Poemas Sombrios: Cancro
Na vida, és coisa bruta.
Quando acamado por doença,
Todo aquele que contra ti luta,
Tu fazes com que não vença.
És como que uma sentença,
Depois de uma vida de labuta.
Já te pagaram a avença,
E tu fazes a permuta.
Contigo ninguém se ilude.
Tens um pacto com a morte.
E arruínas a saúde,
A todos os que não têm sorte.
É raro fazeres alarde.
É esse o teu ponto forte.
Quando te vêem já é tarde.
A seguir já vem a morte.
zeninumi 25/9/2007
Aquilo que me prende o pensamento,
Nos ciclos viciosos da lembrança
E me corrói, com o passar do tempo,
Cada traço do ser e da confiança,
Aquilo que me envenena as ideias
E por vontade minha me entristece,
Aquilo que me arrasta pelas teias
Da morte, ou assim parece,
Aquilo que me prende e me tortura,
Aquilo que me destrói sem cura,
E que me perde em sonhos irreais,
Aquilo que me mata a cada dia,
Aquilo que me sufoca e asfixia,
És tu, cancro, ou algo mais.
De: Pedro leitão
1 comentário:
Uma palavra de agradecimento de todos nós aos «herois» dos vários serviços oncológicos, médicos, enfermeiros, assistentes, voluntários, auxiliares, pessoal de limpeza, etc, que, com poucas condições, pouco dinheiro e muita coragem salvam vidas todos os dias.
Lyta
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