domingo, novembro 16, 2008

Livro da Semana

A Senhora das Especiarias, Chitra Divakaruni

Malagueta, a especiaria que traz o incêndio. A usar com muito cuidado.
Feno-Grego. Aquele que faz as quintas-feiras serem belas.
Funcho. Para amenizarmos as preocupações.
Gengibre. A raiz da sabedoria.
Segunda-Feira, o dia do feijão branco. O dia da calma, da espera.
Kantak, a erva dos espinhos negros. Durante uma hora, todos acreditarão no que dissermos. A erva que transporta a verdade para a nossa boca.
Makaradwaj, a rainha das especiarias. Aquela que traz a ilusão da beleza física.
E, de novo, a Malagueta, a especiaria que traz o incêndio.
Para usar com muito, muito cuidado.
Uma mulher com estranhos poderes, discípula da “Primeira Mãe”, que mora na Ilha das Especiarias.
Um americano com sangue de índio.
Um amor improvável.

E uma escolha: ou tu ou os outros.

O Filme

4 comentários:

WhiteLady3 disse...

Existe também um filme, com uma conhecida actriz de Bollywood.

http://www.imdb.com/title/tt0407998/

Anónimo disse...

O livro tem uma leitura um pouco "enleada" e delicodoce, no entanto retrata bem os ainda choques culturais da América do nosso tempo.
Deixo duas sugestões de referências indianas (que por certo serão conhecidas da coordenação da Biblioteca Porta Aberta) que considero mais estimulantes:
"O Deus das Pequenas Coisas", de Arundhati Roy, sobre a infância e a importância das coisas simples na vida;
"A Vida de Pi", de Yan Martel, sobre um menino indiano que fica à deriva num bote no vasto oceano, tendo por companhia um esfomeado tigre de Bengala.
São dois romances premiados com o Booker de 1997 e 2001, respectivamente.

Sandra Costa disse...

"O Deus das Pequenas Coisas" eu já li há uma série de anos, a adorei. Quanto ao segundo, está na minha estante, mas ainda não tive tempo sequer de o abrir. Sei, no entanto, que são duas obras "aparentemente" diferentes uma da outra.

Quanto à sua opinião do livro da semana, não partilho desta ideia: a atmosfera está muitíssimo bem conseguida e é uma obra que, à primeira leitura parece, de facto, superficial. No entanto, à medida que nos vamos lembrando dela, há bastante que se lhe diga...

Por exemplo: era capaz de largar tudo pela Humanidade, até a sua própria felicidade? Até que ponto as NOSSAS necessidades são assim tão importantes? E o que é o Amor verdadeiro? Aquele amor distanciado, ensinado pela "Primeira Mãe" ou o amor altruísta e apaixonado de Tilo? Mesmo que ela acabe consumida pelo fogo dos deuses? E até que ponto os deuses nos amam? E perdoam? E porquê esta vergonha do corpo, da pele, da etnia? Por que somos assim? E não podemos ser outra coisa?

Como vê, há muito para dizer...

Emília Sarmento disse...

Sandrinha, boa sugestão de leitura! Comprei, li e gostei. E é como dizes, a quantas "viagens" profundas dentro de nós o livro convida, mesmo quando parece superficial.