Nós já sabemos que a época da adolescência é o período mais tumultuoso das nossas vidas mas, estranhamente, esta é também uma fase da vida em que nada é do nosso agrado, a não ser sair à noite, namorar e viajar sem os pais por perto. Porém, e ao contrário do que se pensa, há um grupo de jovens que parecem acordar para todos os estímulos da vida e que adoram dar um pulinho ao passado, adoram escarafunchar a velha discoteca dos pais, avós e até bisavós. Há mesmo aqueles que se babam por filmes antigos que, se forem do tempo do cinema mudo, ainda melhor. E ainda há
aqueles que amam feiras da ladra, antigas grafonolas, velhos livros com 100 anos, capa rasgada e anotações do próprio leitor.
Pois bem. Este post é dedicado a este tipo de jovens. E nada como a Internet para termos acesso a um mundo a que não teríamos acesso (nem dinheiro!) por outros meios mais “antiquados”. Afinal, quantos canais de televisão passam música dos anos 60 do século passado? Quantos canais passam de vez em quando cinema de qualidade, para contrabalançar o comercial que todos nós vemos?
O primeiro site que apresentamos, The Rising Storm é dedicado exclusivamente à música dos anos 60, desde o rock até ao country, desde os blues até ao estilo psicadélico, desde as baladas contestatárias até ao pop de qualidade. O arquivo desta página é verdadeiramente invejável e será, muito provavelmente, um local de estudo para todos os futuros amantes da música. Há bandas e cantores aqui que nem os meus amigos desta geração, que viveram e amaram esta década, conheciam! Vistas bem as coisas, nada como o tempo para aprendermos a seleccionar e reconhecermos aqueles compositores que verdadeiramente interessam.
O segundo site, de título inglês mas de origem portuguesa, My One Thousand Movies é dedicado ao cinema. A lista de realizadores é de encher água na boca: Luchino Visconti, Federico Fellini, Ingmar Bergman, David Lynch, Manuel de Oliveira, Agnès Varda, D. H. Griffit… Aqui, podemos assistir online a filmes que, de outro modo, ser-nos-ia impossível conhecer, ou porque as edições já estão irremediavelmente esgotadas ou porque os media “convencionais” acham que o público não está minimamente interessado em ver outra coisa que os “Piratas das Caraíbas”. Por muito que eu goste deste tipo de cinema (quem é que não gosta?) há mais vida para além dos blockbusters. A Meobox bem pode ter dezenas de milhares de filmes à disposição do espectador. O problema é que são raras as vezes em que encontramos algo que valha realmente a pena ver, e o caso mais flagrante de todos é a selecção do género de ficção científica.
Há muito mais para ver e falar mas este post já vai longo. Para a próxima, falaremos de divas de ópera esquecidas e de pintura.
Imagem do baú retirada daqui
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