Segundo estatísticas, a cada três segundos morre uma criança à fome neste planeta. Ao mesmo tempo, o mundo Ocidental está carregado de pimpolhos obesos, e “pirralhos” que fazem a mais incrível fita nos supermercados, só porque querem o novo brinde da caixa de cereais Chocapic. As meninas maquilham-se cada vez mais cedo, os rapazes estão cada vez mais agressivos, graças aos (dizem as más línguas) jogos de computador. Aliás, as grandes empresas descobriram a galinha dos ovos de ouro: se a criança gostar do produto que vê na televisão, os pais comprá-lo-ão. E, como se afirma no documentário que abaixo apresentamos (Criança, A Alma Do Negócio), os pais estão apenas algumas horas por semana com os filhos. A televisão faz-lhes companhia todos o dias. Assim, desde pequenas que são submetidas a uma lavagem ao cérebro, que só tem uma palavra: compra, compra, compra.
Há centenas de milhões de crianças que são raptadas e recrutadas à força para “trabalhar” em exércitos de supostos “grupos revolucionários”, que de revolucionário nada têm; centenas de milhões não têm hospitais nem escolas públicas em condições; centenas de milhões são vítimas de violência doméstica, de raptos e tráfico de escravatura e pedofilia. Para piorar o cenário, há dezenas de milhões que acabam órfãs, devido aos pais terem morrido de Sida ou por terem morrido em guerras tribais ou por terem morrido graças a mil e uma doenças…
No mundo Ocidental há demasiadas meninas, no mundo Asiático há excesso de rapazes, pois as famílias, assim que sabem que um bebé do sexo feminino vem a caminho, decidem logo abortá-lo. Acresce o facto de que a Humanidade não pára de crescer e já começa a não haver nem água nem comida nem ar para todos. Alguém vai ter que sair, já se diz por aí, ainda à porta fechada. Até quando?
A lista é, infelizmente, interminável e, por enquanto, não parece haver solução para este problema. Uma coisa nós já sabemos: quem paga a tarifa são sempre os fracos, a saber, as mulheres, os velhos e as crianças.
Este foi mais um Dia Mundial da Criança. De quantos mais precisaremos?
Documentário Criança, A Alma Do Negócio, parte 1 (Brasil)
Imagem aqui
3 comentários:
Nunca pensei dizer isto um dia (eu que sou uma «sobrevivente» do Maio/68 mas não é com «dias» que se vai lá. É com o regresso a certos valores que se foram perdendo pelo caminho, perda essa que foi tornando as pessoas, especialmente no Ocidente, egoístas, desinteressadas de tudo quanto não seja o seu bem estar imediato.É também urgente voltr a dar valor a uma Educação ue não seja apenas Instrução e, muito menos, «Aquisição de competências» em que ninguém adquire competência nenhuma, Daí a importância do vosso BLog que vai lançando as sementes. Algumas acabarão por germinar...
Lyta
As mentalidades estão, de facto, a mudar e estão a mudar muito, muito depressa. Tudo isto graças à televisão, cinema, Internet, livros baratos, etc
Por outro lado, não nos devemos esquecer que o conceito actual que temos da criança é bastante recente: durante dezenas de milhares de anos, as crianças eram vistas como adultos em ponto pequeno e eram olhadas como sendo propriedade. Foi Jean Piaget que, no século XX, lançou as sementes, mostrando, através dos seus testes, que estes pequenos seres vivos nada têm a ver com os humanos de 18, 25, 40 ou 60 anos.
Ainda temos muito, mas muito para aprender...
Um abraço,
Sandra Costa
Num artigo no nosso site, incluímos um link a este artigo. Pode verificar aqui: http://www.manualescolar2.0.sebenta.pt/projectos/sebenta/posts/345
Cumprimentos!
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