Oh, Não!! O Bolor Da Minha Casa De Banho Está De Volta!
Bem podemos limpá-lo com lixívia doméstica, Cillit Bang!, e mil e um produtos que se vendem nos supermercados e mercearias. Não serve de nada: todos eles prometem morte eterna àquelas manchas escuras e horríveis, que invadem um espaço que devia ser imaculado e devia parecer limpo, e nenhum deles consegue ser verdadeiramente eficaz. Elas voltam, elas voltam sempre, para frustração das zelosas donas-de-casa de todo o mundo.
As tais incómodas e feias manchas negras são nada mais, nada menos do que um fungo. O mais comum de todos é o Aspergillus Niger (nas duas fotos), presente na maior parte dos lares dos continentes europeu e americano. Existe onde o ar frio é parado e húmido. Por isso, tem tendência a crescer e a condensar-se nos caixilhos de metal, tectos de vigas de betão, depósitos de água fechados, papel de parede ou gesso. Este fungo gosta particularmente destes cantinhos porque é precisamente ali que vai arranjar o seu alimento: estes materiais possuem minerais que, para este “bichinho”, são um verdadeiro pitéu. Ora, uma boa parte das casas de banho actuais são interiores, o que quer dizer que o ar dificilmente é renovado e a humidade tende a concentrar-se. Um verdadeiro paraíso para o Aspergillus…
É possível acabar de vez com ele? Bom, muitos alentejanos já desistiram desta guerra: o que este povo faz é limitar-se a tapar as manchas com cal, já sabendo que, no próximo ano, vai ter que fazer precisamente a mesma coisa. A única coisa que, de facto, conseguimos fazer é limpar a superfície dos azulejos, uma vez que, à semelhança das ervas daninhas, a “raiz”, que se encontra dentro deles, precisa de ser removida.
Mas há três opções possíveis: podemos removê-los com um fungicida sistémico, encontrado nas lojas de jardinagem. Sem dúvida que o fungo morre… mas podemos morrer da cura e não da doença, visto que estes fungicidas são altamente tóxicos. Outra ideia é limparmos a área com uma solução rosa-escura de cristais de permanganato de potássio… desde que as crianças sejam mantidas à distância. É que esta substância, se for ingerida, é mortal. Mas ainda há esperança: podemos impregnar a zona com uma solução aquosa com dez por cento de sulfato de zinco. Isto impede, sem dúvida, o reaparecimento do fungo… desde que o dito sulfato não seja retirado por uma lavagem. O que quer dizer que, no caso de uma banheira, é tempo perdido…
Moral da história: voltemos ao Cillit Bang!, à lixívia e à cal (as duas últimas são muito mais ecológicas). E resignemo-nos à ideia de que nem sempre o ser humano pode vencer a Mãe Natureza…
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