… Segundo o jornal Brasileiro Folha de São Paulo.
Pois é: agora que o século XX já acabou, está na hora de fazer um balanço geral das obras literárias que marcaram o planeta, criaram discípulos e ainda hoje são periodicamente publicadas. Claro que quando entramos na velha história d’”Os melhores dos melhores”, entramos no pântano dos gostos subjectivos. E convém lembrar que, todos os anos, milhões de escritores em todo o mundo dão a conhecer o seu talento e criatividade. Ficarmos para a História resume-se, por muito que isto nos desagrade, a estar no sítio certo no momento certo. Quantos autores romenos conhecemos nós? Quantos escritores da China ainda estão para ser encontrados? Quantos poetas de Moçambique foram atirados ao caixote de lixo ou se encontram amontoados num caixote de uma loja de livros em segunda mão, prontos para serem (re)descobertos? E quantos génios do Paquistão conhecemos? Adiante.
Parafraseando Almada Negreiros, mesmo que lêssemos um livro por dia nunca conseguiríamos ter acesso a toda a cultura do mundo. Por isso, à falta de melhor, confiamos nos “Best Of” criados por uns tantos quantos carolas que, em princípio, devem ter lido mais obras literárias do que nós.
Uma coisa é certa: há nomes que aparecem em todas as listas dos 100 melhores livros: James Joyce, Franz Kafka ou Thomas Man, estes são nomes incontornáveis. Depois ficam os critérios pessoais. Neste caso, a Folha de São Paulo considerou o Memorial do Convento de José Saramago, A Cidade e as Serras, de Eça de Queirós e Os Cus de Judas, de António Lobo Antunes, como romances que merecem fazer parte da lista dos 100 melhores livros do século passado (esta selecção não contempla a poesia, por isso não vemos Fernando Pessoa).
Se quiserem dar uma espreitadela à escolha pessoal deste jornal, bem como as razões porque determinadas obras foram eleitas, cliquem neste link: Porém, todos os “100 melhores” deste planeta valem o que valem e podemos dizer, no mínimo, que estas listas têm o condão de ajudar os futuros leitores a seleccionar as suas incursões na leitura. Não são para ser levadas a sério, servem simplesmente para nos dar a conhecer os gostos e preferências de cada um.
Pela minha parte, há nomes grosseiramente esquecidos e autores que, vá-se lá saber porquê, não deviam estar nesta selecção. Mas - é claro - isto sou eu a falar…
Imagem retirada daqui
1 comentário:
É uma lista completa, embora faltem ali alguns nomes importantes. Mas o que é que se há-de fazer? Uma lista de 100 nomes não chega, não é suficiente. Falta «A Praça do Diamante» de Rodoreda, falta um livro de Mishima...são só opiniões de algumas pessoas.
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