terça-feira, janeiro 19, 2010

Lisboa Voltou A Ficar Alfacinha!!

 

Começou por ser uma simples necessidade das classes mais pobres: estava ali clip_image002mesmo ao lado um terreno deserto e, pelos vistos, abandonado. Vai daí... toca a agarrar na enxada e a cavar. Não demorou muito para que a paisagem começasse a ficar não só bonita mas também comestível. Quem passasse pela zona do aqueduto de carro, ficava siderado a olhar para o que via: o que raio estão ali, à beira da estrada, a fazer um montão de nabos e couves???? E, pouco a pouco, os netos começaram a juntar-se aos avós e ganharam o gosto à comida feita pelas suas próprias mãos. Actualmente, a Câmara Municipal de Lisboa, entusiasmada com o retorno da capital “alfacinha” (os lisboetas eram conhecidos por esse nome porque esta cidade esteve, durante muito tempo, cercada de hortas), já criou um plano de protecção e preservação destes novos e engraçados espaços verdes. Com efeito, Lisboa precisa como de pão para a boca de “cápsulas de oxigénio”, capazes de limpar a sua atmosfera altamente poluída. Ora, não há melhor amigo do lisboeta do que o legume: é que estes devoram dióxido de carbono como o ser humano devora chocolate ou bolas de berlim, ou seja, papam-no com prazer e crescem felizes e saborosos. Veja-se o caso de uma horta em plena Mouraria (foto acima), plantada por gente de todas as classes e gerações.

Mas para quem acha que plantar uma horta é coisa de “campónio” ou de “pobre”, o melhor mesmo é deixar de pensar à século XX: Por este mundo fora (e também até no nosso país), está clip_image004em curso uma “revolução verde”, um reencontro com a Mãe Terra e as coisas simples da vida. Cada vez mais desconfiados daquilo que lhes vai parar à mesa - a galinha doente dos aviários, a vaca feita em série das grandes ganadarias, os pesticidas chupados pelos legumes e frutas – são cada vez mais as pessoas que tomam a iniciativa de plantarem nas suas varandas, terraços e até telhados, pequenas ou micro-hortas para uso pessoal. Poupa-se na carteira, poupa-se no stress (a terra pode ser um hobby muito relaxante), as crianças tomam contacto com a vida, o ar puro, o ar livre e a saúde. E se as convencermos a entrar na brincadeira, é com prazer que comem legumes, em vez de os rejeitar. Afinal, foram elas que os plantaram!

Agora vejam só o que uma simples família americana de Los Angeles conseguiu fazer com apenas 400 m de espaço no seu quintal. O seu desejo é tornarem-se autónomos, auto-suficientes, para que possam, assim, ser livres e não dependerem de ninguém.

Horta orgânica em casa – Família Dervaes, legendas em português

Imagens Retiradas de:

http://lisboaemuitagente.blogspot.com/2009_05_01_archive.html

http://pimentanegra.blogspot.com/2008/04/destruio-em-lisboa-das-hortas-urbanas.html

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