Custa a acreditar mas é verdade: durante muito tempo, esta planta, bastante saborosa para a maioria dos portugueses, foi considerada “impura”, “suja”, “mortífera”.
Já na Grécia Antiga, as populações olhavam-na como algo que chamava a morte e, embora estas também fossem de vez em quando oferecidas ao Deus Apolo, os sacerdotes estavam virtualmente proibidos de as ingerir. O grande filósofo e matemático Pitágoras deixou bem claro aos seus discípulos: comer esta planta é comer a alma dos mortos. Ingerir este legume, para muitos sábios, era ingerir comida corrompida.
Na Idade Média, a desconfiança em relação à fava também era o pão-nosso de cada dia. Porque as favas se parecem com pequenos fetos, as populações achavam que estavam a comer alminhas de futuras crianças.
Mas… De onde virá todo este medo absurdo por uma simples planta?
Sabe-se hoje que existe uma doença chamada Favismo. Trata-se de uma alergia fortíssima, e muitas vezes mortal, a este legume. Mas os nossos antepassados não sabiam como explicar cientificamente a súbita morte de um dos seus familiares ou amigos. Tudo o que viam à sua frente era alguém sentir-se, de um momento para o outro, terrivelmente mal e acabar, consequentemente, na cova. Daí o medo de a ingerir.
Então… Por que razão a comiam? Bom, a resposta é simples: a fome aperta. A fava é um legume extremamente resistente ao clima mediterrâneo. Em tempos de seca, de cheias, de pragas na seara, de guerras e de abusos de poder por parte dos reis e dos nobres, o povo, graças ao desespero e à necessidade, a perdeu o medo, e começou a ingeri-la com bastante frequência. Obviamente que vários acabavam por morrer vítimas desta alergia, mas tal facto não impediu que as massas pobres continuassem a usufruir deste apetitoso legume.
“Mandar alguém à fava” era, portanto, desejar a morte a essa pessoa. Hoje em dia, é o equivalente a um “Vai Bugiar!”
Já na Grécia Antiga, as populações olhavam-na como algo que chamava a morte e, embora estas também fossem de vez em quando oferecidas ao Deus Apolo, os sacerdotes estavam virtualmente proibidos de as ingerir. O grande filósofo e matemático Pitágoras deixou bem claro aos seus discípulos: comer esta planta é comer a alma dos mortos. Ingerir este legume, para muitos sábios, era ingerir comida corrompida.
Na Idade Média, a desconfiança em relação à fava também era o pão-nosso de cada dia. Porque as favas se parecem com pequenos fetos, as populações achavam que estavam a comer alminhas de futuras crianças.
Mas… De onde virá todo este medo absurdo por uma simples planta?
Sabe-se hoje que existe uma doença chamada Favismo. Trata-se de uma alergia fortíssima, e muitas vezes mortal, a este legume. Mas os nossos antepassados não sabiam como explicar cientificamente a súbita morte de um dos seus familiares ou amigos. Tudo o que viam à sua frente era alguém sentir-se, de um momento para o outro, terrivelmente mal e acabar, consequentemente, na cova. Daí o medo de a ingerir.
Então… Por que razão a comiam? Bom, a resposta é simples: a fome aperta. A fava é um legume extremamente resistente ao clima mediterrâneo. Em tempos de seca, de cheias, de pragas na seara, de guerras e de abusos de poder por parte dos reis e dos nobres, o povo, graças ao desespero e à necessidade, a perdeu o medo, e começou a ingeri-la com bastante frequência. Obviamente que vários acabavam por morrer vítimas desta alergia, mas tal facto não impediu que as massas pobres continuassem a usufruir deste apetitoso legume.
“Mandar alguém à fava” era, portanto, desejar a morte a essa pessoa. Hoje em dia, é o equivalente a um “Vai Bugiar!”
Vai Bugiar!
Boa pergunta: de onde é que vem a palavra “bugiar”? E por que razão tal palavra é um insulto??
Precisamos, para já, de perceber uma coisa: a palavra “bugio” teve vários significados, ao longo dos tempos. No século XIII, um “bugio” era o nome que se dava a uma vela de sebo. No século XVI, a mesma palavra podia também significar “macaco”. Porquê? Porque quando o último rei de Granada foi deposto, passou o resto da sua vida numa cidade argelina chamada Bugia, onde habitavam muitos macacos. Por fim, “Bugio” também era o nome que se dava a um instrumento, que servia para pregar estacas em terras alagadiças (foi assim que o Terreiro do Paço foi construído!). Ora, quem “bugiava” (trabalho bem pesado, diga-se de passagem) eram os criminosos e os vadios que, gentilmente, eram “convidados à força” a desempenharem esta tarefa.
Talvez o sentido actual que atribuímos a esta palavra esteja no meio destes dois últimos significados: “bugiar” é coisa de macaco e de escravo. Em todo o caso, “mandar bugiar” era tão ofensivo para os nossos antepassados, como hoje em dia é utilizar certos palavrões……
Boa pergunta: de onde é que vem a palavra “bugiar”? E por que razão tal palavra é um insulto??
Precisamos, para já, de perceber uma coisa: a palavra “bugio” teve vários significados, ao longo dos tempos. No século XIII, um “bugio” era o nome que se dava a uma vela de sebo. No século XVI, a mesma palavra podia também significar “macaco”. Porquê? Porque quando o último rei de Granada foi deposto, passou o resto da sua vida numa cidade argelina chamada Bugia, onde habitavam muitos macacos. Por fim, “Bugio” também era o nome que se dava a um instrumento, que servia para pregar estacas em terras alagadiças (foi assim que o Terreiro do Paço foi construído!). Ora, quem “bugiava” (trabalho bem pesado, diga-se de passagem) eram os criminosos e os vadios que, gentilmente, eram “convidados à força” a desempenharem esta tarefa.
Talvez o sentido actual que atribuímos a esta palavra esteja no meio destes dois últimos significados: “bugiar” é coisa de macaco e de escravo. Em todo o caso, “mandar bugiar” era tão ofensivo para os nossos antepassados, como hoje em dia é utilizar certos palavrões……
2 comentários:
Sabes que temos um amigo bloguista chamado Fava?
Adivinha quem é?
Olinda
Lindo e muito instrutivo esse Blog.Vou linká-lo, gostaria que se possível vc linkasse o meu tamvém, vamos aprender juntos.Beijão!!!!
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