segunda-feira, janeiro 19, 2009

Livro da Semana

A Rapariga Que Roubava Livros, de Markus Zusak

clip_image002 Muitos foram aqueles que classificaram este livro como sendo “literatura juvenil”. Todavia, as obras-primas têm o condão de fascinar todo o tipo de leitores: os novos e os velhos, homens e mulheres, os cépticos e os sonhadores, os românticos e os realistas, os desiludidos e os optimistas. Este quinto romance de Markus Zusak transformou-se num fenómeno mundial e conseguiu a proeza de ficar quarenta semanas no top de livros mais vendidos do New York Times. Sim, as obras-primas têm o dom de nos marcar, não importa a idade, o sexo, a classe social, a etnia.

De que fala, este livro? Façamos nossas as palavras da Morte, a narradora desta história: Trata-se da história de um desses sobreviventes perpétuos – um perito em ser deixado para trás. É apenas uma pequena história, na realidade, acerca, entre outras coisas, de:

· Uma rapariga

· Algumas palavras

· Um acordeonista

· Alguns alemães fanáticos

· Um pugilista judeu

· E uma boa dose de furtos

Através desta pequena introdução, a Morte relata os tristes dias da Alemanha Nazi, durante a Segunda Guerra Mundial. Fala-nos das perseguições aos judeus e outras etnias, fala-nos da fome, dos bombardeamentos e, por fim, da necessidade de sonhar, mesmo que a pequena comunidade de Molching, em Munique, esteja a ser arrasada por mil e uma bombas, vindas do nada, lançadas sabe-se lá por quem. Tudo isto contado como se fosse um poema, uma canção de embalar, um pesadelo com piadas incluídas.

Lembremo-nos que é a Morte que nos está a relatar todos estes eventos. E a Morte não é nem vingativa nem fria, nem cruel nem indiferente. A Morte sente compaixão e amor pelos humanos. Muitas vezes, não os entende. Muitas vezes compadece-se das suas dores.

E a Morte também faz amigos. Neste caso, ela escolheu uma menina que roubava livros…

S.C.

Sem comentários: