Já lá vão uns dias, mas não nos esquecemos: morreu a grande e luminosa cantora folk da Argentina Mercedes Sosa, aos 74 anos. Recebeu o carinhoso apelido de “La Negra”, devido à sua tez morena e o seu longo cabelo escuro, o que não é para espantar, uma vez que Mercedes tem sangue índio.
Durante os anos sessenta, fez parte do movimento Nuevo Cancionero, que pretendia trazer a música folk às suas origens. Sendo uma mulher muitíssimo inteligente, lutou pelos direitos das minorias, dos pobres e dos oprimidos, e foi forçada a exilar-se em 1979, devido ao conteúdo “perigoso”, “subversivo” e “rebelde” das suas canções. Pelo menos, era assim que os militares de Jorge Videla, o chefe que encabeçou a Junta Militar, assim o achavam. A partir daí, passou a ser considerada “a voz de uma maioria silenciosa”.
Comunista, intelectual, mulher, amiga, artista. Como dizia, Não sou nova nem bonita, mas tenho a minha voz e a minha alma, que me sai quando canto.
Argentina está de luto.
A sua Amália morreu.
Gracias a la Vida (música original de Violeta Parra)
Foto retirada de: http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1403624
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