O pai moderno não diz: “a minha mulher está grávida”. O pai moderno diz: “Estamos grávidos!”. Lê livros sobre bebés, acompanha a futura mamã nas aulas de hidroginástica, chora baba e ranho quando vê pela primeira vez a ecografia do rebento.
O pai moderno entra em pânico quando a esposa rebenta as águas, assiste ao parto, respira fundo e forte como a mulher e chora de alegria, quando vê o filho sair.
O pai moderno acorda às três da manhã, com o pressentimento de que o bebé está com fome. Empurra orgulhosamente o carrinho no jardim, vai ao supermercado com o filhote encavalitado, tem a fotografia do petiz na carteira, guarda religiosamente o seu primeiro dentinho numa caixinha.
O pai moderno conhece todas as marcas de fraldas, todos os leites em pó, o melhor pó-de-talco, o champô que não irrita os olhos do menino e até a água-de-colónia ideal para uma criança. Dá banho à criança, troca de fralda, cozinha, anda com olheiras e faz turnos de sono com a mãe.
O pai moderno leva o filho à escola, é encarregado de educação, passa noites à mesinha de cabeceira do menino quando este está doente, vai às festas da escola, comove-se até às lágrimas se o pimpolho se saiu bem na peça de teatro e confraterniza com os professores.
O pai moderno não fuma (faz mal ao menino), não guia com excessiva velocidade (porque o menino vai no banco de trás), não fala ao telemóvel enquanto conduz (porque o menino vai no banco de trás) e não bebe enquanto conduz (porque o menino vai no banco de trás).
O pai moderno não quer perder pitada do crescimento do seu filho. Não quer ser como o seu avô, que assistia ao milagre de uma nova vida sempre à distância, nunca chorava porque “um homem não chora”, não ia ao cinema com o filho, não escutava os seus desabafos (“vai falar com a tua mãe), não o levava ao colo.
Mas noutras coisas, o pai moderno há-de ser sempre à moda antiga: se tem uma filhota, desconfia de todos os namorados dela. Se tem um rapaz, o Futebol é o desporto-rei.
Os maus pais, infelizmente, existirão sempre. Há aqueles que ignoram os filhos, há aqueles que batem neles, há aqueles que não conseguem expressar os seus sentimentos. E há aqueles que dão tudo às crianças, porque não estão para aturá-las. Porém (felizmente!) são ainda uma minoria. Pais modernos ou nem tanto, desde que amem os seus e os preparem para a vida, serão sempre uma figura indispensável nas nossas vidas.
A todos os pais de verdade, este dia é só para vocês!!
Foto retirada de:
http://outdoors.webshots.com/photo/1096799386032093015tFEvgZ
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