordenhar uma cabra na cortelha

estancar a gota na telha!

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Pôr-te no olhar a centelha,

mas nunca serei capaz de

pentear um careca, cantar em

dias de seca e sobretudo ter

a alma do Rafael da Palma

que com a sua simpleza fez um Doce

da Casa… simplesmente

uma beleza.

Jorge Rocha, 10 de Novembro de 2011, Noite de Fados

 

Fotos e texto da autoria da professora Florbela Martins

sexta-feira, novembro 25, 2011

O(s) Dia(s) Das Bruxas, parte II

 

A profecia, a sibila e a palavra

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No dia 28 de Novembro, numa sexta-feira bem fria, as turmas do 7º A e do 8ºA juntaram-se para assistir a uma sessão de profecias, de sons estranhos vindos do escuro e de leituras de contos mágicos criados por todos os alunos.

Antes de tudo começar, cada um trouxe um pequeno petisco para uma grande mesa cheia de folhas de outono e de morcegos. Durante uma hora, toda a gente conviveu ao som de músicas alusivas ao dia, trocaram ideias e receitas de culinária. Foi uma bela ocasião para professores, alunos e encarregados de educação se conhecerem e, como os brasileiros dizem, “baterem uma prosa”.

Após o jantar de convívio, a comunidade escolar recebeu a visita de uma sibila, uma profetiza vinda do Oráculo de Delfos, na Grécia. Cada um dos alunos e pais escolheu uma carta do Tarot e, para espanto de todos, a vidente profetizou o futuro de cada um dos presentes, para além de comparar cada ser que ali estava a um ser mitológico e mágico. Isto foi motivo para muita galhofa, fascínio e magia. clip_image004

Foi nesta altura que começaram a aparecer coisas muito estranhas: orbes celestiais, espíritos meio formados, sombras um tanto ou quanto assustadoras. Dir-se-ia que uma porta entre os dois mundos- o dos vivos e os dos mortos – tinha sido aberta sabe-se lá por quem. E as fotos assim o comprovam...

No fim, os alunos, juntamente com os convidados, leram os seus contos de terror e do género fantástico para uma audiência irrequieta e bem disposta. Um júri imparcial – composto pelos alunos Ana Borralho, Mariana Neca e Jessica Correia escolheram os grandes vencedores: para a turma 8º A, o prémio foi para o Manuel Ruivo, tendo sido as alunas Catarina Faquinéu e Catarina Silva a arrecadar o galardão para o sétimo ano. Qual foi a recompensa? Um livro, é claro.

Resta-nos agradecer aos professores Nuno Raposo, Cláudia Fava e Lurdes Deodato da turma do Curso Profissional 2D 3D, por nos terem auxiliado na preparação dos sons e das animações. A professora Maria José Correia, diretora de turma do 8º ano colaborou com a biblioteca da escola/PNL na criação de contos de terror ou fantásticos concebidos na sua sala de aula, para além de ter estado também presente nesta festividade. Por fim, um bem-haja ao dito cujo “júri imparcial”, já mencionado, e o aluno Tiago Palma por ter colaborado nesta atividade, ao ler vários contos.

Para o ano há mais!!

quarta-feira, novembro 23, 2011

PASSEIO À CHUVA

 

No âmbito das disciplinas Ordenamento do território e Conservação da Natureza, e acompanhados pelos professores Elizabete Cardoso, Fernanda Silva, Carlos Moreira e Leonor Paiva, os alunos do curso Profissional de Técnico de Gestão do Ambiente da Escola Secundária de Serpa, realizaram uma visita à Serra da Preguiça num dia de chuva intensa!

Aqui ficam o projeto da atividade e um filme realizado com as fotografias tiradas durante a visita.

 

terça-feira, novembro 22, 2011

Hoje é o dia mundial da música

 

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A música está em tudo. Do mundo sai um hino.

A Música é o barulho que pensa.

Vitor Hugo, escritor francês.

Pouco importam as notas na música, o que conta são as sensações produzidas por elas.

Leonid Pervomaisky, escritor russo.

Só há dois tipos de música: a boa e a má.

Louis Armstrong, compositor e cantor de jazz.

A música é a linguagem dos espíritos.

Khalil Gibran, poeta e filósofo libanês.

 

Música da Mesopotâmia

 

Música do Antigo Egito – Reconstrução baseada em pesquisa arqueológica

 

Música do Império Romano

 

Imagem retirada daqui

segunda-feira, novembro 21, 2011

Livro(s) Da Semana

 

As crónicas do gelo e do fogo, de George R.R.Martin

clip_image002 Já toda a gente deve ter ouvido falar da Guerra dos Tronos, mas é possível que muitos pensem que se trata de uma série de televisão e nada mais. Não podem estar mais enganados: As crónicas do gelo e do fogo, que já vão no volume V e terminam no VII, têm sido consideradas, na opinião de muitos, como uma das séries do género da Fantasia mais estupendas que alguma vez na vida foram concebidas.

Antes de torcerem o nariz à simples menção da palavra “fantasia”, convém que vocês reparem em alguns pormenores: o mundo de George R. R. Martin, ao contrário de muitas histórias fofinhas e quiduxas passadas em reinos mágicos, focam o lado mais negro de uma Idade Média imaginária: os reis são tudo menos exemplos a seguir; as princesas e rainhas não são nada purinhas e virgens; os cavaleiros, em vez de serem Aragorns e Harry Potters, são monstros que pilham, matam, violam e se engolem uns aos outros; a religião é motivo de problema e nunca motivo de prazer; o povo não passa de um conjunto de escravos servis, vítimas da fome e da guerra, e constante alvo da ganância e maldade dos senhores das terras; os casamentos não passam de jogos de xadrez, e as famílias reais devoram-se umas às outras. E no meio desta chacina imperdoável, - excetuando os sobreviventes da Casa Real Stark e os soldados desgraçados que vivem nas muralhas, e que tentam defender um mundo em ruínas – ainda ninguém se apercebeu que o Inverno está à porta, irá durar anos intermináveis, e ninguém se preparou para o inferno que aí vem, pois os vários reinos estão todos ocupados a morderem-se e ferirem-se uns aos outros, em vez de tomarem medidas sensatas para a sua sobrevivência.

As crónicas do gelo e do fogo são uma condenação feroz à maldade e estupidez humanas, mas são também um elogio a todos os humanos que, perante a barbaridade a maldade, conseguem, de alguma forma, manter um mínimo de pureza e de honra nos seus corações. É o caso da Casa Real Stark, que irá pagar um preço muito caro por tentar justa e honesta. No entanto, a esperança é a última a morrer: os filhos sobreviverão, separar-se-ão e cada um será uma peça-chave para a o futuro deste mundo imaginário.

Avisamos já que, no início, o leitor vai ter dificuldades em tentar descobrir quem é quem: as personagens são tantas que, por vezes, é necessário ir ao índex e apanhar o fio da meada. No entanto, há já muito, muito tempo que não se via uma saga tão bem escrita e tão profunda.

Ao contrário de muitas editoras, a nossa Saída de Emergência optou por dividir cada volume em dois, precisamente para evitar que o tamanho gigantesco dos mesmos pudesse assustar e afastar potenciais leitores. A nossa escola adquiriu apenas os primeiros três “capítulos”. Porém, se vocês estiverem interessados em continuar a ler a saga (ainda não terminou!!), peçam à biblioteca que compre os próximos.

quinta-feira, novembro 17, 2011

Hoje É O Dia Mundial Do Não Fumador

 

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Até ao Século XVI- Propriedade dos índios. O tabaco era usado para comunicar com os espíritos e para celebrar contratos entre os membros de várias tribos.

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Século XVII- Nasce a indústria do tabaco. Esta espalha-se pelo mundo todo.

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Séculos XVIII e XIX- tabaco é coisa de “machos e cowboys”.

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Séculos XIX e XX- A “fina nata” da sociedade masculina fuma.

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Século XX- O cigarro fica ligado à sedução e à libertação da mulher.

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Século XX- O tabaco passa a estar ligado às artes e aos intelectuais.

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Século XX- O cachimbo fica para sempre ligado às mentes pensantes das universidades de prestígio, aos “senhores doutores”, aos grandes cientistas e escritores.

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Finais do século XX- O tabaco, especialmente o charuto, passa a estar ligado aos empresários corruptos e à gente mal educada, “nova rica”.

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Finais do século XX e século XXI- CANCRO

É INCRÍVEL COMO AS MENTALIDADES MUDAM, NÃO É?

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O(s) Dia(s) das Bruxas (Halloween), parte I

 

clip_image002 Foram duas semanas de planeamento, contato com os vários departamentos da escola e professores, escolha de materiais, escolha de atividades, várias reuniões e muitas ideias estourando de todos os lados. E foram mais duas semanas de preparação dos materiais, montagem, recolha de folhas secas, ajuda dos alunos, e o estaminé montado para quatro dias de encanto e diversão. O esforço foi muito, nas dores de costas e nas horas extra que foram gastas na biblioteca é melhor nem falarmos.

E, ao fim de tanta dedicação, valeu a pena: a escola adorou, os alunos vibraram, muita gente meteu-se ao barulho e contribuiu, assim, com a sua pequena grande colaboração. Para vos dar a ideia, estiveram comprometidos os departamentos de Línguas, de Matemática e Ciências Experimentais e de Expressões, o Clube de Artes, a turma do curso profissional T.A.2D 3D (realização de filmes de terror e de animação), as turmas do 7º, 8º e 9ºs anos de escolaridade (preparação do material), a turma do curso profissional TOE (montagem e iluminação), para além dos funcionários da escola e alguns alunos terem sido de uma ajuda e apoio sem limites. Em breve publicaremos uma lista de todos os alunos, professores e restante comunidade escolar que colaboraram connosco.

clip_image004 E tudo isto por causa do Plano Nacional de Leitura: à baila do Dia das Bruxas muitas atividades (já anteriormente anunciadas) estiveram relacionadas com o prazer de ler, de escrever e de aprender. Foi montada uma peculiar “toca da bruxa”, cheia de livros ligados ao mundo mágico; foram feitas palestras sobre o mundo mágico de Harry Potter e as suas origens históricas; foi realizada uma festa cheia de fantasmas, cartas de tarot, leitura de contos fantásticos e sibilas; as estrelas e constelações vieram à nossa escola; tudo isto e muito mais.

Este pequeno filme será dedicado desta vez aos “bastidores” da festa. Esperemos que gostem.

quarta-feira, novembro 16, 2011

Concurso NOS@EUROPE

 

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A Universidade de Aveiro, no âmbito das iniciativas do Centro Jacques Delors, desafiou os alunos do ensino secundário e universitário a alvitrar soluções para a crise.

A Escola Secundária de Serpa aceitou o desafio. Mobilizados pela vontade de “dar a volta à crise”, um grupo de alunos e uma professora, arregaçaram as mangas e alimentaram-se durante dias de conhecimento . A equipa, denominada Juntos conseguimos, “bolou”,então, um plano.

Na passada sexta feira, a Sara Valente (10ºA); o André Afonso (11ºA); a Mª Teresa Coelho (12ºC); o Miguel Ramos (12ºB) e a professora Susana Moreira, juntaram-se na biblioteca para testar a sua nutrição em conhecimento: resolver o questionário da 1ª etapa.

Na segunda feira foram divulgados os resultados: esforço bem sucedido. Os dados finais mostram-nos que tivemos os melhores resultados do Alentejo e vamos, portanto, para a etapa seguinte.

A equipa encontra-se muito motivada e já envidou esforços para recolher contributos de toda a comunidade escolar.

http://nos-at-europe.ua.pt/

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