É uma das perguntas mais velhas do mundo: “Se tivesses que ir para uma ilha deserta, que livro levarias? Não te esqueças que só podes escolher um!”. Claro que quem não gosta de ler, diria logo: “Nenhum!”. Porém, parem lá só um bocadinho para pensar: uma ilha deserta é uma ilha deserta. Não há internet nem televisão nem humanos nem festas de arromba nem Facebook nem desporto nem bares abertos ao Sábado nem nada. Se chegarmos a estas conclusões, um livro, afinal de contas, não parece ser uma companhia assim tão desagradável...
Voltemos à questão: que livro levarias? Pessoalmente, eu ficaria bastante indecisa entre três: O Nome da Rosa, de Umberto Eco, O Senhor dos Anéis, de Tolkien e Os Maias de Eça de Queirós. Que escolheria eu? A fantasia, o romance histórico-policial ou uma brilhante crítica ao Portugal de há cem anos atrás? Uns ter-se-iam decidido pela Ilíada, outros por Dom Quixote, outros por Romeu e Julieta, outros por O Admirável Mundo Novo, outros por A Lua de Joana. Cada ser humano tem a sua personalidade e gostos próprios e, por isso, há obras literárias que nos tocam mais do que outras.
Ora, a revista Veja (Brasil) decidiu fazer uma selecção (obviamente muito pessoal) dos dez livros que marcaram e influenciaram várias gerações, independentemente de serem melhores ou piores do que outros. Com efeito, faltam aqui obras de referência: O Ulisses, de James Joyce, As Flores do Mal, de Baudelaire, 1984, de George Orwell e até a já referida Ilíada, de Homero. E se existe uma obra literária que marcou para sempre o mundo, foi esta última... Porém, esta é apenas mais uma escolha pessoal. Nada mais.
Sugerimos que dêem uma espreitadela e digam se concordam ou não (podem aceder a esta lista, através do seguinte link: http://veja.abril.com.br/blog/10-mais/literatura/os-10-livros-que-marcaram-os-jovens-por-geracoes/10/#ancoratopo ). E, já agora, é interessante reparar que quatro das dez escolhas já foram livros da semana na nossa biblioteca...
Imagem retirada de:
http://www.urbanphoto.net/blog/wp-content/uploads/2007/04/reading01.jpg
3 comentários:
Devia ter vergonha de dizer isto mas, não li nenhum dos livros que estão na lista do site brasileiro, e garanto que sobre dois deles nunca ouvi sequer falar, por isso acredito que não sejam assim tão essenciais, pois embora me falte leitura, a verdade é que tento prestar muita atenção aos nomes sonantes, especialmente clássicos, e se dois deles nunca ouvi, é porque não podem ter marcado assim tanto a sua geração. Digo eu ...
E sinceramente, não sei que livro levaria para uma ilha deserta porque ainda não encontrei aquele livro que possa dizer, com toda a certeza do mundo, que é o meu favorito. Hei-de chegar lá, um dia.
Ana:
Escolhermos o livro que levaríamos para uma ilha deserta é uma daquelas perguntas parvas que nós adoramos colocar num jantar entre amigos. É, no entanto, uma pergunta divertida porque estimula o nosso cérebro e ajuda-nos a conhecer melhor a nossa personalidade. Afinal, nós somos, de certa forma, o livro que escolhemos...
E não te preocupes: há IMENSAS pessoas que não sabem responder a esta questão. É que, quanto mais lemos, mais difícil se torna tomarmos uma decisão. SÓ um livro? Não posso levar mais nenhum? E não correrei o risco de enjoar para sempre daquela obra :)
Assinado: Sandra Costa
Uma boa maneira de contornar a questão de um só livro e de enjoar a dita obra é de levar uma boa antologia... eu levaria uma boa que aqui tenho "The Norton Anthology of English Literature" tem 2582 páginas (muito muito fininhas, portanto não é um 'calhamaço' em termos físicos). Tem um pouco de tudo...e ainda uma bibliografia selecionada o que me iria permitir criar uma lista de livros que quereria ler quando saisse da ilha. Pensando bem, deveria comprar uma boa antologia da literatura portuguesa ...sugestões?
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