Foi encarcerado numa prisão, durante quase 30 anos. Tudo porque teve “a lata” de sonhar com uma África do Sul onde negros e brancos convivessem uns com os outros e vivessem em igualdade perante a Justiça, a Educação, a Cultura, as mesmas oportunidades de trabalho e um sistema de Saúde que não discriminasse ninguém.
No dia 11 de Fevereiro de 1990, o mundo gritou de alegria ao saber que Mandela iria ser libertado, e centenas de milhar de homens e mulheres de todas as raças e culturas esperaram-no à porta da prisão para o saudar e o acompanhar até casa. Esperava-se um banho de sangue. Em vez disso, este homem sempre humilde chamou os seus “inimigos”, perdoou-os e iniciou um novo governo multirracial. Foi graças a ele que esta nação não teve uma guerra civil. Foi graças a este homem que os “ajustes de contas” não chegaram a existir em grande escala. E continua a ser graças a ele que o sonho de um “país de igualdades” ainda se mantém.
Há quem diga que, no dia em que Nelson Mandela morrer, este país africano sofrerá uma guerra civil porque nenhum dos políticos que agora governa esta nação tem o carisma, a visão, o poder da palavra e a tolerância deste extraordinário ser humano. Só o tempo o dirá.
E esperemos que nunca tenhamos que assistir a tal.
O nosso medo mais profundo, não é o de que sejamos inadequados. O nosso medo mais profundo é o de sermos poderosos demais. É a nossa luz, não a nossa escuridão, o que mais nos assusta. Perguntamos a nós mesmos: "Quem sou eu para ser brilhante, alegre, cheio de talentos e fabuloso?" Na verdade, quem somos nós para não o sermos? Tu és um filho de Deus. Fazer menos do que podes não serve o mundo. Não há nada de luminoso no facto de nos encolhermos para que outras pessoas se sintam tão inseguras como nós. Nascemos para manifestar a glória de Deus que está dentro de nós. Ela está não só em alguns de nós, está em todos nós. E à medida que deixamos nossa própria luz brilhar, inconscientemente damos permissão aos outros para fazerem o mesmo. À medida que nos libertamos do nosso medo, a nossa presença automaticamente liberta outros."
Discurso Inaugural do novo governo multirracial, no ano de 1994.
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