terça-feira, fevereiro 23, 2010

PNL - Semana Da Leitura

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Frase do Dia

Os Homens só podem compreender um livro profundo depois de terem vivido, pelo menos, uma parte daquilo que ele contém.

Ezra Pound, poeta do século XX

 

 

Booktrailer

O Labirinto da Rosa, de Titania Hardie

 

Livro Da Semana

Curso de Escrita Criativa, volumes I e II, Pedro Sena-Lino

Qualquer pessoa que goste de ler já deve ter pensado qualquer coisa parecida com clip_image006isto: “quem me dera ter a imaginação que este escritor tem” ou “quem me dera ter jeito para me expressar desta forma”. Claro que são poucos aqueles que chegam ao génio de um Dostoievski, de um Thomas Mann ou de um Camões mas a experiência de vida já nos ensinou que muito do dito “talento” ou “jeitinho” nada mais é do que muito trabalho, revisão, análise e disciplina. Ou, como dizia alguém, “Génio é 1% de inspiração e 99% de transpiração”. Em suma: muitos de nós não seremos um Cervantes mas podemos tirar partido da nossa própria criatividade, por muito pequena que ela seja.

“Sim, mas como?”, perguntam logo os leitores. É aqui que os cursos de Escrita clip_image004Criativa entram. Criados (como não haveria de deixar de ser) nos Estados Unidos de América, têm como objectivo desenvolver “a arte de bem escrever”. É óbvio que nada disto despoleta um génio escondido: as nossas aptidões naturais revelam-se cedo e, como diz o anúncio, “uns têm, outros não”. O que estes cursos oferecem é todo um arsenal de boas ideias, pistas, jogos, dicas, brincadeiras e exercícios que permitem que qualquer um possa trabalhar as palavras como se estas fossem um diamante em bruto ou um pedaço de barro, pronto para se transformar ou num jarro ou numa escultura.

clip_image008 E há de tudo: Pedro de Sena-Lino (na foto à esquerda) ensina-nos como descrever o espaço da acção de uma maneira pessoal e original; aprendermos a “sair de nós mesmos” e enfiarmo-nos na pele de um objecto ou personagem; como trabalhar o lado psicológico recorrendo apenas à audição, ao olfacto e ao tacto; como tornar um parágrafo mais vivo e menos repetitivo; sugestões para todos nós podermos criar uma história que agarre o leitor logo à primeira página; brincar com os sons e as figuras de estilo; etc.

Voltamos a dizê-lo: um curso de escrita criativa não fará de nós o Tolstoi do século XXI. Porém, despoleta no nosso cérebro um “saber fazer” que nunca pensávamos possuir. Convém, apesar de tudo, deixarmos aqui um aviso: estas “1001 maneiras de escrevermos bem” têm que ser feitas por pessoas que realmente querem desenvolver a sua expressão escrita. É que, ao contrário do que se pensa, este método exige trabalho, dedicação, persistência e empenho. Na próxima quinta-feira, às 20.30m, na biblioteca da nossa escola, iremos oferecer um “cheirinho” do que é este método. Apareçam, porque está garantida uma hora cheia de boa disposição.

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