Obra de Norma Desmond
É o que costumamos dizer a amigos e familiares, quando o assunto que está a ser debatido é delicado ou até perigoso. No entanto, ao contrário do que todas as pessoas pensam, esta expressão não vem do tempo dos microfones escondidos e das escutas telefónicas. Para todos os efeitos, é muito antiga, e tem (provavelmente) origem no século XVI.
Catarina de Médicis, Rainha de França por casamento com Henrique II, não era apenas uma mulher bonita. Era uma senhora muitíssimo inteligente e astuciosa. Pior ainda, queria o poder a todo o custo! Aliás, era ela quem mandava na França, o marido não passava de um simples fantoche (a “Lei Salónica” não permitia que a França fosse governada por mulheres. De facto, este país NUNCA teve uma rainha como governadora principal!).
Esta mulher, para conseguir os seus intentos, servia-se das artimanhas mais imaginativas e criativas, para apanhar os seus inimigos em falso. Ora, uma delas consistia em ligar tubos acústicos escondidos nas paredes para que, através deles, pudesse escutar, atrás de paredes secretas, os planos e as intrigas dos seus adversários.
Daí a expressão As Paredes Têm Ouvidos…
Discutir O Sexo dos Anjos ou Discussão Bizantina
Esta é uma expressão que, infelizmente, está a entrar em desuso, entre as gerações mais jovens, e tem origem num dos mais tristes, violentos e bizarros episódios da História da Humanidade. Uma “discussão bizantina” ou “discutir o sexo dos anjos” significa gastar tempo inútil a falar e a debater assuntos que não têm qualquer interesse para a Humanidade.
Ora vamos aos factos históricos: quando os turcos, no século XI, decidiram invadir a cidade de Bizâncio, capital do Império Romano do Oriente, o que fizeram não foi nem um pouco delicado: a cidade ficou literalmente em chamas, as mulheres foram sistematicamente violadas, as crianças foram degoladas, os velhos decapitados, e o próprio imperador Constantino XI não escapou à tragédia: foi assassinado à frente das suas gentes!
Entretanto, e completamente indiferentes ao sofrimento do seu povo, um grupo de padres, bispos e altas figuras da Igreja Romana reuniram-se num concílio, para discutir uma questão que, segundo eles, era deveras importante: os anjos teriam sexo? Assim, e enquanto a cidade era invadida por gritos e sangue, estes “nobres cristãos”, impávidos e serenos, liam documentos antigos, teses religiosas, liam a Bíblia… Tudo isto para provarem que, da cintura para baixo, os anjos não “pecavam”…
Ora vamos aos factos históricos: quando os turcos, no século XI, decidiram invadir a cidade de Bizâncio, capital do Império Romano do Oriente, o que fizeram não foi nem um pouco delicado: a cidade ficou literalmente em chamas, as mulheres foram sistematicamente violadas, as crianças foram degoladas, os velhos decapitados, e o próprio imperador Constantino XI não escapou à tragédia: foi assassinado à frente das suas gentes!
Entretanto, e completamente indiferentes ao sofrimento do seu povo, um grupo de padres, bispos e altas figuras da Igreja Romana reuniram-se num concílio, para discutir uma questão que, segundo eles, era deveras importante: os anjos teriam sexo? Assim, e enquanto a cidade era invadida por gritos e sangue, estes “nobres cristãos”, impávidos e serenos, liam documentos antigos, teses religiosas, liam a Bíblia… Tudo isto para provarem que, da cintura para baixo, os anjos não “pecavam”…
2 comentários:
original!!!
Obrigado!
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