De vez em quando
Ainda gostamos de ouvir
O eco do nosso coração
Ressoar nas paredes de um buraco.
Se estivermos quietos
O espelho é mais nítido.
O morcego voou por sobre o pianista
E desapareceu
Ali havia sons a mais.
Abandonadas
Estamos a desistir das mãos
Que há nos olhos.
De súbito
Anjos tocando o chão
Pela escada dos seus rostos
Chega-se ao céu.
Joaquim Palma, Oferenda Poética, Campo das Letras
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