terça-feira, outubro 27, 2020

Livro(s) da Semana - Coleção Sherlock Holmes, Sir Arthur Conan Doyle

 


Peçam a um esquimó ou a um índio brasileiro que desenhem um detetive, e o desenho é sempre o mesmo: um homem com um chapeuzinho engraçado, com um cachimbo na boca e uma lupa na mão. Em todos os cantos do planeta, a imagem icónica de um investigador de crimes é sempre esta, ao ponto de se ter transformado naquilo que os psicólogos e antropólogos chamam um arquétipo: uma imagem simbólica que pertence ao subconsciente coletivo da Humanidade.

E, no entanto, poucos sabem que este cliché mundial começou com o detetive imaginário mais famoso do mundo: Sherlock Holmes. Aliás – para sermos mais precisos – a imagem icónica de Sherlock Holmes foi criada pelo ilustrador Sidney Paget, no ano de 1891 (ver imagem à esquerda). As suas ilustrações ficaram tão famosas que, a partir desse momento, este génio que combate o crime passou a usar o seu inseparável deerstalker (uma boina de fazenda que os caçadores ingleses usavam e usam durante o Inverno), mais o seu cachimbo e lupa.

A inspiração de Conan Doyle para a criação de Sherlock Holmes veio dos seus tempos de faculdade: este escritor teve o privilégio de assistir às aulas de um “certo” Joseph Bell, um cientista pioneiro na Ciência Forense, e que tinha o dom extraordinário de observar os mais pequenos detalhes quer num espaço quer numa pessoa. Através dessa observação, ele fazia diagnósticos dedutivos acerca da personalidade e vida de alguém. Este Dr. Joseph Bell trabalhava lado a lado com outro génio, Henry Littlejohn, um cientista brilhante que era constantemente chamado pela Scotland Yard para resolver crimes e mistérios. Sherlock Holmes foi a fusão destes dois homens geniais: a observação clínica, lado a lado com os conhecimentos da Ciência Forense da época.

Mais de 133 anos depois, custa a acreditar que, ainda hoje, as histórias deste detetive continuam a ser lidas e compradas por milhões de pessoas, no mundo inteiro. E já agora – excelentes notícias! – já não têm direitos de autor, o que quer dizer que podemos baixá-las na net, sem qualquer peso de culpa … desde que sejam em Inglês. É que as traduções também têm direitos de editora. No entanto, existem muitos “carolas” na net que traduzem voluntariamente as obras de grandes escritores mundiais, publicando-as depois de graça na net. É saber procurá-las…

Para quem ainda ama este formato “antiquado” chamado “livro em papel”, a nossa biblioteca dispõe de vários exemplares dedicados a este mítico detetive. Passem por cá, e levem para casa raciocínios lógicos para desvendar no aconchego do lar.

Os “detetives de sofá” nunca ficaram fora de moda!

 

            Imagem retirada daqui.

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