Há muitos, muitos anos…. Quando os cristãos e os mouros andavam em luta, a cidade de Maura tinha por Alcaidessa, Salúquia, filha de Abu-Assan. Salúquia estava noiva de Brafma, príncipe da cidade de Aroche.
Na véspera do casamento, Brafma pôs-se a caminho de Maura, sem armas e acompanhado apenas por alguns amigos. Salúquia, do alto da mais alta torre do seu palácio, aguardava, ansiosa, a sua chegada. Mas os cristãos sabiam do que se preparava e resolveram agir. Álvaro e Pedro Rodrigues chefiavam o grupo de cavaleiros cristãos que emboscaram Brafma e a sua comitiva.
Depois de os matarem, os cristãos vestiram as roupas dos mouros e dirigiram-se para o palácio de Salúquia. Esta, ao vê-los e crente de que se tratava do seu noivo e amigos, ordenou que se baixasse a ponte levadiça, permitindo, assim, que os cavaleiros entrassem na cidade. Iniciou-se, então, uma chacina que só terminou quando os cristãos dominaram a cidade. Ao ver o que acontecera, e sabedora do destino que teria, Salúquia atirou-se da torre que, ainda hoje, tem o seu nome. Reza a história que, a partir de então, a cidade passou a ser conhecida pelo nome de Moura, em homenagem à desventurada noiva…
Isabel Lanzinha
Foto retirada de: www.bmwcklt.com
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